11 de Outubro: João XXIII
Angelo Giuseppe Roncalli nasceu no pequeno povoado de Sotto il monte, pertencente à diocese de Bergamo, Itália. Era o dia 25 de novembro de 1881, quando o quarto de treze filhos – e o primeiro menino da família – veio ao mundo. Seus pais, Giovanni Battista Roncalli e Marianna Mazzola eram dois pobres camponeses que trabalhavam como meeiros para uma família abastada da localidade, mas cultivavam uma fé genuína, procurando educar seus filhos no cristianismo simples dos camponeses daquelas terras da Itália setentrional. Em 1887 o pequeno ngelo começou a frequentar a escola e, ao mesmo tempo, ia ao catecismo: em pouco tempo recebeu a Primeira comunhão e a Confirmação. Durante seus estudos, demonstrou capacidades acima da média, por esse motivo aos poucos foi sendo encaminhado para escolas melhores. Mas, o afastamento de casa e o contato com alunos de classes sociais elevadas foram causa de não poucos sofrimentos para o jovem ngelo. Em 1892 ele consegue entrar no seminário e três anos depois recebe o hábito eclesiástico dos seminaristas. Em 1904 obteve a ordenação presbiteral. Após a ordenação foi capelão militar, diretor espiritual, até que começou com seus primeiros encargos a serviço da cúria romana. Em 1925 é ordenado bispo e torna-se visitador apostólico na Bulgária. O contato com a realidade desse país o fez conhecer a realidade do cristianismo oriental e as misérias de uma população que atravessava uma crise social. Nos anos 30 foi enviado para a Turquia: nesse ambiente tão diversificado mostrou-se de uma competência ímpar, buscando sempre o diálogo com as várias realidades locais. Seus serviços humildes, mas preciosos, levaram o Papa Pio XII a colocá-lo como Núncio Apostólico em Paris; também aí demonstrou uma grande habilidade política e uma sensibilidade fora do comum: visitou as colônias francesas, lidou com os padres operários e com a difícil situação política da França do imediato pós-guerra. Em 1953 foi criado Cardeal pelo Papa Pio XII e logo em seguida foi nomeado Patriarca de Veneza. Após a morte do papa Pio XII, no dia 28 de outubro de 1958, o Cardeal ngelo Roncalli era eleito Papa. Escolheu o nome de João e em seu discurso afirmou que a missão do papado deveria ser sobretudo pastoral. Seu estilo simples e simpático, logo lhe valeu o título de “Papa bom” ou “Papa da bondade”. De fato, visitou os encarcerados, paróquias da periferia, hospitais: por onde passava, conquistava os corações. O fato de ter tido contato com o mundo diplomático e com as realidades mais variadas ao longo de seus trabalhos em terras estrangeiras, foi corroborando nele a convicção da necessidade de uma mudança dentro da Igreja, a necessidade da convocação de um Concílio. De fato, sem que alguém pudesse supor, Papa João XXIII, depois de ter meditado e rezado, anunciou no dia 25 de janeiro de 1959 a convocação de um Concílio: o Concílio Vaticano II. A finalidade do Concílio seria a de “pôr em dia” a Igreja, a fim de que esta pudesse dar novas respostas aos novos problemas e aos desafios da sociedade contemporânea. Em sua visão, não bastava apenas condenar os erros, mas era necessário buscar também o diálogo e explicitar os conteúdos da fé aos homens e mulheres de uma maneira mais atraente. Além do Concílio, Papa João XXIII teve uma importância grande no campo da política: sua intervenção na crise dos mísseis de Cuba foi considerada fundamental para a manutenção da Paz no mundo. Em 1962 descobriu-se que estava gravemente doente: um tumor no estômago que o levaria à morte em 1963. Cinquenta anos depois, o “Papa bondoso” que tanto havia feito pela Igreja e pelo mundo, era canonizado na Praça de São Pedro pelo Papa Francisco.
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