House

DESTAK |14 | 01 | 2010 08.42H
João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt
Não vejo televisão. Uso o televisor mas sem ver televisão. Ou seja, vejo filmes e séries gravadas e escolhidas, não aquilo que os canais decidem emitir. Não quero impor esta solução (é sem dúvida mais cara), mas tenho-me dado bem com ela. O meu televisor só passa programas de qualidade.
Apesar disso não é possível viver hoje aqui sem ser confrontado com as séries que enchem os canais. Até na rua e metropolitano os cartazes apregoam títulos e características desses espectáculos. Sem nunca ter assistido a um único episódio, tenho reparado em coisas curiosas.
Primeiro, grande percentagem desses programas passam-se em hospitais, tribunais e esquadras de polícia, três dos sítios do mundo em que as pessoas menos gostam de estar. Não é fácil explicar, mas não deixa de ser interessante que tanta gente se divirta a contemplar locais onde detestaria encontrar-se se tivesse de ser.
Reparei depois que há uma série particularmente famosa chamada Dr. House. Tive curiosidade em saber o que a fazia tão especial (mas não a ponto de gastar tempo a vê-la) e amigos e familiares explicaram-me que era um médico que, apesar de malcriado, descobria a cura de doenças estranhíssimas. Achei um pouco estúpido, mas compreensível.
Há dias entrei numa sala onde dava esse programa e, olhando uns minutos, percebi que não se tratava de doenças. Explicaram-me que, à medida que a série avança, os problemas clínicos são cada vez menos importante, porque o que interessa é a má-criação do tal médico. Espantoso o que gostam os espectadores!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

OS JOVENS DE HOJE segundo Sócrates

Hino da Padroeira

O passeio de Santo António