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A mostrar mensagens de outubro, 2009

Pe. Kondor "desarmava-nos com a sua amizade"

Aura Miguel RR on-line 30-10-2009 09:57 Vai hoje a sepultar um dos maiores embaixadores de Fátima, um grande amigo de Nossa Senhora e dos pastorinhos. Apesar de húngaro, o seu coração era bem português. O Padre Kondor foi durante décadas confidente pessoal da própria Irmã Lúcia. Foi graças a ele que a vidente esclareceu muita gente sobre a mensagem que tinha recebido do céu, a começar pela publicação em várias línguas das suas Memórias. Era amigo de João Paulo II e, sobretudo, do seu secretário Mons. Stanislaw Dziwisz - hoje cardeal de Cracóvia - e bateu-se, como ninguém, pelas visitas do papa a Fátima. Amigo pessoal do cardeal Meisner de Colónia e do cardeal Raztinger foi também graças a ele que eu própria conheci em Fátima o então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Quando em 1996, o cardeal Ratzinger veio a Portugal, e foi depois ao Carmelo de Coimbra para se encontrar com a Irmã Lúcia, no final, o Pe. Kondor veio ter comigo e disse-me: Quer vir almoçar connosco? Era a

Inquisição

DESTAK |29 | 10 | 2009 08.30H João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt José Saramago volta a atacar grosseiramente a fé cristã. Se alguém lesse os livros dele como ele lê a Bíblia também não perceberia nada. Isto não é propriamente novidade, pois há muito se mostra perturbado pelo tema. O escritor tem todo o direito às suas convicções. Graças aos 87 anos e prémio Nobel, também parece ter o direito de atacar as dos outros. Está isento dos requisitos de respeito e tolerância exigidos aos cidadãos civilizados. Aliás, segundo alguns, os católicos até deviam ficar agradecidos por serem insultados por tão supina entidade. A reacção dele é: «O que me vale é que já não há fogueiras em São Domingos» (Expresso, 24/Outubro). E a nós, o que nos vale é que aqui não haja gulagues da URSS, purgas soviéticas, massacres estalinistas, maoistas e afins. Saramago teme acontecimentos com vários séculos, aberrantes na história da Igreja, repudiados pela generalidade dos cristãos e se

Caim bolchevique

Muito se tem escrito e dito sobre o mais recente opúsculo do Nobel português mas, na realidade, não se percebe a razão, porque nesta sua última ficção literária, o escritor iberista não apresenta nada de novo. Pelo contrário, é mais do mesmo. Com efeito, não é de estranhar que o autor do falso «Evangelho segundo Jesus Cristo» manifeste, mais uma vez, o seu desdém pela Bíblia, palavra de um Deus em que não crê, e que, por isso, de novo arremeta contra as religiões em geral e a católica em particular, sua inimiga de longa data e muita estimação. É verdade que alguns cristãos ficaram incomodados pela recorrente deturpação dos textos sagrados e pela falta de respeito pela liberdade religiosa que uma tal atitude evidencia. Mas reconheça-se, em abono da verdade, que o criador desta mistificação, com laivos auto-biográficos, não podia ter sido mais sincero nem coerente com a teoria política que tão devotamente segue. Com efeito, que outra personagem, que não Caim, poderia personifica

As afirmações religiosas do ateu José Saramago

João Miguel Tavares DN 20091029 No frente-a-frente televisivo entre José Saramago e o padre Carreira das Neves, o escritor português defendeu o "direito à heresia". Carreira das Neves respondeu, e muito bem, que Saramago não pode ser herético se não acredita em Deus. Tivesse o nosso Prémio Nobel da Literatura mais cuidado com as palavras e perceberia que aquilo que está a defender é, isso sim, o direito à blasfémia, já que a heresia é um afastamento da verdade "oficial" de uma religião, e por isso pressupõe a existência de fé. Foi apenas um lapsus linguae do autor de Caim? Infelizmente, não. Foi a consequência natural de uma posição absurda, que Saramago resumiu na bombástica frase: "A Bíblia é um manual de maus costumes." Não está aqui em causa o direito de Saramago dizer o que lhe apetece, como é óbvio. Mas está em causa o atropelamento de toda a lógica quando alguém que se assume como ateu faz um comentário sobre um livro de uma perspectiva reli

Frase do dia

A nós não nos cabe decidir o que acontece. Tudo o que nos cabe decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado Gandalf a Frodo em "A irmandade do Anel" J. R. Tolkien

