tag:blogger.com,1999:blog-84856616008456799712024-03-14T09:20:45.906+00:00POVOAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/14759107669998559264noreply@blogger.comBlogger13211125tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-54758014011821690852022-07-06T11:40:00.000+01:002022-07-06T11:40:53.321+01:00Linhas Orientadoras - Educação para a Cidadania<p><a href="https://www.dge.mec.pt/educacao-para-cidadania-linhas-orientadoras-0">Educação para a Cidadania - Linhas Orientadoras | Direção-Geral da Educação (mec.pt)</a> </p><p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqiAnTNOWoXVkF9eEMecM_y4iKZnhC35vSr2No7_80h2Ht49mFD-Yfcsg1El6bXJvF0TLuAlgyO6xM-inM5fZukVNURJmpGZCE5FFiSKipUN9xUC9cihcOAlOP6kUY3K7xci1UF8lHGtDgJwPdc9aYNAcwUIqIgJnf4re-RpItdHEaxorGISgZV5Bw/s960/WhatsApp%20Image%202022-07-06%20at%2009.31.43.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; font-weight: 400; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="656" data-original-width="960" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqiAnTNOWoXVkF9eEMecM_y4iKZnhC35vSr2No7_80h2Ht49mFD-Yfcsg1El6bXJvF0TLuAlgyO6xM-inM5fZukVNURJmpGZCE5FFiSKipUN9xUC9cihcOAlOP6kUY3K7xci1UF8lHGtDgJwPdc9aYNAcwUIqIgJnf4re-RpItdHEaxorGISgZV5Bw/s320/WhatsApp%20Image%202022-07-06%20at%2009.31.43.jpeg" width="320" /></a><strong style="box-sizing: border-box;"></strong></p><p><strong style="box-sizing: border-box;">A Educação para a Igualdade de Género</strong>, que<strong style="box-sizing: border-box;"> </strong>visa<strong style="box-sizing: border-box;"> </strong>a promoção da igualdade de direitos e deveres das alunas e dos alunos, através de uma educação livre de preconceitos e de estereótipos de género, de forma a garantir as mesmas oportunidades educativas e opções profissionais e sociais. Este processo configura-se a partir de uma progressiva tomada de consciência da realidade vivida por alunas e alunos, tendo em conta a sua evolução histórica, na perspetiva de uma alteração de atitudes e comportamentos.</p><p><br /></p><p style="text-align: left;"><strong style="box-sizing: border-box;">A Educação para a Saúde e a Sexualidade</strong>, que pretende dotar as crianças e os jovens de conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde e ao seu bem-estar físico, social e mental. A escola deve providenciar informações rigorosas relacionadas com a proteção da saúde e a prevenção do risco, nomeadamente na área da sexualidade, da violência, do comportamento alimentar, do consumo de substâncias, do sedentarismo e dos acidentes em contexto escolar e doméstico.</p><p style="box-sizing: border-box; line-height: 24px; margin: 1em 0px;">A <strong style="box-sizing: border-box;">Educação para os Direitos Humanos</strong>, que está intimamente ligada à educação para a cidadania democrática, incidindo especialmente sobre o espectro alargado dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, em todos os aspetos da vida das pessoas, enquanto a educação para a cidadania democrática se centra, essencialmente, nos direitos e nas responsabilidades democráticos e na participação ativa nas esferas cívica, política, social, económica, jurídica e cultural da sociedade.</p><p style="box-sizing: border-box; line-height: 24px; margin: 1em 0px;">A <strong style="box-sizing: border-box;">Educação Financeira</strong>, que permite aos jovens a aquisição e desenvolvimento de conhecimentos e capacidades fundamentais para as decisões que, no futuro, terão que tomar sobre as suas finanças pessoais, habilitando-os como consumidores, e concretamente como consumidores de produtos e serviços financeiros, a lidar com a crescente complexidade dos contextos e instrumentos financeiros, gerando um efeito multiplicador de informação e de formação junto das famílias.