Prossegue o terror contra os cristãos no Iraque

Prossegue a onda de terror contra os cristãos no Iraque. No passado dia 5 de Dezembro, um casal de cristãos foi assassinado a tiro por terroristas. A situação de terror que, actualmente, se vive naquele País provocou já o êxodo de cerca de 500 famílias cristãs para o Curdistão.
É lamentável a indiferença da comunidade internacional perante a perseguição que está a ser movida, sob diversas formas, contra os cristãos em todo o Mundo, assumindo, neste região, mais visibilidade devido à sua natureza violenta.

Outros dois cristãos são assassinados no Iraque
Centenas de famílias cristãs fogem para norte do país
BAGDAD, segunda-feira, 6 de Dezembro de 2010 (ZENIT.org) - Um casal de cristãos idosos foi assassinado a tiros em sua casa em Bagdad, ontem à noite, por homens armados com pistolas com silenciadores.
O assassinato ocorreu no bairro de Baladiyat, da capital iraquiana, uma área predominantemente xiita, segundo informações do Ministério do Interior do país, recolhidas pela agência AsiaNews.
Nesse mesmo dia, o Papa Bento XVI pediu aos fiéis, depois de recitar o Angelus no Vaticano, que rezassem pelo fim da violência contra os cristãos e muçulmanos no Iraque.
Os assassinatos e a violência estão a levar muitos cristãos ao êxodo. Cerca de 500 famílias cristãs fugiram de Mossul e Bagdad para o norte do Iraque, à região semiautónoma do Curdistão.
Os deslocados deixaram suas casas, móveis e lugares de trabalho, bem como paróquias e mosteiros, incluindo alguns dos mais antigos da cristandade.
Desde 2003, o número de cristãos no Iraque, que ascendia a cerca de um milhão de fiéis, foi reduzido quase pela metade.
O governo está empenhado em fornecer subsídios de 400 dólares para cada família que decide deixar sua casa, mas esse valor não é suficiente nem para pagar o arrendamento mensal de um apartamento no norte.
Enquanto isso, o clima de insegurança persiste, com assassinatos e ataques a igrejas e propriedades privadas dos cristãos.
Um dos mais graves foi registado em 31 de Outubro, na catedral siro-católica de Bagdad.
Pelas 58 pessoas que morreram no ataque, as Igrejas cristãs no Iraque realizarão nesta quinta-feira, 9 de Dezembro, um dia de jejum.
Os líderes cristãos também decidiram ontem, em uma reunião em Abril, pedir ao governo curdo que garanta escola e trabalho para as famílias cristãs refugiadas no norte do Iraque.
Além disso, tais líderes reunir-se-ão com deputados cristãos para compartilhar suas opiniões sobre as razões dos ataques contra os fiéis.
Os representantes das comunidades cristãs acreditam que o governo não garante suficientemente a segurança dos cristãos.
Por essa razão, no último dia 1º de Dezembro, os líderes cristãos recusaram-se a participar numa reunião sobre a coexistência e tolerância sociais, organizada na província de Erbil pelo Ministério iraquiano dos Direitos Humanos.

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