Se são seres humanos, são como nós
FRANCISCO ALVIM OBSERVADOR 30.04.17 Sem o saber, Isabel Moreira escreveu um artigo a defender a vida humana e, por conseguinte, a atacar o aborto, a eutanásia e todas as formas passíveis de incentivar a cultura de morte que apregoa. 1974. Portugal clama. Grita, a plenos pulmões, a Liberdade. A Democracia chega. Os anos passam. O 25 de Abril já lá vai. E o 25 de Novembro também. Os seus legados, esses, inevitavelmente históricos, permanecem. Ainda bem. 2017. O mundo é hoje uma pequena aldeia global. Afundamo-nos vertiginosamente no século XXI. Corremos, todos, sôfregos, apressados, para não perder pitada do que aí vem. Para agarrar a ilusão de que podemos ser aquilo que quisermos ser, independentemente de quem ou do que somos. Por cá, crescemos em democracia. Mas será que crescemos, do mesmo passo, em liberdade? Afinal que ideia de liberdade é esta, que nos permite escolher que seres humanos queremos ou não deixar viver? No momento em que Portugal se prepara para