A Bolha do Natal
INÊS TEOTÓNIO PEREIRA DN 23.12.2017 Chega o Natal e chega a altura de idolatrar as criancinhas. Eu, inclusive. É uma estupidez sem limites. Ando há semanas a comprar presentes para o meu filho mais novo, não comprei um presente e pronto, comprei uma série de porcarias e sorri quando paguei cada uma delas só de imaginar o sorriso e a felicidade da criança ao abrir os embrulhos. Os meus outros filhos olham para mim com alguma comiseração e abanam a cabeça cada vez que apareço com mais um dos membros da Guarda do Leão ou mais um cão da Patrulha Pata. Mas é assim, hoje em dia o Natal serve quase exclusivamente para acabar de estragar as criancinhas que ainda não estragadas. Torná-las verdadeiramente insuportáveis e mimadas, caprichosas e irritantes. É o que se espera de alguém que começa uma carta com "quero" - nem a Autoridade Tributária se atreve a tanto. Mas as criancinhas podem. E no Natal podem tudo. A verdade é que alguém, algures e h