RR on-line, 090318
Graça Franco
Os cristãos não têm apenas o direito à indignação que resulta do simples exercício da cidadania. Para eles, a Indignação contra o pecado social é um imperativo da vivência da sua própria fé. Diante da dor, da violência, da pobreza, da fome, da corrupção ou do abuso do poder um cristão nunca pode permanecer em silêncio. Disse-o Bento XVI, ontem mesmo, à chegada aos Camarões.
E o que Papa diz não se aplica apenas aos cristãos do Continente Africano. É para todos este dever de denúncia da violência, da corrupção, da fome e do abuso do poder.
Vale a pena meditar nestas palavras do Papa porque elas vêem desinstalar a cristandade e contrapor à tendência para nos acomodarmos e suportarmos em silêncio a injustiça, o grave dever da sua denúncia. Porque o silêncio é cúmplice. Porque o silêncio é crime.
Os cristãos não têm apenas o direito à indignação que resulta do simples exercício da cidadania. Para eles, a Indignação contra o pecado social é um imperativo da vivência da sua própria fé. Ou devia ser. Assim não lhes falte a coragem (não nos falte a coragem!).
Em África, ou na Europa, aqui e agora. Porque este é um mandato sem tempo nem lugar.
Graça Franco
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