</p><p style="box-sizing: border-box; line-height: 24px; margin: 1em 0px;"><strong style="box-sizing: border-box;">A Educação para a Segurança e Defesa Nacional</strong>, que pretende evidenciar o contributo específico dos órgãos e estruturas de defesa para a afirmação e preservação dos direitos e liberdades civis, bem como a natureza e finalidades da sua atividade em tempo de paz, e ainda contribuir para a defesa da identidade nacional e para o reforço da matriz histórica de Portugal, nomeadamente como forma de consciencializar a importância do património cultural, no quadro da tradição universal de interdependência e solidariedade entre os povos do Mundo.</p><p style="box-sizing: border-box; line-height: 24px; margin: 1em 0px;">A promoção do <strong style="box-sizing: border-box;">Voluntariado</strong>, que visa o envolvimento das crianças e dos jovens em atividades desta natureza, permitindo, de uma forma ativa e tão cedo quanto possível, a compreensão que a defesa de valores fundamentais como o da solidariedade, da entreajuda e do trabalho, contribui para aumentar a qualidade de vida e para impulsionar o desenvolvimento harmonioso da sociedade. A criação de uma cultura educacional baseada na defesa destes mesmos valores reforça a importância do voluntariado como meio de promoção da coesão social.</p><p style="box-sizing: border-box; line-height: 24px; margin: 1em 0px;"><strong style="box-sizing: border-box;">A Educação Ambiental/Desenvolvimento Sustentável</strong>, que pretende promover um processo de consciencialização ambiental, de promoção de valores, de mudança de atitudes e de comportamentos face ao ambiente, de forma a preparar os alunos para o exercício de uma cidadania consciente, dinâmica e informada face às problemáticas ambientais atuais. Neste contexto, é importante que os alunos aprendam a utilizar o conhecimento para interpretar e avaliar a realidade envolvente, para formular e debater argumentos, para sustentar posições e opções, capacidades fundamentais para a participação ativa na tomada de decisões fundamentadas no mundo atual.</p><p style="box-sizing: border-box; line-height: 24px; margin: 1em 0px;"><strong style="box-sizing: border-box;">A Dimensão Europeia da Educação,</strong> que contribui para formação e envolvimento dos alunos no projeto de construção europeia, incrementando a sua participação, reforçando a proteção dos seus direitos e deveres, fortalecendo assim a identidade e os valores europeus. Pretende-se promover um melhor conhecimento da Europa e das suas instituições, nomeadamente da União Europeia e do Conselho da Europa, do património cultural e natural da Europa e dos problemas com que se defronta a Europa contemporânea.</p><p style="box-sizing: border-box; line-height: 24px; margin: 1em 0px;"><strong style="box-sizing: border-box;">A Educação para os Media</strong>, que pretende incentivar os alunos a utilizar e decifrar os meios de comunicação, nomeadamente o acesso e utilização das tecnologias de informação e comunicação, visando a adoção de comportamentos e atitudes adequados a uma utilização crítica e segura da Internet e das redes sociais.</p><p style="box-sizing: border-box; line-height: 24px; margin: 1em 0px;"><strong style="box-sizing: border-box;">A Educação para o Empreendedorismo</strong>, que<strong style="box-sizing: border-box;"> </strong>visa promover a aquisição de conhecimentos, capacidades e atitudes que incentivem e proporcionem o desenvolvimento de ideias, de iniciativas e de projetos, no sentido de criar, inovar ou proceder a mudanças na área de atuação de cada um perante os desafios que a sociedade coloca.</p><p style="box-sizing: border-box; line-height: 24px; margin: 1em 0px;"><strong style="box-sizing: border-box;">A Educação do Consumidor</strong>, que pretende disponibilizar informação que sustente opções individuais de escolha mais criteriosas, contribuindo para comportamentos solidários e responsáveis do aluno enquanto consumidor, no contexto do sistema socioeconómico e cultural onde se articulam os direitos do indivíduo e as suas responsabilidades face ao desenvolvimento sustentável e ao bem comum.