França e Grécia

RR on-line 07-05-2012 8:35 por Raquel Abecasis

Para os que anunciaram a morte próxima da União Europeia, o fim-de-semana foi o sinal mais evidente que esse anúncio é manifestamente prematuro.

Nunca como agora os portugueses, dos mais aos menos esclarecidos, acompanharam com tanta atenção os actos eleitorais que se realizaram em França e na Grécia. A atenção foi de tal ordem que quase se podiam fazer sondagens aqui em Portugal sobre quem era o candidato preferido dos portugueses para a Presidência francesa.

A verdade é que a crise europeia em que nos encontramos fez mais pela integração dos cidadãos do velho continente do que anos de discursos e manifestações de boa vontade dos eurocratas de Bruxelas e dos governos nacionais, que quiseram construir a Europa sem levar em conta a vontade dos europeus.

Se o interesse que agora os europeus revelam sobre o que se passa nos vários países da União for capaz de erguer a Europa que os políticos nunca souberam construir, então, esta crise será recordada na História como o momento fundador da Europa dos cidadãos.

Para já, uma coisa é certa para todos nós: a viragem à esquerda que se registou em França e os resultados incertos que se verificaram na Grécia terão, seguramente, consequências – esperemos que boas – no futuro próximo de todos nós, aqui, em Portugal.

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