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A mostrar mensagens de fevereiro, 2010

2.º Domigo da Quaresma - Transfiguração do Senhor

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Transfiguração Fra Angelico (1439-1443) Fresco (181 x 152 cm) Cela 6, Convento de S. Marcos, Florença

28 de Fevereiro - S. Torcato

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Mosteiro de S. Torcato - Guimarães S. Torcato (bispo) séc. I São Torcato é considerado o primeiro dos Varões Apostólicos, bispos enviados ainda no século I para evangelizar a Península Ibérica. A sua história está envolvida em lenda. Aparentemente, terá aportado a Cádis, no sul de Espanha, onde teria morrido e sido sepultado. O seu corpo terá sido trazido para o norte da Península no século VIII, quando os cristãos de Cádis fugiram da invasão dos mouros, e depositado no mosteiro de Celanova, perto de Ourense. Mais tarde, as suas relíquias foram distribuídas por vários mosteiros da Galiza e do norte de Portugal. No ano de 1059 (cerca de cem anos antes da independência de Portugal), já existia o mosteiro de S. Torcato, perto de Guimarães, o mais célebre centro português da devoção ao santo bispo, o qual veio a dar o nome a muitas aldeias no Minho.

O buraco negro

Público 20100221 José Pacheco Pereira Como é possível que não sejamos colocados perante o dilema de fazer algo perante um primeiro-ministro que nos engana Existe uma espécie de buraco negro no centro da vida política portuguesa. Ninguém deseja mais do que eu falar de outra coisa, espairecer, ir para outra, focar o que se pensa e diz num universo mais sólido, mesmo que difícil e duro e complexo, nos seus caminhos. Muitas vezes digo a mim mesmo que é preciso falar dos "verdadeiros problemas do país", o desemprego, a crise, a situação da economia portuguesa, a dívida, mas esta frase mais que certeira na sua vontade de sanidade, ainda que sanidade infeliz, acaba por parecer um escapismo irresponsável e, no fundo, um desvio que erra na identificação dos "verdadeiros problemas" do país. Porque, dê-se-lhe a volta que se lhe der, o país tem no seu centro um buraco negro que reside antes de tudo na própria política, e que acaba por engolir tudo à volta, economia, sociedade,

Jornais desportivos

António Câmara RR online 26-02-2010 18:45 Quando fui para os Estados Unidos da América, em 1977, deixei de ter acesso a jornais portugueses. Adaptei-me lendo jornais americanos. Mas houve um jornal insubstituível: o então tri-semanário A Bola . Amigos meu prontificaram-se a assiná-lo perante a minha saudade. Era com prazer imenso que lia de ponta a ponta os números de A Bola que me chegavam com um atraso de vários dias. Portugal tem actualmente três diários desportivos. Espanha tem dois, sendo quatro vezes maior. Mas a situação Portuguesa é ainda mais distintiva pelo facto dos nossos jornais desportivos terem tiragens superiores à maioria dos nossos diários de referência. Como explicar esta situação? Alguns dizem que ela se deve à nossa incultura. Mas há certamente intelectuais a lerem A Bola , o Record e O Jogo . O facto de Portugal ter equipas competitivas internacionalmente em futebol é outra das razões possíveis para a imensa legião de leitores desses jornais. Mas não é fácil e

"Errei todo o discurso de meus anos"

Público, 20100225  Helena Matos Resolvi que quero fazer parte desse conglomerado político-económico das empresas públicas e participadas pelo Estado A cada artigo sobre o Taguspark ou mais propriamente sobre a associação entre Rui Pedro Soares, na qualidade de administrador executivo da PT, Armando Vara, enquanto vice-presidente da CGD, e Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, tornou-se-me cada vez mais presente este verso de Camões: " Errei todo o discurso de meus anos ". Porquê? Porque estou cansada de viver do outro lado. Do lado daqueles que têm de sustentar isto. Do lado daqueles que põem o dinheiro e pagam os consultores, os estudos e as cerimónias para que, como se ficou a saber ontem pelo artigo de José António Cerejo, Isaltino Morais possa ter afiançado ao então presidente da TagusPark, um quadro da mesma Câmara Municipal de Oeiras, que, se antecipasse voluntariamente o termo do seu mandato, seriam tanto ele como os vogais compensados com "indemnizaçõe

