À espera da morte ou a lutar pela vida eterna?
JOSÉ LUIS NUNES MARTINS RR ONLINE 02.03.2018
A existência faz-se passo a passo, degrau a degrau. Por vezes, chegamos a pontos onde não há mais caminho. Aí, ou voltamos para trás ou saltamos para diante. Sem certezas, pois que umas vezes o certo é recuar e outras é arriscar.
A existência é muito maior e mais rica do que julgamos. No entanto, há quem considere que não há mais mundo para além daquele que conhece. Como se tudo aquilo que não entendemos não pudesse existir!
As razões da vida não têm que ser compreendidas dentro os limites da nossa inteligência.
O que são as nossas certezas absolutas senão dúvidas mascaradas de orgulho?
O que são as nossas dúvidas senão sinais de certezas maiores que não conseguimos compreender?
Enquanto uns preferem admirar o céu, outros vivem de olhos no chão. Os primeiros voam, os segundos caíram.
Nesta tempestade que é a vida, muitos são os que preferem ficar à margem em vez de irem para a frente da batalha e assumir um papel ativo. Os poucos que o fazem, vivem. Qualquer que seja o desfecho da sua luta, vencem.
Perante as adversidades da vida, qual é o teu lugar? A margem ou a frente de batalha?
Uma vida com sentido é prova de que, apesar de tudo, o infinito se abre ao finito quando o divino se faz humano.
No meio da desordem e da injustiça deste mundo, o céu rasga-se para acolher e fazer justiça a cada um dos que se recusaram a acreditar nas certezas que não vão para além desta vida.
São muitos os momentos em que devemos fazer o que não compreendemos, mas que sentimos, sem saber como, que é o certo.
Cada um de nós decide quem é. As nossas decisões de cada dia esculpem e definem a nossa alma.
A existência faz-se passo a passo, degrau a degrau. Por vezes, chegamos a pontos onde não há mais caminho. Aí, ou voltamos para trás ou saltamos para diante. Sem certezas, pois que umas vezes o certo é recuar e outras é arriscar.
A vida não se esgota aqui.
Neste mundo, só o que decidimos para nós é definitivo, tudo o resto... passa.
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