</p><p style="box-sizing: border-box; line-height: 24px; margin: 1em 0px;"><strong style="box-sizing: border-box;">A Educação Intercultural</strong>, que pretende promover o reconhecimento e a valorização da diversidade como uma oportunidade e fonte de aprendizagem para todos, no respeito pela multiculturalidade das sociedades atuais. Pretende-se desenvolver a capacidade de comunicar e incentivar a interação social, criadora de identidades e de sentido de pertença comum à humanidade. </p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-18019010098266525232022-06-27T10:05:00.000+01:002022-06-27T10:05:00.506+01:00Ao Padre João Seabra<p> JOSÉ MARIA MATIAS 25-06-2022 SOL</p><p><br /></p><p style="-webkit-text-size-adjust: auto; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: Merriweather, serif; font-size: 16px; line-height: 1.72381; margin: 0px 0px 1.5em; outline: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility; text-size-adjust: auto;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4iVJrSAv4-q2NASd-Yu6Ub9hfYzFR0jaGWi8NGg9pfLE0Fbf_AGe2amyOzit2fT6qXAl-ar1h939CMO6t1u1ujAwKeKzOu6IaTjwKTaEE74d71-gN-vd3UouWpfR9ZoBcShTSJj8aKoxeds4PRSIiW_2_hLit9nlY-fNUQFtKF98r1yyKJf6DS0cd/s760/Jose_Maria_Matias.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="760" height="158" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4iVJrSAv4-q2NASd-Yu6Ub9hfYzFR0jaGWi8NGg9pfLE0Fbf_AGe2amyOzit2fT6qXAl-ar1h939CMO6t1u1ujAwKeKzOu6IaTjwKTaEE74d71-gN-vd3UouWpfR9ZoBcShTSJj8aKoxeds4PRSIiW_2_hLit9nlY-fNUQFtKF98r1yyKJf6DS0cd/w200-h158/Jose_Maria_Matias.png" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Sempre gostei de uma frase de Adelino Amaro da Costa: «Ser autêntico, viver de acordo com o que se pensa até às últimas consequências é difícil, mas tem um grande prémio.» Toda a frase estava virada para a irreverência de uma juventude que se quer genuína e com a sua rebeldia própria. Contudo, pelos olhos da fé, esta é uma frase que ganha uma dimensão muito maior do que parece à primeira vista. Ser autêntico, viver de acordo com a verdade e levá-la até às últimas consequências é difícil, mas tem um grande prémio. Levá-la até às últimas consequências independentemente da fase ou da circunstância. E que prémio é esse? A eternidade.</div><p></p><p style="-webkit-text-size-adjust: auto; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: Merriweather, serif; font-size: 16px; line-height: 1.72381; margin: 0px 0px 1.5em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility; text-size-adjust: auto;">Essa autenticidade é algo que só associamos aos maiores, a gente grande, de uma fibra que já não se faz. Recentemente partiu uma dessas pessoas: o Padre João Seabra. Parece-me existir um misto de emoções na gestão deste acontecimento. Porque no fundo, nunca se espera a perda de alguém que já parecia eterno neste plano.</p><p style="-webkit-text-size-adjust: auto; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: Merriweather, serif; font-size: 16px; line-height: 1.72381; margin: 0px 0px 1.5em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility; text-size-adjust: auto;">O Padre João compreendeu o tempo que viveu, uma Igreja que enfrentava uma mudança de época e um país que, depois do 25 de Abril, vivia uma época de mudanças. Mas não era sobre isso que me queria debruçar.</p><p style="-webkit-text-size-adjust: auto; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: Merriweather, serif; font-size: 16px; line-height: 1.72381; margin: 0px 0px 1.5em; outline: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility; text-size-adjust: auto;"></p><center style="-webkit-text-size-adjust: auto; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; font-family: Merriweather, serif; font-size: 16px; text-size-adjust: auto;"><div data-google-query-id="CIHT8__by_gCFbNFHQkdobIPQA" data-observer="true" data-pub-counted="yes" data-pub-formatid="MPU" data-pub-pageid="ARTICLE_Opiniao" data-pub-processed="yes" data-pub-siteid="NEWSPLEX_Sol" data-pub-target="cpid=ARTICLE_Opiniao;category=ao-padre-joao-seabra;slug=ao-padre-joao-seabra;slugid=202206261906473436" data-pub="dblClick" id="_cpu2340b757-3949-486d-4f01-13ae26882a95" style="border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;"><div id="google_ads_iframe_/125049332/NEWSPLEX_Sol/ARTICLE_Opiniao/MPU_2__container__" style="border: 