Pior Solução

DESTAK | 24 | 02 | 2010   21.20H João César das Neves |   naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt É espantoso como as coisas se dirigem para a pior solução possível. Em nome da estabilidade institucional ficamos com um Governo em quem ninguém acredita. Demoliram o Primeiro-ministro e, depois de demolido, mantêm-no. Parece ser a solução que agrada a todos. Vamos andar meses a fingir que o Governo não derrocou, enquanto os jornais dão diariamente novos detalhes dos escombros. As suspeitas existem e são profundas. Não vale a pena negar a realidade, como alguns tentam. Dada essa realidade, as soluções seriam duas. Infelizmente nenhuma funciona, precisamente pelas razões que geraram o problema. Pode até dizer-se que a incapacidade de solução é o pior sinal do que há a resolver. Poderia haver uma solução jurídica. Mas foi a incapacidade operativa dos tribunais que lançou a suspeita, a qual, por sua vez, ainda minou mais a confiança na Justiça. Poderia haver uma solução política. Mas foi a inexistênci

A QUARESMA E AS CALÇAS

             Quando Luísa viu aquele par de calças, foi amor à primeira vista. Acabara de assistir à Missa dominical e, cumprindo uma antiga rotina, fora tomar a bica do costume no café da praxe, ali mesmo no centro comercial, a meio caminho entre a sua casa e a igreja paroquial. Na homilia, por sinal, o Padre Sérgio tinha falado da Quaresma, aconselhando a prática da mortificação cristã, nomeadamente o jejum na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa, e a abstinência todas as sextas-feiras. Incomodara-a aquela abordagem, que lhe pareceu anacrónica e até um pouco disparatada: que tem Deus a ver com a ementa do almoço ou do jantar?! Que relação há entre o bem da alma e a qualidade do menu?! Na realidade, parecia-lhe tão improcedente o convite à penitência como lhe resultaria despropositado que, por absurdo, o seu médico lhe receitasse duas Avé Marias antes de cada refeição! O namoro com aquele trapo de estimação não durou muito pois, com medo de que qualquer eventual cliente se l

Frase do dia

O Diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém William Shakespeare

O desafio da manifestação pela família e pelo casamento

Público, 2010.02.24 António Pinheiro Torres É preciso partir da realidade e não da ideologia, partir do homem e não do Estado, é preciso mais liberdade!   Sábado, 20 de Fevereiro: conforme se encontra amplamente documentado nos diversos órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiros, milhares de pessoas concentraram-se no Marquês de Pombal, desceram a Avenida da Liberdade e participaram na Festa da Família nos Restauradores. Não sabemos o número exacto de pessoas que estiveram presentes e ninguém honestamente poderá dizer com certeza quantos eram. Mas apenas que eram muitos milhares, de todas as idades, pobres, ricos e remediados, alguns, poucos, conhecidos e na sua esmagadora maioria anónimos, de diferentes partidos, confissões religiosas e clubes desportivos, de muitas raças e de todas as cores culturais e sociais. Um caleidoscópio de portugueses unidos pela determinação comum em mostrar a beleza do casamento e da família e em gritar bem alto a exigência de que o povo se poss

Frase do dia

Será que a finalidade da vida é apenas viver? Paul Claudel (poeta, dramaturgo e diplomata francês católico 1868-1955)

Maior base de dados sobre Portugal está hoje na Internet

Diário digital, 2010.02.23 Maior base de dados sobre Portugal está hoje na Internet http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=18&id_news=436865 A maior base de dados estatísticos sobre Portugal com acesso universal e gratuito estará disponível a partir de desta terça-feira na Internet, resultado de uma iniciativa da Fundação Francisco Manuel dos Santos, presidida pelo investigador António Barreto. A Pordata, disponível em http://www.pordata.pt , reúne estatísticas sobre «quase todos os capítulos da sociedade portuguesa», com dados relativos aos últimos 50 anos, fornecidos por mais de 30 entidades que produzem estatísticas certificadas, explicou à Lusa António Barreto. No entanto, a Pordata é mais do que uma grande base de dados com séries estatísticas, já que permite ao utilizador escolher e cruzar variáveis, criar os seus próprios quadros e gráficos «estáticos e dinâmicos», calcular taxas de variação e percentagens. Tudo, no máximo, em três cliques, segundo os respon

COMUNICADO da PLATAFORMA CIDADANIA CASAMENTO

MANIFESTAÇÃO PELO CASAMENTO E PELA FAMILIA Ontem conforme se encontra amplamente documentado nos diversos órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiros, milhares de pessoas concentraram-se no Marquês de Pombal, desceram a Avenida da Liberdade e participaram na Festa da Família nos Restauradores. Não sabemos o número exacto de pessoas que estiveram presentes e ninguém honestamente poderá dizer com certeza quantos eram. Mas apenas que eram muitos milhares, de todas as idades, pobres, ricos e remediados, alguns poucos conhecidos e na sua esmagadora maioria anónimos, de diferentes partidos, confissões religiosas e clubes desportivos, de muitas raças e de todas as cores culturais e sociais. Um caleidoscópio de portugueses unidos pela determinação comum em mostrar a beleza do casamento e da família e em gritar bem alto a exigência de que o povo se possa pronunciar sobre o seu destino. Daí a alegria, tranquilidade e firme determinação, que caracterizaram esta iniciativa da Plataforma

