Aproxima-se o Natal
Fui fazer algumas compras à hora de almoço. Enquanto pagava, vi estampado no saco que me entregaram, um presépio. Em cores suaves, lá estava Jesus, Maria, José, os Reis Magos, os Pastores, a estrela… não resisti a comentar: "que bonito este saco de natal com o presépio…." E o rapaz que estava a atender, respondeu-me: "mas o natal também é a família, a paz, a alegria…" e eu insisti : "sim, mas tudo começa no presépio, no nascimento de Jesus"…
Confesso que fiquei calada, dei as boas tardes e sai da loja. "Não vale a pena remar contra esta maré…" foi o que pensei naqueles primeiros passos, já pela rua fora.
Mas não pode ser assim.
Deixámos que o Natal fosse ocupado por tudo e por todos. Pela beleza das cores e das luzes, sim, mas também pelos papéis rasgados que durante anos, encheram os caixotes do lixo num excesso de compras que nada justifica.
Deixamos que o Natal fosse a festa da família, da paz e da alegria, que é certamente, mas não a festa da Família de Nazaré, a festa da Paz daquela noite em Belém, a festa da Alegria do nascimento de Jesus.
Deixamos que os pinguins e as renas nos falassem da bondade do Pai Natal e que São Nicolau ficasse esquecido no calendário litúrgico. Não precisamos de tirar nada a ninguém. Precisamos sim de dar espaço e tempo à verdade do Natal.
O Natal é cristão na sua essência, porque celebra precisamente o nascimento de Jesus Cristo, filho de Deus, homem no meio dos homens. Celebrar o Natal é celebrar este nascimento. Com a família, com os amigos, com alegria, com partilha e com paz. Mas acima de tudo com Jesus.
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