Hospitais devem eliminar objectos alusivos à infância ou do foro religioso de salas para aborto

Sol on-line 12 de Julho, 2011

A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) recomenda aos hospitais públicos que retirem dos gabinetes onde atendem mulheres para interrupção voluntária da gravidez objectos que possam interferir com a escolha das utentes.
Esta é uma das recomendações que resultou da inspecção realizada no ano passado a 22 estabelecimentos de saúde que realizam abortos por opção da mulher até às 10 semanas de gravidez, que a legislação em vigor há quatro anos veio permitir.
No relatório da IGAS, é recomendado que objectos alusivos à infância ou do foro religioso sejam removidos dos gabinetes médicos e de apoio psicológico e social onde é prestado atendimento a estas utentes.
A inspecção diz ainda que as unidades de saúde devem criar um telefone directo para a consulta hospitalar da interrupção voluntária da gravidez (IVG), «facilitando o cumprimento dos prazos legais».
Deve ainda existir um contacto disponível de um profissional de saúde, em horário útil, para esclarecer possíveis dúvidas «durante todo o processo de IVG, minimizando o recurso desnecessário ao serviço de urgência».
A IGAS diz ainda que a Direcção Geral da Saúde deve actualizar a informação disponível na Internet relativamente à consulta de IVG, com indicação dos dias, horários da consulta e profissionais de saúde adstritos.
Apesar das recomendações, a inspecção reconhece que o sistema público tem procurado dar resposta para «a realização de um aborto seguro», mesmo com a escassez de recursos e com o «elevado número de profissionais» que se declararam objectores de consciência.
Ainda assim, a inspecção detectou falhas no cumprimento da lei nos serviços públicos.
Segundo o relatório, havia, em 2010, um centro hospitalar no qual em cada unidade onde se realiza a consulta de IVG apenas há um médico, o que faz com que a comprovação da idade gestacional não seja feita por um clínico diferente daquele que realiza o abroto, como determina a lei.
«Apesar de existir certificado de assinatura por médico diferente, esta assinatura não passa de um ato meramente formal, pois é feita à posteriori pelo outro médico da unidade e vice-versa», refere o Relatório de Actividades do IGAS, divulgado na Internet.


Comentários

Licurgo disse…
Os jacobinos em todo o se esplendor... antes de serem corridos a pontapé de biqueirada!
Que vergonha! Esta gente dormirá tranquila todas as noites, depois de cumprirem zelosamente a lei, sabendo que contribuíram para o assassínio de tantos indefesos inocentes...?!

Mensagens populares deste blogue

OS JOVENS DE HOJE segundo Sócrates

Hino da Padroeira

O passeio de Santo António