A natureza das cavernas

A natureza das cavernas DN 2010.02.22  JOÃO CÉSAR DAS NEVES Um líder nacional ganha a reeleição para depois da vitória surgirem falcatruas que praticou para ganhar. O escândalo faz cair o seu Governo. Conhece a história? Claro! É Watergate. As diferenças ideológicas entre Richard Nixon e José Sócrates são enormes. Ambos detestariam estar juntos na mesma sala. Mas enfrentam o mesmo problema por razões parecidas. A história evolui e as mudanças multiplicam-se, mas os elementos subterrâneos permanecem. Cairá o Governo português com o escândalo? Para isso era preciso vergonha. As diferenças de Watergate e "Face Oculta" são as diferenças de Abraham Lincoln e Fontes Pereira de Melo, um século depois. Os EUA têm uma democracia; com defeitos, abusos e dificuldades, mas uma democracia. Portugal vive no caciquismo tribal, pacato, benevolente e oportunista, em várias formas históricas. Por exemplo, o Governo diz-se vítima de uma cabala política, mas queixa-se de que a oposição não o qu

47 dicas para a Quaresma

DicasVersao2010

Milhares "em defesa da família"

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A reportagem do Diário de Notícias (2010.02.21) por RITA CARVALHO Hoje Plataforma Cidadania e Casamento exigiu um referendo à lei e consequências políticas da manifestação. "O poder não pode alterar a sociedade por decreto." A frase da porta-voz da Plataforma Cidadania e Casamento arranca uma salva de palmas entusiasta aos milhares de pessoas reunidos na Praça dos Restauradores e é intercalada por um coro de jovens que entoam a música We are family. No palco, Isilda Pegado exige o referendo à lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo - já aprovada e a aguardar resposta do Presidente -, e reclama "soberania para o povo". Depois disto, diz ao DN, tem de "haver consequências políticas". Os discursos e a música animada encerram o protesto que encheu ontem a Avenida da Liberdade, em Lisboa, de defensores da família tradicional e de opositores ao casamento homossexual. Uma adesão que superou as expectativas da organização, que arriscou falar em dez mil partic

Manifestação pela Família e pelo Casamento

Milhares de pessoas em manifestação a favor do referendo Milhares de pessoas desceram hoje a avenida da Liberdade, em Lisboa, e encheram meia praça dos Restauradores, numa manifestação convocada pela Plataforma Cidadania e Casamento a favor do referendo ao casamento entre pessoas do mesmo sexo «Casamento é entre homem e mulher» e «a família unida jamais será vencida» foram algumas das palavras de ordem ouvidas enquanto a manifestação, que partiu pouco depois das 15h da praça do Marquês de Pombal, descia a avenida mais conhecida de Lisboa. Segundo disse fonte da organização, estiveram presentes na manifestação «mais de cinco mil pessoas» . Os agentes da PSP presentes no local não adiantaram qualquer número, remetendo para o comando distrital da corporação, o qual não foi possível contactar até ao momento. Na manifestação da Plataforma Cidadania e Casamento marcaram presença figuras públicas como o arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles, o general Garcia Leandro, o deputado

PROPAGANDA FALSA PAGA COM O NOSSO DINHEIRO

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COISAS DA SÁBADO : PROPAGANDA FALSA PAGA COM O NOSSO DINEHIRO in Abrupto, 20100219 Este cartaz, profusamente distribuído em Lisboa. é pago com o nosso dinheiro e é um exemplo mais de como o dinheiro dos contribuintes e dos munícipes lisboetas de há muito tempo é usado para alimentar as chamadas causas “fracturantes” e os grupos radicais que as suportam, na sua maioria ligados ao Bloco de Esquerda. Não é novidade nenhuma mas nunca vi uma discussão sobre os abusos do financiamento público que tivesse em conta esta realidade: o dinheiro dos contribuintes é usado para promover causas políticas em que a maioria não se revê, de organizações cuja contabilidade e accountability desconhece, deturpando a transparência da vida pública . Basta colar a uma organização qualquer o título de que luta contra a “discriminação” ou o “racismo” (o caso do SOS Racismo é outro exemplo de organizações do Bloco de Esquerda financiadas pelo dinheiro dos contribuintes) para se pensar justificado dar-lhes dinh

Aura Miguel RR on-line, 2010.02.19 A nossa maneira de viver resvala constantemente para a superficialidade. O problema é que, na maioria dos casos, nunca achamos que é connosco. Não fazemos mal a ninguém, até vamos à missa e ajudamos de vez em quando os que precisam, tentamos não fazer asneiras durante a Quaresma e achamos que assim nos convertemos. Nada disso! Converter-se significa fazer uma inversão de marcha no caminho da vida! E quem o diz é Bento XVI, no início desta Quaresma: a conversão não é só ajustar um aspecto na vida, mas é andar contra-corrente, justamente quando a corrente é o estilo de vida superficial, incoerente e ilusório que nos arrasta e domina ou, então, faz de nós prisioneiros da mediocridade moral. Se fizermos este percurso, percebemos que somos pó e ao pó regressaremos. É esta a ideia do Papa e da Igreja: pôr-nos no nosso lugar! Ajudar-nos a tomar consciência de que somos pó, mas um pó precioso aos olhos de Deus.

