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A mostrar mensagens de agosto, 2009

Mensagem papal ao Meeting organizado por Comunhão e Libertação em Rimini

Zenit, 20090831 CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 31 de agosto de 2009 ( ZENIT.org ).- Publicamos a mensagem enviada pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, em nome de Bento XVI, à 30ª edição do Meeting para a amizade entre os povos, que o movimento eclesial Comunhão e Libertação organizou na semana passada na cidade italiana de Rimini. * * * Excelência Reverendíssima Por ocasião do Meeting para a amizade entre os povos, que este ano celebra o seu trigésimo aniversário, é-me particularmente grato transmitir a saudação do Santo Padre a Vossa Excelência e a quantos promoveram e organizaram esta manifestação cultural, que em três décadas já viu a participação de milhares e milhares de homens e mulheres, sobretudo jovens, e a intervenção de centenas de relatores nas tribunas preparadas nas salas da feira de Rímini. Coadjuvados por estudiosos de todas as disciplinas, por artistas, autoridades religiosas, representantes do mundo da política, da economia e do desporto,

O encanto da construção

João César das Neves DN, 20090831 Portugal está em obras. Por todo o lado vemos estaleiros, buracos, betoneiras e capacetes. O motivo é evidente: as eleições autárquicas serão daqui a poucos meses e a campanha tem de incluir inaugurações. Além de irritar os munícipes com ruído e incómodo, esta actividade traz vários problemas escondidos, A principal razão da azáfama é o mau planeamento. A maioria dessas edificações não foi preparada ou concebida convenientemente e está horrivelmente atrasada. Os trabalhos fazem-se de afogueado, em condições incríveis e horários impossíveis. E custos acrescidos. Tudo isto é uma manifestação dos dois traços mais profundos da natureza nacional: todos sabem que os portugueses são horríveis planeadores e excelentes improvisadores. Ninguém imagina como, mas todas essas obras vão ficar prontas a tempo graças a feitos inauditos de desenrascanço e invenção. Há ainda o método original português de construção. Quando se começa uma obra, delimita-se a zona, vêm as

Quando é que se deixa de ser demasiado novo para ser Mozart?

José Manuel Fernandes Público, 20090839 O tribunal não quer deixar Laura Dekker, de 13 anos, tentar uma viagem de circum--navegação num veleiro. O pai autoriza. Quem deve prevalecer? Será que os adultos - sobretudo os adultos dos "serviços públicos" - convivem mal com adolescentes fora do comum? Ou será que esses adolescentes fora do comum são o produto de "pais tiranos" que apenas procuram a notoriedade a qualquer preço? Em 1976, quando uma miúda de 14 anos ganhou o que havia para ganhar nos Jogos Olímpicos de Montreal, a capa da Time titulava: "Ela é perfeita. Mas os Jogos estão em perigo". "Ela" era Nadia Comaneci, a ginasta romena que não só arrebatou cinco medalhas nos campeonatos como, sobretudo, impressionou o mundo ao conseguir, pela primeira vez, várias notas máximas, 10,0, apenas destinadas à perfeição absoluta. Nunca ninguém repetirá o seu feito: o Comité Olímpico já não deixa participar atletas com menos de 16 anos. Mas como compara

A educação sexual e D. Afonso Henriques

Público, 20090830 Gonçalo Portocarrero de Allmada A questão pode parecer peregrina, mas não é. Com efeito, foi precisamente neste ano, em que se festejam os novecentos anos do primeiro rei de Portugal, que se implementou no nosso país a educação sexual obrigatória. Uma tão feliz coincidência não pode ser mero acaso, pelo que parece ser pertinente questionar a relação entre aquela efeméride e esta nova vertente da educação em Portugal. É certo e sabido que D. Afonso Henriques não teve qualquer tipo de educação sexual, muito embora uma tal carência não tenha significado para o nosso primeiro monarca nenhuma especial inaptidão, pois não só foi pai da nação como, também, de onze filhos! Mais ainda: todos os seus contemporâneos que geraram descendentes, fossem eles nobres, burgueses ou filhos do povo, todos, sem excepção, fizeram-no sem que lhes tivesse sido dada nenhuma educação sexual. É incrível, mas é verdade. E, não obstante esta ignorância sexual generalizada, o país não se extingui

O papel do Estado e do Governo no futuro do país

José Manuel Fernandes Público, 20090829 Pelo que se lê nos programas e se sabe sobre os estilos de Sócrates e Ferreira Leite, não se duvide que o tipo de relação que o Estado deve ter com a economia também irá a votos a 27 de Setembro Têm os programas do PS e do PSD muitos pontos em comum? Têm. Os dois principais partidos partilham muitas ideias comuns, designadamente sobre a necessidade de preservar o Estado Social, sobre a política europeia ou sobre as políticas de Defesa e Justiça. Há diferenças na abordagem de algumas destas áreas - concordar com o Estado Social não significa que todas as soluções sejam as mesmas, da mesma forma que existe uma grande variedade de fórmulas no chamado "modelo social europeu". É verdade que os portugueses, nas próximas eleições, vão escolher sobretudo entre dois candidatos a primeiro-ministro, Sócrates e Ferreira Leite? Indiscutivelmente. Temas como a credibilidade pessoal podem não estar no discurso político, podem não ser te

