Homofobia

DESTAK |04 | 02 | 2010 09.21H

João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt

Hoje quem manifeste oposição ou desagrado pelas práticas homossexuais é logo repudiado violentamente como homofóbico. Isto nasce de dois erros elementares acerca dos direitos democráticos.

Uma atitude chauvinista ou xenófoba é justamente repudiada entre nós porque manifesta desagrado por aquilo que outro cidadão é em si mesmo, o que viola o princípio da igualdade em que a nossa sociedade se baseia. Mas na homossexualidade não se trata do que a pessoa é, mas do que faz. Não é raça ou sexo, mas acção, modo de vida. As pessoas nascem com as suas características étnicas e físicas, não com opções sexuais.

Os activistas têm-se esforçado por demonstrar que a orientação sexual é genética e natural. Mas, mesmo que o consigam (o que está longe), nunca podem ir além de uma inclinação, orientação. As pessoas não vivem pré-determinadas nem perdem a capacidade de escolha. Também há quem nasça com temperamento colérico e agressivo e isso não nos impede de repudiar a violência.

Em segundo lugar, é preciso lembrar que existe um crime muito grave chamado homofobia, que consiste em agredir e prejudicar alguém por ser homossexual. Mas isso é muito diferente da liberdade de opinião acerca da prática. Também há quem seja abertamente contra a Igreja, o que é legítimo na sociedade livre, sem que tal se confunda com a perseguição religiosa concreta, proibida pela lei.

Na cultura actual a homossexualidade é geralmente tolerada. O direito que hoje sofre discriminação é a liberdade de expressão dos que pensam que ela é uma perversão.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

OS JOVENS DE HOJE segundo Sócrates

Hino da Padroeira

O passeio de Santo António