Em vias de extinção

João César das Neves DN, 20091026 Há poucos dias, um diário de referência anunciava gravemente: "Casamentos católicos caem 62% em apenas uma década" (DN/8 Out.). O texto comentava dados do recente Anuário Católico de Portugal publicado pela Conferência Episcopal. O artigo enganou--se nas contas, porque a queda, sem dúvida acentuada, foi bastante inferior: 46,7% no País e 58,6% no Patriarcado de Lisboa. Além disso parece não se dar conta de que compara realidades incongruentes. A forte mudança na estrutura demográfica nestes dez anos recomenda muitas cautelas na interpretação de tais taxas. Uma olhadela às tendências de fundo basta para reforçar esses cuidados. Segundo o INE, a percentagem de casamentos católicos desce paulatinamente há 50 anos. Mas nos finais da década de 1990 acelerou subitamente, passando de 67% do total em 1998 para menos de 48% em 2007. Quem lida com fenómenos demográficos sabe que movimentos bruscos destes não se devem à evolução normal, mas a ch

O que eu não queria dizer de Saramago.

(Saramago fez uma enorme e muito bem orquestrada manobra de marketing, usando e abusando de Deus). Em que acredita Saramago? Em nada. Ele é daqueles comunistas de que dizemos, “é um exemplo de coerência”, ou seja, daqueles que não souberam criticar, dizer a verdade, antecipar o fim, nem sequer passados todos estes anos perceberam porque é que tudo aquilo se desmoronou. Perante isto como não há-de ele eleger como inimigos os que Acreditam, ainda por cima esses mesmos que tendo Fé rezaram pelo fim daquilo que ele mais queria, e contribuíram muito na pessoa de João Paulo II para a queda do “muro”, por tudo isto é humano que Saramago se dedique agora desesperadamente a combater os que têm Fé em Cristo. Saramago não acredita em nada e odeia os que acreditam no Todo. É sério Saramago quando quer tirar conclusões sobre um livro; pela análise de uma história no meio de milhares? Por um episódio contado no primeiro capítulo de uma obra com centenas de capítulos? Lendo só meia dúzia ent

Pois é, já há muito tempo que só se transmite folclore transmontano

José Pacheco Pereira Público, 20091024 A questão da "asfixia democrática" é das mais incómodas para o PS e para os próceres do pensamento único Um notável anúncio do Euromilhões diz-nos que "este canal acaba de ser comprado pelo senhor Nuno Cabral de Montalegre e a partir de agora transmitirá apenas folclore transmontano". Nem sei como é que se deixou passar esta notícia que explica porque é que já há tanto tempo só vemos "folclore transmontano" na televisão, nos jornais, na imprensa. Como já só vemos "folclore transmontano" pensamos que não há mundo, fora da visão que o senhor Nuno Cabral nos dá todos os dias. O potencial subversivo desta notícia é dizer-nos que isso se passa porque o senhor Nuno Cabral "comprou" o canal e que este transmite "apenas" "folclore transmontano", quando nos noticiários do dito "canal" se diz que se passa toda a música do mundo e se fala de forma plural sobre a vida

Psicólogo Eduardo Sá defende ser impossível educar sem dizer não

por Agência Lusa, Publicado em 24 de Outubro de 2009 O professor e psicólogo Eduardo Sá considerou hoje, em Coimbra, que é “impossível” promover a educação sem dizer “não”, desmistificando assim a ideia de que proferir aquela palavra “traumatiza as crianças”. “Aquela ideia, muito infeliz, de que as crianças se educam com pessoas boazinhas e que passa por se imaginar que dizer 'não' traumatiza as crianças é mentira”, afirmou o investigador, que lecciona na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Eduardo Sá falava à agência Lusa no final dos trabalhos do encontro “De SIM e de NÃO se faz a Educação”, que decorreu sexta-feira e hoje em Coimbra, depois de ter proferido uma palestra intitulada “Eduquem-se uns aos outros”. Organizado pela Fundação Bissaya Barreto, o encontro teve como ponto de partida “A violência infanto-juvenil em contexto escolar a par da emergência de um novo fenómeno: a violência de filhos contra os pais, em contexto f

O Governo menor

António Barreto Público, 20091024 Estava nos livros. E nas estrelas, não necessariamente nas de bom agoiro. O Governo será minoritário. O PS, seu único responsável, sempre sonhou com este dispositivo. É verdade que prefere ser maioritário, mas, desta maneira, pode oscilar e tentar demonstrar que é a "charneira" do sistema. Os socialistas sempre encararam com enorme dificuldade a hipótese de um governo de coligação (ou de apoio parlamentar) com o PCP. Há quase 40 anos que esta exclusão vigora com força de lei. Com duas consequências. A primeira: é uma espécie de seguro de vida da direita. A segunda: ajuda a reforçar o papel central do PS. Esta foi uma das razões que levaram o PS a forjar uma Constituição e uma tradição favoráveis aos governos minoritários. Têm igualmente dificuldade em encarar uma aliança com o Bloco de Esquerda. Para as presidenciais, talvez, mas isso é sem consequências. Para o Governo, nem pensar. Na verdade, com as suas "causas" culturais, jo

