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A mostrar mensagens de março, 2010

Entrevista a Mons. Guido Marini, Mestre das Celebrações Litúrgicas Ponifícias

Entrevista concedida por Mons. Guido Marini, Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias a Paolo Rodari, de Il Riformista (Páscoa de 2008) «A primeiríssima reacção foi de enorme surpresa e grande receio. Depois, vivi com algum nervosismo as vésperas da assunção do cargo, ao mesmo tempo que sentia imenso o distanciamento da minha diocese e da minha cidade, da minha irmã e da família, dos amigos, dos ambientes em que exerci, de modo particular, o meu sacerdócio: a cúria, o seminário, a catedral. Simultaneamente, porém, senti-me muito honrado por ter sido chamado pelo Santo Padre a desempenhar o cargo de Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias. Senti imediatamente que a possibilidade que me era dada de estar junto do Santo Padre era uma verdadeira graça para o meu sacerdócio.» É assim que Monsenhor Guido Marino, genovês de 42 anos, descreve a Il Riformista a sua chegada, em Outubro passado, ao Vaticano, para assumir o cargo de Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, um

Alegria na vida e no Vaticano - entrevista com Guzmán Carriquiry

Alegria na vida e no Vaticano Guzmán Carriquiry é o «decano» dos leigos na Cúria Romana e assegura que, para si, o Cristianismo sempre foi um «mais de felicidade» Guzmán Carriquiry Lecour, Subsecretário do Pontifício Conselho para os Leigos, fala em entrevista da vivência da alegria no Cristianismo, particularmente relevante no tempo pascal. O “decano” dos leigos do Vaticano conhece de perto como se manifesta essa alegria em várias comunidades e movimentos, um pouco por todo o mundo, e fala dela na sua própria vida, após 38 anos na Cúria Romana. Agência ECCLESIA (AE) – Como é que chegou ao Vaticano? Guzmán Carriquiry Lecour (GCL) – Bem, eu sou uruguaio e por um desses mistérios da providência de Deus, que se ocupa também dos pequenos, acabei por trabalhar na Cúria Romana aos 26 anos. Vim a Roma por um ano, à experiência, e faz já 38 anos que estou na Santa Sé, agora como Subsecretário do Pontifício Conselho para os Leigos. Fui o primeiro leigo a ser chefe de departamento, com nomea

Pensamento do dia

«Molhando um bocado de pão, deu-o a Judas» Quando o Senhor, Pão da Vida (Jo 6, 35), deu pão a este homem morto e marcado, entregando a quem traía o pão vivo, disse-lhe: «O que tens a fazer, fá-lo depressa». Não ordenava o crime; descobria o mal em Judas, e anunciava-nos o nosso bem. O facto de Cristo ser entregue não terá sido o pior para Judas e o melhor para nós? Por conseguinte, Judas prejudica-se, beneficiando-nos sem o saber. «O que tens a fazer, fá-lo depressa.» Palavras de um homem que está pronto, não de um homem irritado. Palavras que não anunciam a punição de quem trai, mas a recompensa do Redentor, Daquele que resgata. Ao dizer: «O que tens a fazer, fá-lo depressa», Cristo, mais que condenar o crime de infidelidade, procura apressar a salvação dos crentes. «Foi entregue por causa das nossas faltas; como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela» (Rom 4, 25; Ef 5, 25). É isso que leva o apóstolo Paulo a dizer: «Amou-me e a Si mesmo Se entregou por mim» (Gal 2, 20). De fact

Catequeses quaresmais do Cardeal Patriarca de Lisboa

Catequese Do Cardeal

Um problema simples

DN 2010.03.29 JOÃO CÉSAR DAS NEVES Portugal tem um problema simples: vivemos acima das nossas posses. A solução é também elementar: gastar menos. O endividamento anual, através do défice da balança externa, é de 10% do PIB. Isso não significa que cada um tenha de reduzir isso nas suas despesas, mas todos teremos de cortar alguma coisa. Não é o fim do mundo, só voltar a viver com o que vivíamos há dez anos. E não há volta a dar-lhe: desceremos quer queiramos quer não. Se descermos depressa será melhor. Se os ricos descerem mais, os pobres sofrerão menos. Claro que há outras maneiras de compensar o desvio. Em vez de gastar menos, podemos sempre trabalhar mais. Ou melhor. Inovação e criatividade podem evitar- -nos grandes dietas. Na falta disso, a alternativa é ir vendendo as "pratas da família", numa decadência gradual e apática. Sem falar do perigo da espiral de juros, agravado pelas taxas penalizadoras que pagam os grandes caloteiros. A causa de tudo isto é a antiga falácia d

Procissão dos Ramos (Baixa - Chiado Lisboa)

