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A mostrar mensagens de 2018

Quem é feliz?

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JOSÉ MARIA C.S. ANDRÉ   31.12.2018 Correio dos Açores, Verdadeiro Olhar, ABC Portuguese Canadian Newspaper, Spe Deus, Clarim, O Alcoa, Notícias da Covilhã, O Progresso A festa de Natal no Vaticano foi o encontro das famílias dos que lá trabalham com o Papa Francisco. Festejou uma bisavó de 93 anos, saudou mil e uma crianças e contou-lhes um segredo: que fazer para ser feliz? – «O Natal é uma festa de alegria, no entanto, por vezes damo-nos conta de que as pessoas (talvez nós próprios) estão presas a tanta coisa que afinal não têm alegria, ou é muito superficial? Porquê?». Francisco recordou o escritor francês Léon Bloy – «só há uma tristeza, (...) a de não ser santos» – e deduziu: «Portanto, o oposto da tristeza, isto é, a alegria, deriva de ser santo». Arrancou assim uma lição de catequese viva, divertida, adaptada ao vocabulário dos mais pequenos. «Olhemos para o presépio. Quem é feliz no presépio? Pergunto-vos a vós, crianças, que gostais de admirar as figuras...

Uma estratégia

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PEDRO MEXIA     EXPRESSO   29.12.2018  Em “Hillbilly Elegy” (2016), J. D. Vance, sobre quem escrevi nesta página, mostrou-nos a América profunda, uma América feia, porca e má, que conhecemos mal, ou caricaturalmente, e que elegeu um Presidente. Não tão marcante, mas também significativo, é “The Benedict Option” (2017), de Rod Dreher, que tem como subtítulo, “uma estratégia para os cristãos numa América pós-cristã”. Jornalista conservador, Dreher considera no entanto que o conservadorismo político americano fracassou, na medida em que cooptou valores pouco ou nada cristãos como o individualismo, o secularismo, o relativismo, o consumismo, o hedonismo. Dreher é um cristão ortodoxo; não apenas por ser membro da Igreja Ortodoxa, mas porque acredita que não há verdadeiro cristianismo sem ortodoxia, quer dizer, sem adesão integral e intransigente a um dogma. Ao cristianismo dominante chama “deísmo terapêutico moralista”: Deus é a origem do mundo mas não inte...

A luz de uma benção

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  JOSÉ TOLENTINO      EXPRESSO   29.12.2018 A palavra bênção tem um sentido ao mesmo tempo amplo e direto. A derivação mais próxima podemos encontrá-la no termo latino  benedictio  que significa “dizer bem”. Parece algo muito elementar, mas, vida fora, rapidamente percebemos que não é assim. É mais corrente calar e omitir do que dizer. É mais fácil dizer mal do que dizer bem. Não sei o que nos aconteceu como civilização, mas a verdade é que as boas notícias nos embaraçam e entediam, quase que evitamos falar delas, enquanto que as más provocam uma curiosidade viral, uma excitação, um interesse redobrado. Não há patologia pior do que esse definhar da alma, esse olhar cheio de preconceitos que depois se torna pequeno e amargo, esse juízo que se deixa capturar no defeito e no peso da imperfeição e depois não voa, depois ignora o que seja a leveza. Não há exercício mais esterilizante do que essa espécie de ressentimento expresso como anátema em re...

A virgindade de Maria e o bispo do Porto

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OBSERVADOR     27.12.2018 Na sequência de uma polémica com um artigo do Observador, o bispo do Porto, D. Manuel Linda, esclarece que acredita na "virgindade física e plena" de Maria. O que diz a Igreja sobre o tema?  A polémica partiu de um  artigo  do Observador publicado no último domingo, onde o bispo do Porto, D. Manuel Linda, aparecia referido como negando a virgindade de Maria e afirmando a conceção natural de Jesus, com Maria e José sendo ambos seus pais biológicos. Numa versão atualizada do texto, essa referência aparece já corretamente associada apenas ao padre Anselmo Borges, também ouvido para a elaboração do artigo, pedindo o Observador desculpas pelo equívoco. Num novo contacto com o Observador após a polémica, o bispo do Porto mostrou-se “triste com a interpretação” do seu pensamento relativamente à virgindade de Maria, um dos dogmas centrais da fé católica, e disse acreditar na “virgindade física e plena” da mãe de ...

A Virgem Maria para além da metáfora

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ISAÍAS HIPÓLITO    26.12.2018    OBSERVADOR O Credo é para os cristãos o mínimo denominador comum que todos devem comungar. Retirar-lhe qualquer peça, por aparentemente descredibilizar a pretensão cristã, implica minar todo o edifício da fé. “Como pode Jesus ser filho de uma virgem?”, foi a pergunta que o  Observador  endereçou ao bispo Manuel Linda e ao padre-filósofo Anselmo Borges. Das respostas que deram, salientam-se afirmações controversas que vou transcrever. Embora reconhecendo que o texto da Anunciação se refere explicitamente a Maria como “uma virgem” ,  frisa D. Manuel que (1)  “nunca devemos referir a virgindade física de  [sic]  Virgem Maria” ,  (2) pois o que na virgindade de Maria  importa é “a plena doação”, “um  coração indiviso”, a sua “devoção plena”, condição essa – diz –indispensável para “ser mãe de Deus”. Sob algumas condições, mesmo uma mulher que tenha perdido a integridade genita...

Natal

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Ninguém o viu nascer. Mas todos acreditam Que nasceu. É um menino e é Deus. Na Páscoa vai morrer, já homem, Porque entretanto cresceu E recebeu A missão singular De carregar a cruz da nossa redenção. Agora, nos cueiros da imaginação, Sorri apenas A quem vem, Enquanto a Mãe, Também Imaginada, Com ele ao colo, Se enternece E enternece Os corações, Cúmplice do milagre, que acontece Todos os anos e em todas as nações. Miguel Torga

Do Natal numa gruta em Belém da Judeia ao escondimento do facto religioso na atualidade

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24.12.2018         WWW.AGENCIA.ECCLESIA.PT Em entrevista à Agência ECCLESIA, D. Manuel Clemente afirma que, como no presépio, é pela verdade que a Igreja se tem de afirmar, sobretudo num tempo em que as pessoas são poucos institucionais na prática religiosa, analisa acontecimentos sociais e projeta o ano 2019, para a Igreja Católica e para a sociedade. Entrevista realizada por Paulo Rocha Agência Ecclesia – O Natal de Jesus aconteceu no escondimento. Hoje, o escondimento do facto religioso, desde logo do acontecimento de Belém, é um problema para a Igreja Católica? D. Manuel Clemente – Creio que é uma caraterística constante das coisas que realmente acontecem. Isto é: nós ficamos geralmente apanhados e deslumbrados pelas coisas que têm impacto e são facilmente mediatizadas. Mas, aquilo que realmente acontece e determina profundamente as nossas vidas em geral não é assim tão patente, mas mais profundo e às vezes só com o tempo se manifesta e se re...