Privacidade e sigilos

Público 2010-02-19 Luís Campos e Cunha Tenho um grande temor com os novos métodos de vigilância a que todos, quer queiramos quer não, estamos sujeitos Um dos aspectos mais aterradores da sociedade actual é a falta de privacidade. Em tempos, mais precisamente em 2004, defendi a manutenção do sigilo bancário e o fim do sigilo fiscal como mais apropriado para combater a fraude fiscal. Recentemente, três deputados do PS, com grandes responsabilidades no grupo parlamentar, voltaram a sugerir tal medida. Agora que a poeira caiu e a discussão do poder dentro do grupo parlamentar passou, calmamente, vale a pena revisitar a questão do fim do sigilo fiscal. Antes de mais, tenho uma grande preocupação e, porque não dizê-lo, um grande temor com os novos métodos de vigilância a que todos, quer queiramos quer não, estamos sujeitos. Não sou o único a partilhar tais preocupações mas quase. Um qualquer sobressalto político pode desencadear uma onda de vigilantismo (não sei se a palavra ex

Fechadura

DESTAK |18 | 02 | 2010 08.42H João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt Assistimos a um grande embate entre Governo e imprensa, onde os políticos estão a perder em toda a linha. Mas se as irregularidades governamentais são muito graves, é bom não perder de vista também as culpas do outro lado. Os políticos corromperam os valores, mas é verdade que as escutas e o jornalismo de buraco de fechadura são péssimos. Os jornais apresentam-se como juízes nacionais e garantes da moral pública, mas acabam envolvidos na sujidade que dizem limpar. Um caricato exemplo recente, alheio à controvérsia, mostra-o bem. O Papa vem a Portugal em Maio. Essa visita levanta muitas questões, algumas polémicas, várias dificuldades. Há muito a dizer sobre ela. O Expresso, uma das principais publicações nacionais, decidiu fazer uma reportagem sobre o tema. Mandou uma repórter às lojinhas do santuário e fez uma notícia de página inteira com chamada à capa: «Bento XVI é um fracasso de vendas em

Os situacionistas

Público 20100218 Helena Matos Academicamente bem apetrechados, esta nova geração passou rapidamente após 1975 da oposição para o poder Nos anos 60 passaram do liceu para as universidades. São do tempo em que ser senhor doutor valia alguma coisa e as famílias apostaram fortemente na sua formação, confiando que, apesar de cada ano lectivo corresponder a maior irreverência, no fim eles teriam o canudo. Para o futuro ficaram conhecidos como geração de 60. Em Portugal, a PIDE e a censura deram-lhes um enquadramento de resistência que vai para lá do que aconteceu aos seus congéneres nos países democráticos. Após 1975 cortaram o cabelo, apararam a barba e quando a tropa, já sem MFA, recolheu aos quartéis começaram a sentar-se no aparelho de Estado. Academicamente bem apetrechados e com o país a precisar de se refazer das vagas de saneamentos, esta nova geração passou rapidamente da oposição para o poder. Alguns dos mais destacados elementos dessa geração vieram a tornar-se notávei

No reino das aparências

Público, 20100218 Pedro Lomba O que quer o propagandista não é controlar a realidade. A sua primeira ambição é outra: gerir a   aparência . Não lhe interessa refutar factos e suspeitas desfavoráveis, mas manipular a forma como esses factos são lidos e interpretados pelo maior número de pessoas. É nessa contra-informação metódica que o propagandista cava a distância entre o que   é   e o que   parece . Por isso, o grande motor de toda a propaganda - política, económica ou cultural - residiu sempre na criação sofisticada de aparências. As aparências também assentam em opiniões. Mas essas opiniões são distorcidas, falsificadas, enviesadas. São opiniões falsas que pretendem gerar outras opiniões falsas. Nas sociedades de massas, as aparências circulam como produtos tóxicos. E o mais difícil nisto tudo é isolar e compreender a realidade. No caso do plano com que alegadamente o Governo queria tomar conta da TVI - a que podemos chamar plano A, porque resta apurar se a operação não acabou p