Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2014

31 de Julho

É o dia de Santo Inácio de Loyolla Por isso, a frase do dia é curta e decisiva: Em tudo amar e servir É também o dia em que o Povo vai de férias, interrompendo o envio por e-mail durante todo o mês de Agosto. Porém, o Povo (blog) irá sendo actualizado a ritmo de férias. Sempre que quiser visite-nos. É também um dia especial para nós. É o dia que marca a passagem do tempo sobre o acontecimento fundador do nosso casamento. Desde então, ao longo de 38 anos voltamos àquele dia com espanto e comoção agradecendo tudo o que Deus fez acontecer. Gostei de ler este poema que um amigo nosso nos fez chegar e que foi lido numas bodas de prata de amigos seus.

Juramento

Lembras-te, Amor? No alvor do casamento Baixou sobre nos dois a luz dos céus. Nossos olhos beijaram-se um momento; E fizemos, então, o juramento: - Só um do outro e os dois de Deus! Lutei para cumprir o prometido. Meu corpo e a minha alma são só teus. Quando a voz das paixões me traz vencido, A voz do amor segreda-me ao ouvido: -Só um do outro e os dois de Deus! A minha volta soa, noite e dia A risada escarninha dos ateus... Cravam-me os estiletes da ironia; Eu calo, e rezo a minha litania: -Só um do outro e os dois de Deus! Cerca-me a tentação, velha serpente! Escondem-me o horizonte negros véus. Que importa, meu Amor? Teimosamente, Hei-de gritar a Vida, frente a frente: -Só um do outro e os dois de Deus! E amanha, quando a Morte, de mansinho, Vier pedir ao Mundo o nosso adeus, Hão-de os anjos cantar, devagarinho: - Terão na eternidade um só caminho, Pois são só um do outro e os dois de Deus! (lido nos 25 an

Da Lua à Terra

Paulo Tunhas, Observador 30/7/2014, 22:11 Tenho um grande cepticismo em relação ao que se vê nas televisões no que respeita ao número de crianças e mulheres mortas A 20 de Julho de 1969, os astronautas americanos Neil Armstrong e Buzz Aldrin, membros da Apolo 11, caminharam pela primeira vez na Lua (o terceiro astronauta, Michael Collins, permaneceu no módulo de comando, na órbita lunar). Houve depois doze outros homens a caminharem na Lua, os astronautas de outras missões Apolo, a última em 1972. Mas, como é óbvio, nenhuma delas teve a capacidade de maravilhamento da Apolo 11. Creio que qualquer pessoa que tenha idade para se lembrar da coisa concordará comigo. Durante muito tempo perguntei-me porque é que nenhuma grande obra de arte fora alguma vez feita inspirada pelo acontecimento. Até que percebi que a pergunta era estúpida. A alunagem da Apolo 11 era, à sua maneira, ela própria uma obra de arte, dotada de uma beleza e (vá lá, arrisque-se uma palavra que deve ser utilizada co

O regresso do socialismo dos idiotas

Rui Ramos | Observador | 30/7/2014, 18:36 No momento em que os populismos sobem na Europa, será boa ideia isentar o anti-semitismo do estigma que, até agora, o refreou? No fundo, talvez ele não seja o único socialismo próprio de idiotas. Na Europa das décadas de 1920 e de 1930, entre a grande inflação e a grande depressão, vários demagogos sem escrúpulos e com algum carisma pessoal descobriram um ovo de colombo político. Omitamos, por enquanto, o nome da fórmula. Uns eram socialistas e outros nacionalistas. O seu golpe de asa esteve em misturar uma coisa e outra, como na expressão "socialismo nacional". Combinaram assim a ideia de uma revolução social com a ideia da defesa da ordem, e o desprezo pela democracia parlamentar com o entusiasmo pela mobilização das "massas". Esta fórmula, que venceu em dois dos quatro maiores estados da Europa ocidental, teve muitas variantes. Mas acabou por ser caracterizada por um elemento que nuns casos esteve na sua origem, e

O Estado não é pessoa de bem

José Manuel Fernandes | Observador | 29/7/2014 Um cidadão honesto é, em Portugal, um eterno suspeito. Ou mesmo culpado. Os serviços do Estado nunca presumem a inocência, tratam sempre de cobrar antes (o imposto, a taxa, a multa) e depois perguntar O Estado português especializou-se, nos últimos anos, em sugar os portugueses contribuintes até ao tutano. Não falo apenas dos sucessivos aumentos de impostos, única forma aparentemente constitucional de equilibrar as contas públicas. Falo desta vez da forma desleal como o Estado se relaciona com os cidadãos, das armadilhas legais que se destinam unicamente a onerá-lo e da forma como os serviços públicos tratam sempre de cobrar primeiro e perguntar depois. O pretexto próximo para este meu desabafo é uma pequena reportagem da Renascença . Nela se relata como alguns cidadãos foram "apanhados no labirinto da Segurança Social" e as histórias contadas soaram-me familiares. Também já passei por aflições semelhantes, sempre com os

A batalha em favor da vida em Portugal

Imagem
Entrevista com o Vice-presidente da Federação Portuguesa pela Vida, Antonio Maria Pinheiro Torres Brasília, 03 de Junho de 2013 ( Zenit.org ) Thácio Siqueira |  "A  Federação Portuguesa pela Vida (FPV) agrupando cerca de duas dezenas de organizações de carácter diferente e espalhadas pelo país inteiro constituiu-se como um ponto de referência institucional", disse em entrevista a ZENIT o vice-presidente da FPV, Antonio Maria Pinheiro Torres.  Nessa entrevista Antonio Torres explica como está a luta a favor da vida em Portugal, como se articula o movimento Pró-Vida, quais são os desafios e metas a serem conquistadas, como é que Portugal acompanha as propostas de lei contrárias à vida no Brasil, entre outros assuntos. A Federação Portuguesa pela vida, (fundada em 2002) é uma Instituição que reúne em vínculo federativo Associações e Fundações que tenham por objecto e finalidade a defesa da Vida Humana, desde o momento da concepção até à morte natural, a promoção d

Férias

As férias são o tempo mais nobre do ano, porque é o momento em que uma pessoa se compromete como quer com o valor que reconhece como predominante na sua vida     O tempo da Liberdade don Luigi Giussani                 

O tempo da Liberdade

Revista Passos 11-07-2014 don Luigi Giussani Notas de um diálogo durante um aperitivo com don Luigi Giussani, antes de partir para férias. Milão, 5 de Junho de 1964 Desde os primeiríssimos dias da Gioventù Studentesca que tivemos um conceito claro e simples: o tempo livre é o tempo em que a pessoa não é obrigada a fazer nada, não há nada que sejamos obrigados a fazer; tempo livre é tempo livre. Como discutíamos frequentemente com os pais e com os professores sobre o facto de que a GS ocupava de mais o tempo livre dos jovens, enquanto deveriam estudar ou ajudar na cozinha, em casa, eu dizia: «Vão ter muito tempo livre os jovens!». «Mas um jovem, uma pessoa adulta», retorquiam, «é julgado pelo trabalho, pela seriedade do trabalho, pela tenacidade e pela fidelidade ao trabalho». «Não», respondia eu, «qual quê! Um jovem é julgado pela forma como usa o tempo livre». Oh, escandalizavam-se todos. Contudo... se é tempo livre, significa que a pessoa é livre de fazer o que quiser. Po

Milagre

Num realista, não é a fé que nasce em resultado de um milagre, mas um milagre por causa da fé Fiodor Dostoievsky (Os irmãos Karamazov)