DEUS É MISERICORDIOSO

António Bagão Félix Público, 2009102 4 Não sou apreciador da escrita de José Saramago, mas não desconsidero a sua obra literária. Como autor e cidadão, José Saramago tem todo o direito de exprimir as suas ideias sobre tudo e mais alguma coisa. E, naturalmente, de expressar com clareza, frontalidade e liberdade o seu ateísmo militante. Seja nos seus livros, seja nos seus ditos. Mas para se ser respeitado nas suas opiniões, é preciso ter-se a inteligência, a razoabilidade e a prudência de se dar ao respeito. Uma coisa é Saramago defender o seu pensamento livre. Outra é o modo como o faz. Com acidez, arrogância, intolerância e sectarismo extremos. Pretensamente auto-dotado de uma superioridade intelectual e moral desde que foi galardoado com o Nobel acha-se pateticamente acima dos outros. Por isso, não argumenta, agride. Não opina, sentencia. Não confronta, insulta. Não esclarece, obscurece. Não convoca, provoca. Não fundamenta, opta pelo fundamentalismo.

Evangelho de um primário

Daniel Oliveira (www.expresso.pt) Expresso de 24 de Outubro de 2009 No dia 29 de Novembro a Suíça vai referendar a proibição de construção de minaretes em mesquitas. A interdição não se aplica, como é evidente, às torres das igrejas, apesar de uns e outras terem exactamente a mesma função. Este é o desrespeito que não se tolera: quando fiéis, convencidos da sua superioridade religiosa, limitam a liberdade de culto dos restantes. Ou quando uma religião quer fazer das suas leis as leis do Estado e, por isso, de todos nós. Fora isso, a religião, os seus fundamentos e os seus livros merecem tanto respeito como qualquer outra coisa na terra: nem de menos, nem de mais. Não é, por isso, a falta de respeito que me incomoda nas declarações de Saramago sobre a Bíblia (e nem comento os apelos a que renuncie à nacionalidade portuguesa). Muito menos a mim, ateu de pai e mãe e razoavelmente anticlerical. É o primarismo. Como reduzir um conjunto de textos tão complexo e contraditório a "absur

Georges Lemaître: o pai da teoria do Big-Bang

Conf Dominique Lambert Red

Da importância do escândalo

Helena Matos Público, 20091022 Arranjar uma polémica com a Igreja Católica é um investimento com risco zero e grande retorno mediático José Saramago é um razoável escritor e um excelente divulgador da sua obra. Num tempo não muito distante, em que ele ainda não era Nobel e em que os demais escritores (ou melhor dizendo autores de livros pois ser escritor é uma coisa situada uns patamares acima) desdenhavam enfastiados das filas que o povinho fazia à espera de um autógrafo, já José Saramago passava horas em sessões de lançamento a perguntar às senhoras que apareciam com os seus livros debaixo do braço a quem queriam que o dedicasse. E uma vez ouvido o nome ele lá escrevia as frases que lhe ditavam. Mais, Saramago era assim antes do Nobel e continuou a ser assim depois do Nobel. Na Festa do Avante!, numa biblioteca remota ou num pavilhão polivalente, Saramago sempre teve claro que os livros para serem lidos têm de ser vendidos e que o escritor é o principal vendedor da sua obra.

Escutas

DESTAK |22 | 10 | 2009 08.37H João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt O assunto das supostas escutas em Belém é um dos mais sérios casos da política portuguesa. Envolveu figuras cimeiras do Estado em acusações graves, justificou uma comunicação ao País do visivelmente irritado Presidente da República, motivou centenas de análises e críticas. Ou, pelo contrário, será que o assunto nunca existiu? Não passou de uma tentativa de embaraçar o Governo ou envolver o Presidente na campanha, uma maquinação mediática sem substância para afectar eleições, com grave violação da deontologia jornalística? Em qualquer caso o assunto é muito importante e exige investigação das autoridades. Como se entende então que tenha pura e simplesmente desaparecido? Acabadas as legislativas e falado o Presidente, tudo se esfumou, ficando apenas vagos debates deontológicos e críticas pedantes ao tom e forma da declaração presidencial. A substância evaporou-se, seja ela a suposta espionagem g