A relassa fraqueza

José Pacheco Pereira Público, 20090829 Se não houvesse a regra da "relassa fraqueza", teria que se tirar a conclusão óbvia de que tinha que ter havido incúria Já citei mais de uma vez uma das cartas ficcionais de Fradique Mendes a Madame de Jouarre, em que este descreve a sua chegada de comboio a Lisboa. A carta é uma cruel metáfora sobre Portugal, das mais cruéis e desapiedadas que conheço, e mortiferamente verdadeira. Nela cabe da pior maneira a indústria do "sonho", da "esperança" do "optimismo", com que uns se pretendem distinguir dos outros como sendo melhores. Eles "sonham", os outros não. Essa espécie de oração sobre a "esperança" e o "sonho" tem outras variantes, como seja: "temos que acreditar em nós próprios", "somos capazes", "os portugueses só sabem dizer mal de si próprios diferentemente dos outros povos que nunca o fazem" (quem diz isto não sabe nada dos "o

A farsa do "programa"

Vasco Pulido Valente Público, 20090829 Em nenhuma outra eleição se discutiu tanto e tão ardentemente o programa dos partidos (já se verá porquê). Coisa estranha, sendo público e notório que nunca ninguém leu e, sobretudo, nunca ninguém votou por causa do programa de um partido. A pergunta a que os portugueses vão responder a 27 de Setembro é esta: "Sócrates governou quatro anos. Gostou do resultado? Quer continuar? Como está a sua vida? Pior, melhor, na mesma?" Cada um sabe de si e cada um irá responder conforme o que lhe aconteceu desde 2005 e conforme o que espera até 2013. Houve tempo para Sócrates mostrar quem era - e o que era - e a opinião geral do país com certeza que não muda neste último mês com propaganda espertalhona ou pequenas manobras de pequena política. A questão do programa foi levantada pelo PS, e assoprada pelos media, para "provar" a vacuidade de Manuela Ferreira Leite. Sócrates publicou um programa com 120 páginas de promessas (não custa

29 de Agosto - Martírio de S. João Baptista

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Degolação de São João Baptista Caravaggio 1608 Óleo sobre tela 361x520 cm Catedral de S. João Valletta Malta

Família e trabalho

Miguel Reis Cunha  Diário Económico, 28/08/09 00:02 Hoje em dia, só mesmo na televisão ou em filmes "delicodoces" se retrata a família como uma realidade perfeita, com estabilidade financeira e tempo para estar com todos. A realidade é outro filme. O do 'stress' diário de cumprir horários, das tarefas inadiáveis, das urgências com a filha mais nova, do ajudar o mais velho com os trabalhos, de arrumar a casa, do ter trabalhar muito para pagar as contas, etc. Neste filme neo-realista, resta pouco tempo os idosos, para brincar com as crianças ou até namorar com o parceiro. Neste filme, haverá, pouca vontade de aumentar a prole familiar ou sequer de ter filhos. Por isso, por vezes, a história termina em insucesso escolar, disfunções comportamentais, discussões, divórcio e muita infelicidade. A prazo o filme pode transformar-se numa série de terror. Basta recordar que a queda da natalidade, fomentada por estilos de vida "sufocantes", terá graves c

Sobre as recomendações da Comissão Pastoral da Saúde em relação à chamada Gripe A

Braga, 28 de Agosto de 2009 Já passou mais de um mês desde as ‘recomendações’ da Comissão Pastoral da Saúde em relação à chamada Gripe A. Mesmo assim, quero escrever alguns pensamentos. Não é segredo que esta Gripe foi ‘inventada’ por interesses sujos. Mesmo assim, ela não é nada mais perigosa do que qualquer outra gripe sazonal. Isto qualquer médico pode afirmá-lo. Com qualquer gripe sazonal há muito mais doentes e morrem anualmente bastantes pessoas. O que é perigoso é todo o barulho que os média fazem para fazer acreditar que a gripe é perigosa. Dizem constantemente quantos novos casos aparecerem. Eu pergunto onde? Não dão nomes nem lugares. Em Braga ainda não ouvi de um único caso concreto. No Porto falou-se de 2 casos: um já curou, outro ficou internado. Se a situação é assim na 2ª e 3ª cidades de Portugal, onde estão estes outros quase dois mil casos? E só se contabiliza os novos casos, sem falar da maioria que já curou. Será isto informação objectiva e justa? Os

Tony Blair: sociedade precisa deixar espaço para fé

Zenit , 20080827 Ex-primeiro-ministro revela detalhes de sua conversão no Meeting de Rímini RÍMINI, quinta-feira, 27 de agosto de 2009 ( ZENIT.org ).- O ex-primeiro-ministro da Grã Bretanha Tony Blair considera que “uma sociedade, para ser harmoniosa, tem de deixar espaço para a fé”. Ao intervir nesta quinta-feira ante 15 mil pessoas no “Meeting pela amizade entre os povos”, organizado pelo movimento eclesial Comunhão e Libertação na cidade costeira italiana de Rímini, ele revelou aspectos de sua conversão ao catolicismo. De fato, confessou, quando “se preparava para entrar na Igreja Católica, tinha a sensação de que estava voltando para casa”. Esta conversão, acrescentou, foi facilitada por sua mulher, que percebeu que a Igreja Católica era sua casa não só “pela doutrina ou o magistério, mas por sua natureza universal”. O fundador da “Faith Fondation” citou ao longo de sua intervenção em várias ocasiões a recente encíclica Caritas in veritate de Bento XVI e asseguro