ProcissDomingoRamos2010

28 de Março - Domingo de Ramos na Paixão do Senhor

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Entrada de Jesus em Jerusalém DUCCIO di Buoninsegna 1308-11 Tempera sobre madeira, 100 x 57 cm Museo dell'Opera del Duomo, Siena

Liberdade, Igualdade e Fraternidade - Tópicos de reflexão quaresmal pelo bispo do Porto, D. Manuel Clemente

Microsoft Word - 1336 LIBERDADE Igualdade Fraternidade

Respeitinho

por Inês Teotónio Pereira, Publicado no ionline  em 27 de Março de 2010 À PARTIDA as crianças têm respeitinho. Respeitinho por tudo o que não lhes pertence, pela liberdade dos outros, pela dignidade humana, pela integridade física e por todos os direitos fundamentais que estejam em qualquer lista civilizada de direitos fundamentais. À partida as crianças têm respeito por qualquer pessoa que seja mais alta, mais forte ou mais velha. E por quem tenha autoridade, direitos ou privilégios sobre ela. Mas é só à partida. Logo ali, na casa da partida. Antes de os dados serem lançados. Porque logo a seguir, se quem manda não manda bem, se quem educa não dá o exemplo, se quem ensina não impõe regras e não dispõe de meios para as fazer cumprir, se quem brinca não o faz com gosto, se quem é mais velho se porta como uma criança, as crianças arrumam esse respeitinho chato e enfadonho bem lá no fundo da gaveta e esquecem-se de que alguma vez o conheceram. É assim a vida do respeito: frágil. El

Febre da gripe

DESTAK | 24 | 03 | 2010   21.21H João César das Neves |   naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt Ainda se lembra da gripe A? Justificou a mais maciça campanha de informação, consciencialização e profilaxia da história nacional. Todas as instituições e edifícios públicos foram dotadas de cartazes, panfletos, salas de gripe e dispensadores de desinfectante. Estado, empresas e cidadãos gastaram milhões nisso, além das despesas com especialistas em serviços de atendimento e milhões de doses de vacina. Foi sem dúvida uma das mais organizadas e exaustivas iniciativas públicas de sempre. As autoridades estiveram ao nível das exigências. Só a gripe não correspondeu às expectativas. Não foi por falta de colaboração da imprensa, que se fez eco do mais pequeno aviso e empolou todos os medos, cautelas e informações. Políticos, comentadores e funcionários, todos entraram na febre da gripe. Mesmo agora jornais e televisões continuam a colaborar e não desistem de procurar afanosamente novos surtos para

Redondos vocábulos (II)

Público, 2010.03.25 Helena Matos A palavra mentira foi banida. Aliás, as pessoas deixaram de mentir. Quando muito, dizem inverdades I cebergue - O caso BPN era a ponta do icebergue da corrupção no mundo da banca. No Apito Dourado , só conhecíamos a ponta do icebergue dos podres do futebol. O processo Casa Pia era a ponta do icebergue dos abusos sobre menores. A Noite Branca era a ponta do icebergue do mundo da vida nocturna. O advogado de Manuel Godinho entendeu por bem dizer que o seu cliente é "a face visível de um icebergue". Se inventariarmos todas as pontas de icebergue que têm vindo à tona nos últimos anos, e tendo em conta que a ponta do icebergue representa apenas dez por cento da massa real do icebergue, teremos de perceber que já não existe espaço para o país propriamente dito e nem sequer para nós, pois está tudo ocupado pelos icebergues. Paulatina, mas inexoravelmente, os icebergues ocuparam todo o país e nós fomos ficando com a alma gelada. Igualdade - Esta

25 de Março - Anunciação do Anjo a Nossa Senhora

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Anunciação Fra Angelico (1440-41) Fresco, 190 x 164 cm Convento di San Marco, Florença

Pensamento do dia

«Se permanecerdes fiéis à Minha palavra, sereis realmente Meus discípulos; então conhecereis a verdade, e a verdade tornar-vos-á livres» «Eu sou o Senhor teu Deus que te tirei da terra do Egipto, da casa da servidão» (Ex 20, 2). Estas palavras não se dirigem apenas aos que já saíram do Egipto; dirigem-se sobretudo a ti que as ouves agora, se quiseres sair do Egipto. [...] Reflecte, pois: as coisas deste mundo e as acções da carne não serão essa casa de servidão e, ao contrário, a fuga às coisas deste mundo e a vida segundo Deus não serão a casa da liberdade, conforme o que o Senhor diz no Evangelho: «Se permanecerdes na Minha palavra, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres»? Sim, o Egipto é a casa de servidão; Jerusalém e a Judeia são a casa da liberdade. Escuta o que o Apóstolo Paulo declara a este respeito [...]: «A Jerusalém que é do alto é livre; é a mãe de todos nós» (Gal 4, 26). E, da mesma forma que o Egipto, esta província terrestre, é chamada «casa de servidão

