741 mulheres laquearam as trompas mas abortaram
Após a liberalização do aborto já quase só a Rádio Renascença considera esta notícia digna de ser reportada....
Estamos a caminhar perigosamente para o esquecimento voluntário; digo voluntário porque só depende de nós que tudo isto caia no nosso esquecimento
PAP
RR online 2010.12.07
Só na Maternidade Alfredo da Costa houve 1632 interrupções de gravidez, sendo que 78 repetiram.
Mais de 700 mulheres que fizeram abortos voluntários até meados de 2010 tinham feito laqueação de trompas para evitar novas gravidezes. Este foi o dado que sobressaiu esta tarde na audição parlamentar ao coordenador nacional sobre saúde reprodutiva.
A questão partiu do deputado do CDS-PP Serpa Oliva com dúvidas sobre o grande número de mulheres que interromperam a gravidez, mesmo fazendo contracepção. “Cerca de 11531 [mulheres] tomavam a pílula e 416 tinham laqueação de trompas em 2009, mais 325 em 2010”, disse o deputado centrista.
Jorge Branco, coordenador nacional da saúde reprodutiva e administrador da Maternidade Alfredo da Costa, explica que é menos estranho do que parece. “É o método mais seguro, é o método mais eficaz mas, mesmo assim, também falha. Não é por erro de técnica cirúrgica, falha porque o organismo tem outros mecanismos que dão a volta às dificuldades”, refere.
Nesta audição parlamentar discutiu-se o último relatório sobre a interrupção voluntária da gravidez desde a despenalização que entrou em vigor há três anos e meio com PSD e CDS a exigirem medidas e explicações para o aumento do número de mulheres que optam por abortar e, sobretudo, o número de mulheres que o fazem mais que uma vez.
Jorge Branco diz não haver números a nível nacional mas avança com os dados da Maternidade Alfredo da Costa em 2009 e não os considera preocupantes. “Tivemos 1632 interrupções de gravidez, tivemos 78 repetentes – 4,7% -, o que não é um número alarmante. Inferir daqui que há um falhanço total do programa nacional de saúde reprodutiva é abusivo. Destes 78, apenas três tiveram três interrupções e apenas uma teve mais que três”, diz Jorge Branco.
O responsável não tem números a nível nacional, como não tem – admite - sobre o impacto da despenalização do aborto na redução dos abortos clandestinos. Jorge Branco admitiu aspectos a corrigir, mas recusou o tom das críticas que se ouviram do PSD e do CDS-PP de que passados três anos e meio a despenalização do aborto resultou num rotundo fracasso.
A questão partiu do deputado do CDS-PP Serpa Oliva com dúvidas sobre o grande número de mulheres que interromperam a gravidez, mesmo fazendo contracepção. “Cerca de 11531 [mulheres] tomavam a pílula e 416 tinham laqueação de trompas em 2009, mais 325 em 2010”, disse o deputado centrista.
Jorge Branco, coordenador nacional da saúde reprodutiva e administrador da Maternidade Alfredo da Costa, explica que é menos estranho do que parece. “É o método mais seguro, é o método mais eficaz mas, mesmo assim, também falha. Não é por erro de técnica cirúrgica, falha porque o organismo tem outros mecanismos que dão a volta às dificuldades”, refere.
Nesta audição parlamentar discutiu-se o último relatório sobre a interrupção voluntária da gravidez desde a despenalização que entrou em vigor há três anos e meio com PSD e CDS a exigirem medidas e explicações para o aumento do número de mulheres que optam por abortar e, sobretudo, o número de mulheres que o fazem mais que uma vez.
Jorge Branco diz não haver números a nível nacional mas avança com os dados da Maternidade Alfredo da Costa em 2009 e não os considera preocupantes. “Tivemos 1632 interrupções de gravidez, tivemos 78 repetentes – 4,7% -, o que não é um número alarmante. Inferir daqui que há um falhanço total do programa nacional de saúde reprodutiva é abusivo. Destes 78, apenas três tiveram três interrupções e apenas uma teve mais que três”, diz Jorge Branco.
O responsável não tem números a nível nacional, como não tem – admite - sobre o impacto da despenalização do aborto na redução dos abortos clandestinos. Jorge Branco admitiu aspectos a corrigir, mas recusou o tom das críticas que se ouviram do PSD e do CDS-PP de que passados três anos e meio a despenalização do aborto resultou num rotundo fracasso.
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