Um misto de dor e de alegria


No dia de todos os santos e dos fieis defuntos, cumprimos em família o preceito e experimentámos mais uma vez a sabedoria da Igreja na certeza da comunhão dos santos, que nos ajuda a viver a tristeza da morte com a alegre certeza da vida eterna. Uma forma muito clara de perceber esta tristeza alegre perante os que já partiram foi partilhada connosco recentemente por um sacerdote amigo da nossa família.

 “ Sentimos na morte de alguém que está próximo um misto de dor e de alegria. É como se alguém estivesse internado num hospital por tempo prolongado, aí criava amizade com os outros doentes da enfermaria, com enfermeiras e médicos. Um dia um dos doentes teve alta e os companheiros alegram-se por ele sair e ao mesmo tempo ficam tristes por agora não o terem lá com eles”.


É, de facto, assim que sentimos a morte do pai e por isso visitámos o seu túmulo com saudade mas com a feliz certeza de que é apenas um sinal terreno. Sabendo da impossibilidade de muitos de se deslocaram até lá, fazemos ver aqui este que é para a nossa família local de peregrinação há mais de 25 anos desde a morte da minha irmã Leonor, em 1989. Estão agora juntos na mesma campa do cemitério da Ponte-de-Sôr os restos mortais do pai e das suas duas filhas mais novas, Leonor e Constança. As flores de cores diferentes são de cada um dos seus quatro netos.




Aqui jaz Pedro Jorge Cravo Aguiar Pinto (1955-2016), Constança Vaz Monteiro Aguiar Pinto (1991-2003) e Leonor Vaz Monteiro Aguiar Pinto (1983-1989). 

Dá-lhes Senhor o eterno descanso
e entre os esplendores da luz perpétua, 
as suas almas descansem em paz. 



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