Saudação de D. Manuel Clemente

SAUDAÇÃO AO SANTO PADRE


Santidade
É com todo o reconhecimento e a máxima alegria que Vos recebemos nesta bela e vetusta cidade do Porto, a “Cidade da Virgem”, que, também por esta designação, se dispõe a acolher a palavra que nos trazeis e a confirmação que nos proporcionais.
Muitos lembrarão jubilosamente a inolvidável presença aqui do Vosso Predecessor, o Papa João Paulo II, de tão grata memória, em Maio de 1982. E todos nos alegramos por Vos vermos e ouvirmos hoje, na actual realização do mesmo ministério.
Deixai-me dizer-Vos, Santo Padre, em nome próprio e de todos os circunstantes, que vos estimamos e admiramos muito, e, se possível, ainda mais agora, no culminar da Vossa presença em Portugal, todo ele “Terra de Santa Maria”.
Na Diocese do Porto – como em todas as Igrejas de Portugal – procuramos incrementar e levar por diante a missão evangelizadora, não como se fosse vocação específica de alguns, mas como realmente é, atribuição geral de todos e de cada um dos baptizados em Cristo, por isso mesmo profetas do seu Reino.
Atitude esta que hoje se torna particularmente necessária e da maior urgência. Nas famílias, nas escolas, na economia e na sociedade em geral, há muitas solicitações – por vezes dramáticas solicitações – da presença e da caridade dos cristãos.
Têm sido notáveis e muito estimulantes a clarividência e a determinação com que Vossa Santidade tem desempenhado o ministério petrino, exortando-nos a levar por diante o anúncio evangélico, não iludindo, aliás, a necessidade de nos convertemos sempre mais, para que tal seja possível. Estai certo, Santo Padre, de que acolhemos o vosso apelo, dispondo-nos a corresponder-lhe com redobrado acatamento.
A feliz ocorrência de celebrarmos a festa litúrgica de São Matias, recorda-nos que nunca é tarde para nos agregarmos às lides apostólicas e de que havemos de ser como ele, testemunhas do Ressuscitado. Isso mesmo queremos ser e disso mesmo precisa o mundo, para que os sinais de vida e de esperança sempre se sobreponham às dificuldades e decepções que a actualidade social e económica, acompanhadas pela grande indefinição cultural, tantas vezes trazem.
A Vossa presença e a Vossa palavra, Santo Padre, trazem-nos conforto, alegria e ânimo. Por tudo agradecemos a Deus o dom da Vossa vida e o grande acerto do Vosso exercício ministerial, a bem da Igreja e do mundo.
No coração desta cidade, pulsará agora o coração eucarístico de Cristo, vida a todos oferecida. Como Pedro, sois Vós agora o primeiro a amá-Lo e a confessá-Lo. Assim nos reforçareis a todos, no mesmo afecto e missão.


- Obrigado, Santo Padre!


+ Manuel Clemente, Bispo do Porto


Porto, 14 de Maio de 2010

Comentários

Mensagens populares deste blogue

OS JOVENS DE HOJE segundo Sócrates

Hino da Padroeira

O passeio de Santo António