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A mostrar mensagens de maio, 2018

"Não há acasos na vida nem na morte"

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VANESSA MACHADO     FACEBOOK   30.05.2018 Tive o singular privilégio de cuidar de pessoas em fim de vida. Sim, privilégio, porque é uma honra entrar nas suas vidas, nos seus corações abertos de par em par. Tive o privilégio de diminuir as suas dores físicas com medicação e as suas dores espirituais com carinho, presença, escuta activa e promovendo o contacto com os familiares, vencendo as barreiras da conspiração do silêncio. Sofrimento extremo? Sim, vi muito sofrimento, mas nunca me pediram para acabar com a vida...  Cada momento até ao fim tão carregado de importância. O Pai que espera o filho sair do hospital para partir... A Mãe que espera o filho de Angola e morre quando ele chega. O Marido que viveu mais umas horas para dizer à esposa aquilo que nunca tinha dito... Não há acasos na vida nem na morte. Há quem me ache optimista, há quem me ache ingénua ou ridícula. Não importa. Os meus doentes viveram plenamente até ao fim. Sempre com dignidade....

Uma agressão à vida, à sociedade e à medicina

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HENRIQUE LEITÃO 27 de Maio de 2018 Uma agressão à vida, à sociedade e à medicina Com a possibilidade da eutanásia passaremos, de facto, a viver numa outra sociedade. Introduzida a possibilidade de um médico matar um paciente, todas as restrições da lei não serão mais do que meras inconveniências circunstanciais. Uma clarificação inicial obrigatória, quando falamos de eutanásia: não se está a falar daquelas situações de manutenção da vida em circunstâncias artificiais desproporcionadas, forçando a sobrevivência por meios excessivos e impondo por via tecnológica aquilo que a vida humana e a condição do corpo já dera por terminado. Não se está a falar do chamado “encarniçamento terapêutico”, que é, além de tudo o mais, uma prática condenada e punida pela deontologia médica. Na rejeição desta ideia e desta prática estamos todos de acordo. Eu seguramente não a quereria para mim nem para ninguém. Não é disto que estamos a falar quando falamos de eutanásia. Também me ...

Não somos sozinhos, não morremos sozinhos

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https://pontosj.pt/especial/nao-somos-sozinhos-nao-morremos-sozinhos/ O Parlamento prepara-se para discutir, no dia 29 de maio, quatro Projetos de Lei que pretendem regular a prática não punível da eutanásia. Os Jesuítas em Portugal entendem ser seu dever tomar uma posição pública sobre esta questão. Um debate insuficiente O Parlamento prepara-se para discutir, no dia 29 de maio, quatro Projetos de Lei (PAN, BE, PEV e PS) que pretendem regular a prática não punível da eutanásia em casos de lesão incurável e de doença grave sem perspectiva de cura. Este debate surge na sequência de uma Petição Pública dirigida à Assembleia da República em fevereiro de 2016, assinada por diversas personalidades que pediam a “despenalização da morte assistida”. Era intenção dos seus signatários alertar para o sofrimento e solidão que tantos experimentam na fase terminal da vida. Sofrimento que, em caso algum, podemos julgar. Com a legitimidade que lhe é própria, a Assembleia da República acolheu...

Presidente da República reúne com as várias religiões sobre eutanásia

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MARGARIDA NETO   FACEBOOK     24.05.2018  O PRESIDENTE DA REPÚBLICA REÚNE COM REPRESENTANTES DAS VÁRIAS RELIGIÕES PARA FALAR DO TEMA DA EUTANÁSIA

A democracia não é absoluta

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MÁRIO PINTO   OBSERVADOR   24.05.2018 Depois da enunciação da da dignidade da pessoa humana, a Constituição portuguesa faz a listagem enunciativa dos "Direitos, liberdades e garantias". E começa dizendo assim: "A vida humana é inviolável" 1.  A democracia constitucional moderna caracteriza-se pelo seu fundamento na dignidade da pessoa humana. No actual constitucionalismo, (ainda) faz parte do consenso universal que uma maioria, nos Parlamentos, não pode decidir tudo. O poder legislativo, como todos os poderes políticos democráticos, está sujeito à Constituição, que solenemente declara tudo assentar na base da dignidade da pessoa humana, que se desenvolve nos princípios fundamentais de Direito e nos direitos fundamentais pessoais. É neste sentido substancial, e não apenas em sentido formal ou literal, que as democracias são constitucionais; e não são democracias absolutas. 2.  Os Parlamentos estão limitados pela Constituição, mas não apenas em sent...

