Papa aponta problemas do mundo actual, RR on-line, 080717 10:00
O Papa denunciou, esta manhã, perante uma plateia de milhares de jovens, a exaltação da violência na sociedade actual e identificou a protecção do ambiente como uma das preocupações de vital importância para a humanidade.
Foram os temas que marcaram o primeiro discurso de Bento XVI na Jornada Mundial da Juventude, em Sidney, na Austrália. O mundo sofre com várias feridas – diagnosticou o Papa: no ambiente, a seca e o desperdício de recursos minerais e marítimos, vítimas do consumo desmesurado da sociedade. No entanto, o Santo Padre referiu-se a feridas não menos graves, que afectam directamente as pessoas: “Os exemplos abundam, como bem sabeis. Os mais evidentes são o abuso do álcool e das drogas, a exaltação da violência e a degradação sexual, tantas vezes apresentadas pela televisão e pela internet como «divertimento». Pergunto a mim mesmo, como poderá alguém encarar face a face pessoas que sofrem realmente com a violência e exploração sexual e dizer-lhes que estas tragédias, representadas de forma virtual, são consideradas um «divertimento»?”O efeito sinistro do relativismo e as confusões entre liberdade e tolerância, desgarradas da Verdade, foram alertas deixados pelo Papa, que exortou os jovens a “não se deixar enganar por aqueles que vos vêem apenas como consumidores de um mercado de possibilidades indiferenciadas, onde a escolha se transforma em bem, a novidade se contrapõe à beleza e a experiência subjectiva suplanta a verdade”. “Cristo oferece mais!” – frisou Bento XVI. “Aliás, oferece tudo! Só Ele, que é a Verdade, pode ser o Caminho e, portanto, também a Vida.”“A vida não é um mero suceder-se de factos e de experiências, por muitos úteis que sejam. É uma busca de Verdade, de Bem e do Belo. E, para alcançar tal fim, fazemos opções, exercemos a nossa liberdade e é nisto, ou seja, na Verdade, no Bem e no Belo, que encontramos a felicidade e a alegria”. Neste contexto, Bento XVI sublinhou também o valor intrínseco e a dignidade inviolável de cada ser humano, ao dizer que “as preocupações pela não-violência, pelo desenvolvimento sustentável, pela justiça e paz e defesa do ambiente são de vital importância para a Humanidade. Mas isto só pode ser entendido se fizermos uma profunda reflexão sobre o valor intrínseco da dignidade de cada vida humana, desde a concepção até à morte natural: dignidade conferida pelo próprio Deus e, por isso, inviolável”.Antes do primeiro discurso de Bento XVI perante os jovens, em Sidney, foi tempo de saudações. O português ouviu-se, na Austrália: “Queridos amigos de língua portuguesa. A todos saúdo com afecto, os de perto e os de longe. É com grande alegria que o Papa vos acolhe para vos confirmar como testemunhas de Jesus, por Ele acreditadas como dom do Seu próprio Espírito”.
Foram os temas que marcaram o primeiro discurso de Bento XVI na Jornada Mundial da Juventude, em Sidney, na Austrália. O mundo sofre com várias feridas – diagnosticou o Papa: no ambiente, a seca e o desperdício de recursos minerais e marítimos, vítimas do consumo desmesurado da sociedade. No entanto, o Santo Padre referiu-se a feridas não menos graves, que afectam directamente as pessoas: “Os exemplos abundam, como bem sabeis. Os mais evidentes são o abuso do álcool e das drogas, a exaltação da violência e a degradação sexual, tantas vezes apresentadas pela televisão e pela internet como «divertimento». Pergunto a mim mesmo, como poderá alguém encarar face a face pessoas que sofrem realmente com a violência e exploração sexual e dizer-lhes que estas tragédias, representadas de forma virtual, são consideradas um «divertimento»?”O efeito sinistro do relativismo e as confusões entre liberdade e tolerância, desgarradas da Verdade, foram alertas deixados pelo Papa, que exortou os jovens a “não se deixar enganar por aqueles que vos vêem apenas como consumidores de um mercado de possibilidades indiferenciadas, onde a escolha se transforma em bem, a novidade se contrapõe à beleza e a experiência subjectiva suplanta a verdade”. “Cristo oferece mais!” – frisou Bento XVI. “Aliás, oferece tudo! Só Ele, que é a Verdade, pode ser o Caminho e, portanto, também a Vida.”“A vida não é um mero suceder-se de factos e de experiências, por muitos úteis que sejam. É uma busca de Verdade, de Bem e do Belo. E, para alcançar tal fim, fazemos opções, exercemos a nossa liberdade e é nisto, ou seja, na Verdade, no Bem e no Belo, que encontramos a felicidade e a alegria”. Neste contexto, Bento XVI sublinhou também o valor intrínseco e a dignidade inviolável de cada ser humano, ao dizer que “as preocupações pela não-violência, pelo desenvolvimento sustentável, pela justiça e paz e defesa do ambiente são de vital importância para a Humanidade. Mas isto só pode ser entendido se fizermos uma profunda reflexão sobre o valor intrínseco da dignidade de cada vida humana, desde a concepção até à morte natural: dignidade conferida pelo próprio Deus e, por isso, inviolável”.Antes do primeiro discurso de Bento XVI perante os jovens, em Sidney, foi tempo de saudações. O português ouviu-se, na Austrália: “Queridos amigos de língua portuguesa. A todos saúdo com afecto, os de perto e os de longe. É com grande alegria que o Papa vos acolhe para vos confirmar como testemunhas de Jesus, por Ele acreditadas como dom do Seu próprio Espírito”.
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