18 de Dezembro - Nossa Senhora da Expectação ou Nossa Senhora do Ó
Nossa Senhora do Ó
A Festa de Nossa Senhora do Ó é uma devoção Mariana, instituída no Século VI pelo X Concílio de Toledo e é conhecida na liturgia pelo nome de «Expectação do Parto de Nossa Senhora». O nome de Senhora do Ó advém do facto de, as antífonas maiores, de 18 de Dezembro à véspera de Natal, começarem sempre pela interjeição exclamática «Ó». Simboliza a gravidez da Virgem Maria: «no avultado ventre sagrado se reconhecem as esperanças do parto».
Em Portugal o culto a Nossa Senhora do Ó ter-se-ia iniciado em Torres Novas, em Santa Maria do Castelo, pela veneração de uma imagem, sita na Capela-Mor da Igreja Matriz e conhecida à época de D. Afonso Henriques por Nossa Senhora de Almondano, no tempo de D. Sancho I por Nossa Senhora de Alcáçova, e a partir de 1212 por Nossa Senhora do Ó; é Padroeira de 16 freguesias.
A devoção à Nossa Senhora do Ó procura, sobretudo, «celebrar a vida».
A Festa de Nossa Senhora do Ó é uma devoção Mariana, instituída no Século VI pelo X Concílio de Toledo e é conhecida na liturgia pelo nome de «Expectação do Parto de Nossa Senhora». O nome de Senhora do Ó advém do facto de, as antífonas maiores, de 18 de Dezembro à véspera de Natal, começarem sempre pela interjeição exclamática «Ó». Simboliza a gravidez da Virgem Maria: «no avultado ventre sagrado se reconhecem as esperanças do parto».
Em Portugal o culto a Nossa Senhora do Ó ter-se-ia iniciado em Torres Novas, em Santa Maria do Castelo, pela veneração de uma imagem, sita na Capela-Mor da Igreja Matriz e conhecida à época de D. Afonso Henriques por Nossa Senhora de Almondano, no tempo de D. Sancho I por Nossa Senhora de Alcáçova, e a partir de 1212 por Nossa Senhora do Ó; é Padroeira de 16 freguesias.
A devoção à Nossa Senhora do Ó procura, sobretudo, «celebrar a vida».
As Antífonas do Ó
Desde ontem (17) até ao dia que antecede a véspera de Natal, antes e depois da recitação do Magnificat na oração de Vésperas, são cantadas sete antífonas, uma por dia. Todas começam por uma invocação a Jesus, que no entanto nunca é chamado pelo nome, e todas incluem o apelo «Vinde». Estas antífonas, que remontam às cercanias do ano 600, são inspiradas pelos textos do Antigo Testamento que anunciam o Messias.
Desde a primeira à última, Jesus é invocado como Sabedoria, Senhor, Raiz, Chave, Estrela, Rei e Emanuel; em Latim, língua original, Sapientia, Adonai, Radix, Clavis, Oriens, Rex, Emmanuel. Lendo as iniciais desde a última até à primeira forma-se o acróstico «Ero Cras», que poderá traduzir-se por «Amanhã Eu estarei». É a proclamação do Senhor que vem. A última antífona, que completa o acróstico (conjunto das letras iniciais dos versos que constituem determinados nomes), é cantada a 23 de Dezembro, e no dia seguinte, com a oração das primeiras Vésperas, começa a solenidade do Natal.
Ainda que as antífonas se refiram sobretudo a textos veterotestamentários, há algumas expressões nas últimas três que apenas se compreendem à luz do Novo Testamento. A 21 de Dezembro encontramos uma alusão ao Cântico de Zacarias (o «Benedictus»), que se lê em Lc 1,78-79: «que das alturas nos visita como sol nascente para iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte».
No dia seguinte inclui-se uma referência ao segundo capítulo da Carta de São Paulo aos Efésios («Ele que, dos dois povos, faz um só», v. 14).
A última antífona termina com a expressão «Senhor nosso Deus», invocação exclusivamente cristã, dado que só os discípulos de Jesus reconhecem o Emanuel como Deus.
Segue-se uma proposta de tradução das sete antífonas do Ó.
I – 17 de Dezembro
Ò Sabedoria, que procede da boca do Altíssimo,
vós estendeis-vos até aos confins da terra e tudo dispondes com fortaleza e benignidade:
vinde ensinar-nos o caminho da sabedoria.
II – 18 de Dezembro
Ò Senhor, chefe da casa de Israel,
que aparecestes a Moisés no fogo da sarça ardente e que no Sinai lhe destes a lei:
vinde e libertai-nos com o vosso braço poderoso.
III – 19 de Dezembro
Ò Raiz de Jessé, que vos ergueis como sinal para os povos,
perante vós os reis da terra emudecem e invocam-vos as nações:
vinde libertar-nos, não tardeis.
IV – 20 de Dezembro
Ò Chave de David e ceptro da casa de Israel,
que abris e ninguém pode fechar, fechais e ninguém pode abrir:
vinde, libertai das prisões os cativos que vivem nas trevas e na sombra da morte.
V – 21 de Dezembro
Ò Estrela nascente, esplendor da luz eterna e sol de justiça:
vinde e iluminai os que vivem nas trevas e na sombra da morte.
VI – 22 de Dezembro
Ò Rei dos povos e seu anseio,
pedra angular que reunis os povos num só:
vinde e salvai o homem que formastes da terra.
VII – 23 de Dezembro
Ò Emanuel, nosso rei e legislador,
esperança e salvação dos povos:
vinde salvar-nos, ò Senhor nosso Deus.
in: http://www.snpcultura.org/
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