A liberdade na Livraria Lello e Irmão no Porto
A Liberdade saiu à rua como mostra esta fotografia da montra da Livraria Lello & Irmão que por graça me enviaram do Porto, pela escolha desta frase literária escolhida em comum.
Foi com dificuldade que encontrei citações justas sobre o que é a liberdade. Sendo "um dos dons mais preciosos que aos homens deram os céus" é possivelmente o dom mais mal entendido no tempo em que hoje vivemos.
"É fazer o que nos apetecer" dizia um dos meus filhos ontem, revelando a imaturidade que nos é comum a todos, no que toca a perceber o que verdadeiramente significa ser livre. Mas logo de seguida vendo o outro, o irmão mais velho, acho que começo a perceber melhor...
No passeio que fizémos ontem, o mais velho empurrava na brincadeira o mais novo, o do 'fazer o que me apetecer', no carrinho de bebé que já não é para a sua idade, enquanto gritava ordens e direções: 'Para a frente, para a direita, mais rápido!'
- Que abusador! - pensei eu sobre o mais novo.
- Não seja tótó! - disse eu ao mais velho.
- Oh mãe, deixe lá, ele gosta - disse o mais velho.
Fiquei a pensar quem era o mais livre. O opressor, que vai sentado a dar ordens, ou o oprimido que não se sentia oprimido, mas antes a obedecer porque quer. E eu quem era, a reinvidicar um direito a quem não o quer ver reivindicado? A fiscal daquela liberdade que é 'fazer o que lhe apetecer'?
Lembrei-me do meu pai dizer uma coisa que nunca mais me esqueci. "Quem tem um direito, tem o direito de abdicar dele."
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