Responder à crise

Raquel Abecasis, RR on-line   22-03-2010 09:14 Começou a Primavera! Depois deste Inverno tempestuoso, o sol e os dias mais longos ajudam a melhorar o humor nacional. O ambiente que nos rodeia não tem sido o melhor, as notícias que nos chegam da política e dos políticos, da economia e dos economistas não nos deixam muita margem de manobra. Mas a Primavera e o sol que, contra tudo e contra todos, brilha em Portugal como em mais nenhum país na Europa, devem ser para nós fonte inspiradora. Vivemos tempos em que a iniciativa própria e a imaginação são fundamentais para garantir o nosso futuro. Os tempos de crise são também tempos de oportunidades que podemos e devemos agarrar. Aproveitemos, pois, a energia da Primavera para tentar dar a volta à crise, ainda que a forma de o fazer tenha que passar à margem da economia formal. Quando o poder político é fraco e incompetente e nos pede para viver sem respirar, cabe à sociedade civil encontrar as respostas para os seus problemas e t

O dedo e a lua

DN2010,0322 JOÃO CÉSAR DAS NEVES "Quando o sábio aponta a lua, o tolo só vê o dedo." Este velho provérbio oriental é um excelente diagnóstico da nossa situação política, financeira, social, cultural, intelectual. O problema latente na atitude portuguesa é, há séculos, sempre criticar o mensageiro sem atender à mensagem. O drama do consulado de José Sócrates, que monopoliza a vida nacional há muitos anos, é precisamente este. Quando surgiu no topo da cena nacional, em 2005, o sr. primeiro-ministro fez excelentes análises das nossas dificuldades, então atribuídas aos governos PSD. Mas, embora nunca deixando de criticar as mãos que o antecederam, Sócrates apontou a lua. Prometeu reformas decisivas, traçou planos ambiciosos, desafiou os instalados, apresentou coragem e iniciativa. Em breve, porém, se notou que o Governo deixara de olhar para o céu e se centrava exclusivamente no seu próprio dedo. A questão absorvente era a imagem do Executivo, as críticas dos jornais, a permanênc

Purga purificadora

Aura Miguel, RR on-line,  19-03-2010 08:40 Quando rebentaram os escândalos de pedofilia na Igreja dos EUA – situação gravíssima que afectou milhares de católicos, feridos e escandalizados pelo comportamento de alguns pastores – o normal (e até compreensível) seria esperar um fenómeno de afastamento por parte dos fiéis. Alguns terão saído, mas impressiona-me a consistência dos que ficaram. Bento XVI visitou os EUA pouco tempo depois destes escândalos e o testemunho de fé daqueles católicos que o acolheram é um exemplo para todos, especialmente agora, que somos assolados por novos escândalos do mesmo género. Tal como aconteceu com os católicos norte-americanos, também nós somos chamados a verificar as razões da nossa esperança e a aprofundar a certeza da nossa pertença a Cristo. Neste dia de São José, peçamos-lhe que esta espécie de purga tão dolorosa a que assistimos purifique a Igreja do que não presta e que deixe vir ao de cima o extraordinário manancial de santidade e miseri

Carta pastoral do Papa Bento XVI aos católicos da Irlanda

Cart Ado Pa Pair Land A

BENTO XVI, FÁTIMA E O CENTENÁRIO DA REPÚBLICA

Por uma muito feliz coincidência, o Papa Bento XVI visita Portugal, pela primeira vez nessa sua qualidade de sucessor de Pedro, no preciso ano do centenário da República. Sendo Fátima a principal razão da vinda do Vigário de Cristo à Terra de Santa Maria e etapa culminante desta sua visita pastoral, vem a propósito relembrar a atitude da primeira República em relação às aparições da Cova da Iria. Como é sabido, não foi a Igreja que impôs Fátima, mas Fátima que se impôs à Igreja, na feliz frase do Cardeal Cerejeira. A instituição eclesial, desde o prelado diocesano até ao pároco local, olhou inicialmente com algum cepticismo para os acontecimentos de que eram protagonistas três crianças analfabetas, a mais velha das quais de apenas dez anos de idade. Mas, não obstante a sua prudente reserva original, a hierarquia não se opôs às manifestações da piedade popular, que imediatamente irromperam no local das aparições marianas. Mais tarde, a Igreja viria a reconhecer oficialmente o carácte

Redondos vocábulos (I)

