José Maria Seabra Duque :: Discurso na Caminhada pela Vida

                                                         Caros amigos,
Antes de mais deixem-me dizer como é um prazer estar aqui hoje convosco! A Caminhada Pela Vida não é da Federação Portuguesa Pela Vida, não é da organização da Caminhada, é de todos aqueles que hoje deram o seu tempo para vir publicamente testemunhar a beleza da Vida! Nós limitamo-nos a marcar o dia e a hora, o resto é responsabilidade de todos aqueles que desejam defender a Vida.
Obrigado por terem vindo em tão grande número!
Aproveito para enviar uma saudação especial aos nossos amigos de Aveiro e do Porto que também hoje se juntaram a nós nesta Caminhada. Separados pela geografia, mas unidos pelo mesmo propósito, caminhamos todos juntos para defender que Toda a Vida tem Dignidade!
Estamos a chegar ao fim da Caminhada 2017. O ano que nos separa da Caminhada de 2018 promete ser cheio de trabalho!
Como todos sabemos, neste momento estão no parlamento um projecto de lei do PAN e um ante projecto de lei do Bloco de Esquerda para legalizar o homicídio a pedido da vítima.
Não sabemos quando é que estes projectos serão discutidos, provavelmente estão apenas à espera de um momento que seja politicamente propício aos seus proponentes!
Aquilo que sabemos é que a batalha contra a legalização da eutanásia terá que ser travada mais tarde ou mais cedo. Nós não pedimos esta batalha, não a desejámos, nem a procurámos, mas seguramente não iremos fugir dela!
Iremos à batalha, não por ódio, não por confiança nas nossas forças, não por estarmos certos da vitória, mas porque não pudemos calar que a Vida Humana tem sempre valor. 
Iremos à batalha com a ingénua galhardia de quem está certo que uma sociedade, diante daqueles que sofrem, não deve dar a morte, mas sim usar todos os seus recursos para garantir que a dignidade de cada pessoa é respeitada.
A batalha da eutanásia é política e, em última instância, será resolvida aqui no parlamento. Mas antes de ser política, é social e cultural. Antes de ser decidida aqui em São Bento, será decidida no coração e na consciência de cada português.
A luta pelo respeito pela vida não começa com a discussão no Parlamento. Já começou, e recomeça aqui hoje. É urgente que cada um de nós, na sua família, na sua escola, na sua universidade, na sua comunidade dê testemunho da dignidade de cada Vida Humana.
As forças que mudam a história são as forças que mudam o coração do homem. A luta contra a ideologia da morte não se ganha opondo-lhe uma outro ideologia. Ganha-se se formos capazes de fazer ver àqueles que temos por diante a beleza da Vida, de cada Vida, por muito frágil que seja.
Para o ano esperamos estar aqui ainda em maior número. Não alimentados por uma qualquer máquina de propaganda, mas por termos conseguido despertar o desejo de defender a Vida na consciência daqueles com que vivemos.
Caros amigos, seja qual for o resultado da batalha da eutanásia, para o ano cá estaremos, para caminhar Sempre Pela Vida!


Muito Obrigado!

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