Perdemos mais de 130 mil mulheres em idade fértil em seis anos


PÚBLICO    5.12.2018
https://www.publico.pt/2018/12/05/sociedade/noticia/perdemos-130-mil-mulheres-idade-fertil-seis-anos-1853468?fbclid=IwAR2fdSb6mUiJR2ks-avY4xdHEtt9b46dTSfADo3obEw1cCXKD7wF4XU-eSM#&gid=1&pid=1


Entre 2010 e 2015, Portugal perdeu mais de 130 mil mulheres em idade fértil. Actualmente o país não tem mulheres em idade fértil em número suficiente para inverter o saldo natural negativo iniciado há mais de 10 anos, sublinham os autores do segundo estudo do Conselho Nacional de Saúde que esta quarta-feira é apresentado em Lisboa e que se debruça sobre as políticas públicas para as crianças e jovens, dos 0 aos 18 anos.


Na saúde mental, também há má notícias: Portugal tem um número insuficiente de serviços e unidades na área da psiquiatria da infância e da adolescência e uma distribuição geográfica muito desigual, quando está estimado, pela Organização Mundial de Saúde, que cerca de 10% a 20% terão um ou mais problemas de saúde mental.


Ao mesmo tempo, observam que há políticas públicas muito positivas que depois acabam por ser desperdiçadas em parte. Um exemplo:  22% dos cheques-dentista emitidos em 2017 para crianças e jovens com menos de 18 anos não foram utilizados. 

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Nos últimos anos, tem aumentado também a proporção de crianças a residir em zonas urbanas e periurbanas, onde a qualidade do ar exterior e interior é mais pobre. O documento reporta valores de 2014 que apontam para a existência de alergias em mais de metade (52,9%) dos adolescentes em idade escolar e de asma em 30,7%. 

Por último, mas não menos importante: Portugal tem um Programa de Prevenção de Acidentes com Crianças e Jovens, mas este "não está desenvolvido de forma estruturada", lamentam os conselheiros que lembram que, entre 2002 e 2017, morreram 247 crianças e jovens por afogamento em Portugal.

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