A minha herança: os meus irmãos

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VASCO MINA    24.05.2018      JN   A minha mãe partiu recentemente e o mesmo aconteceu com o meu pai há cerca de dez anos. Sou agora confrontado com a tarefa de desmontar a casa onde vivi desde que nasci até me casar. Por outras palavras, tratar da herança que recebi. No meio de tantos e variados assuntos aos quais tenho de ocupar o tempo, fica, no ecoar dos dias que passam, a seguinte pergunta: qual a verdadeira herança que recebi? Qual o valor que os meus pais me acrescentaram? Faço parte de uma geração intermédia que não pertence "ao outro tempo", mas que não acompanha no pleno os tempos que correm. Em 1974, tinha 12 anos e era o mais velho de três irmãos; os meus pais não foram militantes antifascistas e o 25 de Abril foi um grande dia: não tive aulas! Crescemos como qualquer outra família da pequena burguesia (terminologia que só bem posteriormente entendi), educados para sermos bons alunos, a respeitar os mais velhos, a cumprimentar as pesso...

Vigília civil dia 28 de Maio

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ANTONIO MARIA PINHEIRO TORRES Queridos amigos  Os nossos amigos do Porto decidiram organizar uma Vigília em frente à Câmara Municipal na noite de dia 28 de Maio (vésperas do debate parlamentar). Acabam de me falar de Braga a dizer que estão a pensar fazer a mesma coisa. Vigília no sentido civil da palavra , não vigílias religiosas: as pessoas encontram-se, estão com umas velas (dá impacto de noite e hoje em dia toda a gente o faz por diversos motivos [políticos, sociais, desportivos, etc.]), eventualmente uma ou duas intervenções (exemplo: um medico, um politico local, um dos organizadores), manifestar com a sua presença na rua a oposição a estes projectos, uma hora no máximo mas à noite, em frente à Câmara Municipal respectiva. Já imaginaram a força que teria que isso acontecesse  no mesmo dia  em cada uma das 18 capitais de distrito? Ou em muitas sedes de concelhos? Lanço a ideia a todos os que são de fora de Lisboa ! Organizem-se espontane...

"É UMA DESCOBERTA TODOS OS DIAS" diz família numerosa europeia do ano

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https://lifestyle.sapo.pt/familia/noticias-familia/artigos/saudinha-e-mesmo-o-que-e-preciso-testemunho-da-familia-numerosa-europeia-do-ano?preview=true&preview_id=1061305&preview_nonce=38526bd855 A Família Numerosa Europeia do Ano é portuguesa. Inês e Gonçalo Dias da Silva são pais de quatro crianças, uma delas com uma doença genética rara. No Dia Internacional da Família, a mãe dá-nos o seu testemunho: fala das suas emoções e do crescimento a que a todos obrigou o nascimento do Pedro. Os pais Inês e Gonçalo com os filhos   Francisco , Leonor, Pedro e   Gonçalo. Um casamento de sonho, dois filhos perfeitos, uma casa e emprego. Quem pode desejar mais? O sonho de uma vida a dois estava a realizar-se e era tudo o que desejávamos e mais. Mas o desejo de mais um filho apanhou-nos de assalto. Diz o povo: “Em equipa que ganha não se mexe”, mas povo diz muita coisa… e nós queríamos mexer! - “É menino ou menina? O que é preciso é que venha com saúde!” Pe...

Fórum TSF :: hoje às 20:30

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Prison without guards or weapons in Brazil

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http://www.bbc.com/news/world-latin-america-44056946 On the first day in her new cell, Tatiane Correia de Lima did not recognise herself.  "It was weird to see myself in a mirror again," says the 26-year-old mother-of-two who is serving a 12-year sentence in Brazil. "At first I didn't know who I was." The South American country has the world's fourth largest prison population and its jails regularly come under the spotlight for their poor conditions, with chronic overcrowding and gang violence provoking deadly riots. What's behind Brazil's prison riots? Lima had just been moved from a prison in the mainstream penitential system to a facility run by the Association for the Protection and Assistance to Convicts (Apac) in the town of Itaúna, in Minas Gerais state. Unlike in the mainstream system, "which steals your femininity" as Lima puts it, at the Apac jail she is allowed to wear her own clothes and have a mirror, make-up and ...

Por mim, ninguém envelhecia fora de casa

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LAURINDA ALVES   OBSERVADOR   15.05.2018 Tê-los à nossa guarda, velar pelo seu sono, cuidar da sua saúde e bem estar, acompanhá-los às consultas e tratamentos, viver com eles novas experiências e recordar velhas memórias é uma benção. Há pelo menos duas gerações que a decisão de acolher os pais em casa foi tomada pela minha família. A minha avó Laurinda morreu no seu quarto, em nossa casa, e a memória dos seus últimos dias, bem como das fases em que morou connosco, ficou gravada para sempre. Uma memória indelével, tatuada no coração de todos os que a amámos e continuamos a amar. E a admirar. Teve 12 filhos e todos os que permaneciam vivos a queriam ter em suas casas, mas fomos nós que tivemos a felicidade de a ter connosco no seu derradeiro tempo de vida. Recordo-me da noite em que se percebeu que seria a última. A avó estava quase sempre de olhos fechados, quieta e tranquila. Ficou cega muito cedo. Enterrou 4 filhos e chorou-os ao longo da sua vida, ma...