Viva o Patriarca de Lisboa!


JOSÉ MARIA DUQUE  WWW.NOSOSPOUCOS.BLOGSPOT.COM
09.02.2018

Rebentou ontem um escândalo nos jornais sobre o Patriarca de Lisboa. Descobriram os jornalistas que o Senhor Dom Manuel propunha aos recasados absterem-se de ter relações sexuais. A “descoberta” deu direito a notícias, reportagens com “especialistas” (os de sempre, claro), e artigos de opinião. Hoje a Visão e o Público dedicam os seus editoriais a atacar o Patriarca.

É evidente que os senhores jornalistas, tão rápidas a emitir juízos e opiniões, nunca leram uma linha da doutrina da Igreja sobre a sexualidade. Sobre o assunto conhecem apenas o “toda a gente sabe”, a forma suprema de ignorância contemporânea.

Não vou aqui fazer a defesa daquilo que escreveu o nosso Patriarca. Não vale a pena. Quem quer perceber, lê o que ele escreveu e percebe logo. Quem não quer, também não será com a minha explicação que passará a perceber.

Mas aproveito a oportunidade para agradecer ao Senhor Patriarca. Agradecer o seu pontificado. Agradecer a sua paternidade. Agradecer a forma como tem ganho o cheiro das ovelhas, de tanto estar ao lado delas.

Parte do fel que tem sido destilado sobre o Patriarca nada tem a ver com a nota sobre a aplicação da Alegria do Amor. E isso fica claro em alguns dos artigos que têm sido publicados desde ontem. O que o “mundo” não perdoa ao Senhor Dom Manuel é o facto de ele se recusar a ficar na sacristia. É o de não ter medo de publicamente defender a Verdade e de instar os católicos a fazer o mesmo.

O “mundo” não se importa com uma Igreja silenciosa, que faz o papel de ONG e que reza dentro de quatro paredes fechadas. Mas não suporta uma Igreja que intervém na sociedade.
Desde o primeiro instante do seu pontificado o Senhor Patriarca tem deixado claro que se recusa a ser uma figura decorativa do regime. Tem erguido publicamente a sua voz na defesa da Verdade. Basta pensar que sem a intervenção pública do Senhor Dom Manuel muito provavelmente a eutanásia já seria lei. E é isso que o “mundo” não perdoa.

Mas o Patriarca não se limita a ser um voz incomoda. É antes de tudo um pastor. Um pai que continuamente acompanha os seus filhos. É impressionantes ver o empenho pessoal do Senhor Dom Manuel junto de tantas realidades da Igreja de Lisboa. O modo como incentiva e acompanha os movimentos de jovens, os movimentos de Defesa da Vida, as associações de profissionais católicos, etc.

E depois é sempre bonito ver a simplicidade do Patriarca, a sua discrição. Como está, sem alarido, sem cerimónias, mas sempre presente, como um pai. Relembro na última missa de Natal da Federação Portuguesa pela Vida. Tínhamos tudo preparado para o receber, com toda a honra que é devida a um príncipe da Igreja. E quando chegamos à Igreja, já lá estava o Senhor Patriarca, sentado no meio da Igreja, como qualquer cristão, em oração diante do Sacrário. E aí ficou quando começou o terço da paróquia, sentado a rezar, com o resto do povo cristão até ir celebrar a missa. A única honra que conhece e que necessita é a de servir a Deus.

O pontificado do Senhor Dom Manuel tem sido para mim, e penso que para todos os católicos do patriarcado, fonte de graça e de gratidão. Comove-me sempre a paternidade com que tantas vezes me acolheu, sobretudo nas questões relacionadas com a defesa da vida, nas quais o seu apoio tem sido fundamental.

Por isso agradeço a Deus por nos ter dado este grande bispo. E rezo para que o Senhor no-lo conserve por muitos e bons anos. Saibamos nós estar à altura do nosso Patriarca.

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