Frase do dia

A vida é como andar de bicicleta. Para manter o equilíbrio temos que continuar a seguir em frente Albert Einstein

Algumas ilações a retirar do ranking das escolas

Henrique Leitão RR on-line, 20091020 Todos sabemos que é informação que deve ser usada com alguma precaução, mas é inegável que se trata de informação importantíssima, sobretudo porque, com o passar dos anos, vai sendo possível cada vez mais diferenciar o que é meramente episódico do que são tendências estruturais. Dois factos evidentes merecem ser comentados. O primeiro é bem conhecido de todos: as escolas privadas ocupam, esmagadoramente, os primeiros lugares e esta tendência parece ter-se vindo a acentuar. Mas há um segundo aspecto que deve também ser destacado: entre as 20 escolas melhor classificadas, praticamente todas, apenas com raras excepções, são escolas que, directa ou indirectamente, dependem da Igreja Católica ou estão afiliadas a instituições da Igreja Católica. Isto é, o melhor ensino em Portugal é, sem qualquer dúvida, o oferecido pelas escolas católicas. Esta é uma constatação que os pais devem ter bem presente na altura de escolher uma escola para os seus

Os pequenos

João César das Neves DN20091019 Terminado o longo período eleitoral, salta à vista a má qualidade do discurso político. Perante a gravidade da situação e desânimo reinante, o tom geral das intervenções foi claramente incapaz. Não houve rasgo, chama. O povo está tão desiludido como estava. Qual o motivo? Que esteve ausente do esforço tribunício dos últimos meses? Não faltaram planos, propostas, projectos. Nos milhares de páginas de programas e centenas de horas de oratória é forçoso achar ideias, algumas até boas. Também não faltou sonho. Há muita emoção, paixão, fervor na vida pública nacional. Alguns são frustrados e até pesadelos, mas existem sonhos na nossa política partidária. O que desapareceu da intervenção dos nossos responsáveis é algo mais denso e determinante: visão estratégica, orientação de fundo, linha de rumo. Não se ouviu um propósito inspirador e empolgante que motivasse os portugueses. Ninguém diz o que quer e para onde vamos. O que tinham Sá Carneiro, Mário

Escola de Oração 2009-2010

Escola de Oracao

Lisboa: UCCLA homenageia "grande visionário" Krus Abecasis, fundador da instituição e ex-autarca

Lisboa, 18 Out (Lusa) - A União das Capitais das Cidades de Língua Portuguesa homenageia no próximo dia 26 o fundador da instituição e ex-presidente da câmara de Lisboa Nuno Krus Abecasis, elogiado pelo actual secretário-geral da UCCLA como um "grande visionário". Lusa 9:00 Domingo, 18 de Out de 2009 Lisboa, 18 Out (Lusa) - A União das Capitais das Cidades de Língua Portuguesa homenageia no próximo dia 26 o fundador da instituição e ex-presidente da câmara de Lisboa Nuno Krus Abecasis, elogiado pelo actual secretário-geral da UCCLA como um "grande visionário". "Foi o grande visionário que percebeu o alcance que havia nas relações entre as cidades que tinham outra liberdade e outra disponibilidade numa altura em que os Estados tinham muitos problemas", afirmou o secretário-geral da UCCLA, Miguel Anacoreta Correia. A sessão contará com a presença de todos os ex-presidentes da Câmara Municipal de Lisboa, à excepção de Jorge Sam

Más de un millón de personas han dicho «no» al aborto en Madrid

GUILLERMO DANIEL OLMO | MADRID Actualizado Sábado, 17-10-09 a las 19:50 ABC http://www.abc.es/20091017/nacional-/cientos-autobuses-llegan-madrid-200910171612.html Un clamor, un clamor contra el aborto y en defensa de la vida. Eso es lo que ha sido la gran manifestación contra la reforma de la Ley del Aborto que ha estremecido hoy el corazón de Madrid. Según los datos que ha dado la organización, han asisitido dos millones de personas. La Comunidad de Madrid ha rebajado un tanto el dato, pero lo ha dejado en una cifra también impresionante: un millón doscientas mil personas. El speaker del acto ha comunicado satisfecho a la multitud asistente que se trataba de "la manifestación más grande jamás celebrada en España". ¿Se mantendrá el Gobierno en sus trece?". Lo de hoy ha sido una exhibición de músculo por parte de los colectivos pro vida, una muestra de lo extenso del tejido social que rechaza de plano los planes del Gobierno Zapatero. A la marea humana que ha