Público 2010.03.19 Helena Matos Sobre o país estende-se o diáfano manto de uma linguagem psico-sociológica que tudo torna moralmente aceitável Duas semanas a escrever sobre retornados (ainda hei-de voltar ao assunto, pois acumulam-se na minha secretária as histórias dos cooperantes, que um dia partiram para fazer o socialismo, receber um bom salário e acabaram a protagonizar histórias de desilusão e dor) e eis que constato que o país a que regresso não é o mesmo que deixei. Sobre ele estende-se o diáfano manto de uma linguagem psico-sociológica que tudo torna moralmente aceitável, desde que seja designado por um desses redondos vocábulos.   Apoio psicológico   - Há alguns anos, os alunos de uma universidade portuguesa resolveram integrar nas praxes a simulação do assalto a um banco. Pressurosa, a comunicação social avisava nos dias seguintes que os ditos jovens assaltantes já contavam com apoio psicológico. Desde então, a garantia de apoio psicológico não tem faltado, seja após a

ILUSÃO

DESTAK | 17 | 03 | 2010   18.32H João César das Neves |   naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt Neste ambiente de crise e austeridade vive-se uma grande ilusão de óptica que é preciso acautelar: os que protestam não são as vítimas da situação. Nos países europeus existe a antiga tradição de manifestações públicas, consideradas sinal de saudável vida democrática. Mas em Portugal, como na Europa, raramente se vêem manifestações de pobres e desempregados, empresários falidos e imigrantes, trabalhadores temporários e explorados. Os que foram atingidos em cheio pela recessão estão silenciosos e resignados. Não se podem dar ao luxo de protestar. São outros grupos, bastante diferentes e protegidos, que vêm para a rua e jornais expressar a sua zanga sobre a forma como a evolução económica e opções políticas os têm tratado. Os gritos que se ouvem são em defesa de direitos adquiridos, promessas não cumpridas, expectativas defraudadas. Não vêm dos que não têm direitos, não ouviram promessas, não sente

O Mensageiro das Estrelas foi escrito para causar sensação e agora está em português

Público, 2010.03.17 Chama-se   Sidereus Nuncius   ou oMensageiro das Estrelas. São apenas 60 páginas, mas mudaram o modo de encarar o Universo e o lugar do Homem no século XVII. Hoje a primeira obra de Galileu Galilei é apresentada pela primeira vez traduzida do latim para português, pela mão do físico e historiador da ciência Henrique Leitão, com a chancela da Fundação Calouste Gulbenkian.Por Ana Machado É o primeiro livro escrito por Galileu. Depois de ter construído e experimentado o primeiro telescópio, em 1609, o pai da astronomia moderna não conseguiu conter o mundo novo que descobriu do outro lado da luneta. E quis escrever sobre isso. Foi a única vez que escreveu um livro em latim. Portugal esperou 400 anos para o ler em português. Isso é possível a partir de hoje, depois de a Fundação Calouste Gulbenkian ter decidido aceitar um desafio proposto pela organização portuguesa do Ano Internacional da Astronomia (AIA) e pelo físico e historiador da ciência Henrique Leitão para tr

Os escândalos da pedofilia

por Marcello Pêra, italiano, filósofo agnóstico e senador. Publicado no Corriere della Sera 17.III.10   Caro Director, A questão dos padres pedófilos e homossexuais que surgiu recentemente na Alemanha, tem como alvo o Papa. Cometer-se-ia, no entanto, um grave erro se pensássemos que o golpe não conseguiria atingir o alvo, dada a enormidade da iniciativa. E seria um erro maior ainda se se considerasse que a questão será rapidamente ultrapassada, como tantas outras. Não é assim. Está em curso uma guerra. Não apenas contra a pessoa do Papa porque, nesse campo, a guerra é impossível. Bento XVI tornou inexpugnável na sua imagem, na sua serenidade, na sua limpidez, firmeza e doutrina. Basta o seu sorriso manso para derrotar um exército de adversários. Não, a guerra é entre o laicismo e o cristianismo. Os laicistas sabem que se um esguicho de lama atingir a batina branca, conseguir-se-á sujar a Igreja e, se se sujar a Igreja, então ter-se-á também sujado a religião cristã. É por isso que os

Pensamento do dia

«Levanta-te, toma a tua enxerga e anda» Nosso Senhor foi à piscina de Betzatá; encontrou um homem doente há trinta e oito anos, e disse-lhe: «Queres ser curado?» [...] Meus filhos, reparai bem que este doente permaneceu ali longos anos. Este doente estava destinado a servir a glória de Deus, e não a morte (Jo 11, 4). Oh, se quiséssemos esforçar-nos por compreender, em espírito de verdadeira paciência, o ensinamento profundo contido no facto de o doente ter esperado trinta e oito anos que Deus o curasse e ordenasse que se fosse embora! Isto destina-se às pessoas que, mal começando uma vida ligeiramente diferente e não vendo produzir-se de imediato as grandes coisas esperadas, crêem estar tudo perdido e se queixam de Deus como se Ele as tratasse injustamente. São poucos os homens que possuem esta nobre virtude de se abandonarem e se resignarem, que se aceitam como são e suportam a própria enfermidade, os próprios obstáculos e as próprias tentações, até que o próprio Senhor os cure. [..