As petrolíferas no Vaticano
José Maria C.S. André 17.06.2018 Correio dos Açores, Verdadeiro Olhar, ABC Portuguese Canadian Newspaper, Spe Deus, Clarim, O Alcoa, Notícias da Covilhã, O Progresso 1. Quando o Papa João Paulo II publicou a Encíclica «Laborem exercens» (14 de Setembro de 1981) e depois a «Centesimus annus» (1 de Maio de 1991), várias multinacionais reconheceram que aqueles problemas mereciam ser vistos com atenção. A maioria dos dirigentes de topo daquelas empresas não eram católicos, mas reconheceram na Igreja uma autoridade única para falar em nome da dignidade humana. Por um lado, os argumentos pareciam razoáveis e intelectualmente estimulantes; por outro, quem cumprisse aquele ideal corria o risco de ir à falência. Assim, parecia-lhes arriscado que a Igreja pusesse o indivíduo e a sua família no centro, em vez de dar a primazia aos accionistas da empresa. O Papa João Paulo II falava do capital como um instrumento útil — «que nasceu do trabalho e é portador das