Reconduzidos os cinco comandantes do Exército exonerados após assalto em Tancos
www.rtp.pt 17.07.17
O chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, voltou a nomear os comandantes que "exonerou temporariamente" após o escândalo que rebentou nas Forças Armadas com o roubo de material militar dos paióis de Tancos. O CEME decidiu ainda transferir o material guardado em Tancos para outros paióis militares.
O chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), Rovisco Duarte, voltou a nomear para os mesmos cargos os cinco comandantes cuja exoneração tinha anunciado em direto no Telejornal de 1 de Julho, falando na altura na necessidade de evitar qualquer perturbação durante as averiguações internas sobre o furto de material de guerra em Tancos.
A exoneração deveu-se à "necessidade de garantir que as averiguações internas determinadas decorreriam em absolutas condições de isenção e transparência".
"O Exército informa que os oficiais em causa foram nomeados pelo Chefe do Estado-Maior do Exército para os mesmos cargos, com efeitos a partir de 18 de julho de 2017", pode ler-se no comunicado, onde o Exército acrescenta que a decisão foi agora tomada "considerando que com a conclusão destas averiguações se encontram ultrapassadas as razões que justificaram a exoneração dos comandantes".
Exoneração em direto no Telejornal da RTP
"Não quero que haja entraves às averiguações e decidi exonerar os cinco comandantes das unidades que de alguma forma estão relacionadas com estes processos", anunciava o CEME Rovisco Duarte durante o Telejornal de 1 de Julho.
O porta-voz do ramo, tenente-coronel Vicente Pereira, esclareceu posteriormente que estas exonerações visavam um "afastamento temporário" e que no final das investigações internas poderiam "voltar a funções".
Exonerações levantaram dúvidas e polémica
Os militares que tinham sido exonerados são o comandante da Unidade de Apoio da Brigada de Reação Rápida, tenente-coronel Correia, o comandante do Regimento de Infantaria 15, coronel Ferreira Duarte, o comandante do Regimento de Paraquedistas, coronel Hilário Peixeiro, o comandante do Regimento de Engenharia 1, coronel Paulo Almeida, e o comandante da Unidade de Apoio de Material do Exército, coronel Amorim Ribeiro.
"O Exército informa que os oficiais em causa foram nomeados pelo Chefe do Estado-Maior do Exército para os mesmos cargos, com efeitos a partir de 18 de julho de 2017", pode ler-se no comunicado, onde o Exército acrescenta que a decisão foi agora tomada "considerando que com a conclusão destas averiguações se encontram ultrapassadas as razões que justificaram a exoneração dos comandantes".
Exoneração em direto no Telejornal da RTP
"Não quero que haja entraves às averiguações e decidi exonerar os cinco comandantes das unidades que de alguma forma estão relacionadas com estes processos", anunciava o CEME Rovisco Duarte durante o Telejornal de 1 de Julho.
O porta-voz do ramo, tenente-coronel Vicente Pereira, esclareceu posteriormente que estas exonerações visavam um "afastamento temporário" e que no final das investigações internas poderiam "voltar a funções".
Exonerações levantaram dúvidas e polémica
Os militares que tinham sido exonerados são o comandante da Unidade de Apoio da Brigada de Reação Rápida, tenente-coronel Correia, o comandante do Regimento de Infantaria 15, coronel Ferreira Duarte, o comandante do Regimento de Paraquedistas, coronel Hilário Peixeiro, o comandante do Regimento de Engenharia 1, coronel Paulo Almeida, e o comandante da Unidade de Apoio de Material do Exército, coronel Amorim Ribeiro.
A decisão do CEME suscitou polémica no Exército, com dois generais da estrutura superior do Exército a assumirem publicamente a sua discordância face à forma como Trovisco Duarte geriu este caso.
O tenente-general António de Faria Menezes pediu a exoneração do comando das Forças Terrestres, ocupado agora em "suplência" pelo número 2, major-general Cóias Ferreira.
A segunda "baixa" foi a do tenente-general Antunes Calçada, que pediu a passagem à reserva por, segundo noticiou o semanário Expresso, "divergências inultrapassáveis" com o CEME alegadamente devido à forma como o general Rovisco Duarte decidiu exonerar os cinco comandantes.
Material transferido para outros paióis
Entretanto, o chefe do Estado-Maior do Exército decidiu também transferir para outros paióis o material militar atualmente guardado nos Paióis Nacionais de Tancos.
A decisão terá sido tomada na sequência das averiguações internas ao furto de material de guerra detetado no final de junho em Tancos, "nas áreas técnica, segurança física, controlo de acessos e vigilância eletrónica".
A transferência do material para "outros paióis" foi decidida face à "obrigatoriedade de salvaguardar informação classificada de natureza estritamente militar", acrescenta o Exército, no comunicado.
Uma das possibilidades em análise é a transferência para o paiol das instalações militares de Santa Margarida: "A prioridade será Santa Margarida, mas houve abertura da parte dos outros ramos para, caso seja necessário, transferir algum daquele material", disse o porta-voz do ramo, tenente-coronel Vicente Pereira.
Sendo necessário, está em cima da mesa a possibilidade de transferir parte do material para paióis dos outros dois ramos militares, Marinha e Força Aérea, adiantou o porta-voz, para acrescentar que em relação ao destino a dar aos paióis de Tancos está ainda em estudo.
c/ Lusa
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