11 Setembro: Aquele dia tenebroso

Infovitae, 55, 2001.10.02
Nuno Serras Pereira
O horror dos acontecimentos trágicos do dia 11 de Setembro, nos USA, assombraram-nos a todos pela perversidade inédita e pela crueldade inaudita. Perante tamanha catástrofe, deliberada e gelidamente perpetrada, ficou-nos uma mágoa funda, um pesar entranhado pelas vítimas inocentes; uma simpatia imensa para com os familiares, amigos e compatriotas dos que barbaramente foram chacinados; um sentimento difuso de "absoluta" insegurança, como um pasmo, uma perplexidade; uma indignação, uma raiva incontida contra o terror, uma exigência firme de que imediatamente se lhe ponha cobro. Do abismo da nossa impotência surgiu uma prece, uma entrega confiante a Deus Providente e misericordioso que é, só Ele e não o mal, a última Palavra.

Que seja garantido o direito dos indivíduos e dos povos à legítima defesa, à segurança e à justiça; que se evite todo o excesso e desproporção; que o perdão magnânimo, tão próprio da matriz cristã, esteja presente nas soluções políticas, de modo a que se venha a conseguir uma paz duradoura; que o Espírito Santo, Senhor e doador da Vida, toque os corações de todos para que se extinga, em todo o lado, a cultura de morte e surja uma cultura da vida e do amor.

Ainda será cedo para comparar este atentado contra a vida humana com outro género de ataques contra a mesma,  mas dias virão em que não se poderá evitar fazê-lo.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

OS JOVENS DE HOJE segundo Sócrates

Hino da Padroeira

O passeio de Santo António