Aura Miguel
RR on-line, 2010.02.19
A nossa maneira de viver resvala constantemente para a superficialidade. O problema é que, na maioria dos casos, nunca achamos que é connosco.

Não fazemos mal a ninguém, até vamos à missa e ajudamos de vez em quando os que precisam, tentamos não fazer asneiras durante a Quaresma e achamos que assim nos convertemos.

Nada disso! Converter-se significa fazer uma inversão de marcha no caminho da vida! E quem o diz é Bento XVI, no início desta Quaresma: a conversão não é só ajustar um aspecto na vida, mas é andar contra-corrente, justamente quando a corrente é o estilo de vida superficial, incoerente e ilusório que nos arrasta e domina ou, então, faz de nós prisioneiros da mediocridade moral.

Se fizermos este percurso, percebemos que somos pó e ao pó regressaremos. É esta a ideia do Papa e da Igreja: pôr-nos no nosso lugar! Ajudar-nos a tomar consciência de que somos pó, mas um pó precioso aos olhos de Deus.

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