Sem vergonha
Está na moda discutir sobre a responsabilidade criminal de políticos que por causa das suas acções tenham prejudicado gravemente o país.
Mas o mais absurdo é que o país que se anima com esta discussão é o mesmo que convive, pacificamente, com o facto de uma faculdade, a Faculdade de Economia do Porto, escolher como estrela maior do seu firmamento o ex-ministro das Finanças para fazer o discurso de sapiência que assinala o início oficial do ano lectivo.
Mais espantoso é que Teixeira dos Santos aceite e decida falar de cátedra, precisamente sobre a situação caótica em que deixou as finanças do país, nunca reconhecendo isso, obviamente, deixando conselhos para o futuro e avisando que o actual ministro está a fazer o que deve ser feito.
Perante isto, talvez fosse de aconselhar que, em vez de se discutir o tema exotérico da responsabilidade criminal dos políticos, poderíamos começar pelo velhinho tema da “vergonha na cara”, que é o mínimo que deve ter quem nos deixou no estado em que estamos.
Raquel Abecasis
RR on-line 24-10-2011 6:17
É discutível se isso deve ou não acontecer, até porque será difícil fazer prova sobre as acções e as intenções. Mas o mais absurdo é que o país que se anima com esta discussão é o mesmo que convive, pacificamente, com o facto de uma faculdade, a Faculdade de Economia do Porto, escolher como estrela maior do seu firmamento o ex-ministro das Finanças para fazer o discurso de sapiência que assinala o início oficial do ano lectivo.
Mais espantoso é que Teixeira dos Santos aceite e decida falar de cátedra, precisamente sobre a situação caótica em que deixou as finanças do país, nunca reconhecendo isso, obviamente, deixando conselhos para o futuro e avisando que o actual ministro está a fazer o que deve ser feito.
Perante isto, talvez fosse de aconselhar que, em vez de se discutir o tema exotérico da responsabilidade criminal dos políticos, poderíamos começar pelo velhinho tema da “vergonha na cara”, que é o mínimo que deve ter quem nos deixou no estado em que estamos.
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