0pt none; box-sizing: border-box; height: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; width: 300px;"></div></div><center style="box-sizing: border-box;"><p style="border: 0px; box-sizing: border-box; color: black; font-size: 1em; line-height: 1.72381; margin: 0px 0px 1.5em; outline: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;"></p></center></center><p style="-webkit-text-size-adjust: auto; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: Merriweather, serif; font-size: 16px; line-height: 1.72381; margin: 0px 0px 1.5em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility; text-size-adjust: auto;">Como já foi dito, vão ser precisos meses para compreender melhor a obra que deixou. Um dos privilégios da minha vida foi o de contar com a amizade do Padre João e de poder afirmar que somos amigos. Conheci o movimento Comunhão e Libertação com 16 anos, foi nessa época que ia frequentemente à Igreja da Encarnação. Já conhecia o Padre João, mas pouco ou nada tinha falado com ele. No entanto, isso mudaria no fim de uma missa em meados de 2013, com a Igreja da Encarnação cheia. Impressionou-me o número de pessoas que no fim da celebração ocupavam as escadarias da Igreja, com o Padre João no meio deles. O tempo passava e a multidão não desarmava. Vi a admiração e o entusiasmo daquela gente. Já tinham passados largos minutos e por alguma razão que não me recordo, eu tinha de esperar pelo seu dispersar; lembro-me de estar à margem com alguns amigos e ia pensando para dentro, quem será este sacerdote? Quem seria aquela pessoa que fazia com que tantos quisessem estar à sua volta no fim de tarde de uma sexta-feira? Não esperaria muito mais por resposta. Enquanto estava no meio destes pensamentos e sem me aperceber, ainda no meio da multidão, o Padre João dirigiu-se para o local onde me encontrava, veio ter comigo e perguntou-me sem rodeios, no meio de todos: «Quem és tu, que foste a única pessoa que está aqui que não me veio cumprimentar?». Aquilo petrificou-me, fiquei sem resposta como não me lembro de alguma vez ter ficado. Que intrusão, mas ao mesmo tempo que cuidado e quanta delicadeza. Provavelmente seria mesmo a única pessoa que não o teria cumprimentado ainda. Apresentaram-me por mim e o Padre João retorquiu logo de seguida: «Tens de vir ter comigo para falarmos.»</p><p style="-webkit-text-size-adjust: auto; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: Merriweather, serif; font-size: 16px; line-height: 1.72381; margin: 0px 0px 1.5em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility; text-size-adjust: auto;">Despediu-se e voltou para perto dos amigos. Quem o conhecia sabia que aquele comportamento era normal no Padre João, mas para mim foi uma total novidade, um choque até. Não me atrevi a desobedecer, inspirava uma autoridade que não era comum. Dessa forma arrebatadora nasceu uma amizade. Pouco depois parti para fora do país para estudar e ele quis saber tudo. Chegou a ser a primeira pessoa que me visitou no estrangeiro, também de forma inesperada, quis certificar-se que eu estava bem. Acompanhou-me sempre! Como a minha, sei que marcou a vida de centenas de pessoas. Num mundo em rede, houve um homem que pescava à linha. Numa sociedade de órfãos, houve um homem que marcou por uma paternidade sem medida.</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-80826797025128852562022-06-27T10:03:00.000+01:002022-06-27T10:03:00.508+01:00 À espera de segunda-feira<p>JOSÉ MARIA C.S. ANDRÉ 26.06.2022</p><p><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "times new roman", times, serif; font-size: 12pt;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrvwgIo8N0fWBMNi5feYsQEYmnNrIbz76o3ubJQgaRTweeAUpJ6Gc2T8nOc-GKlAxoXllMUYJYP4gxHyo-4ZLUKR3VwpyD3Y5jHpqbAxoRlBPLRnAuGA-If4j63nqGSQOMTn6erwExA4apKaO-JJH2vMFug0h4it_XEtpDVMNsiMJy6SpVlSc8NCPc/s128/Jose_Maria_Andre.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="128" data-original-width="128" height="128" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrvwgIo8N0fWBMNi5feYsQEYmnNrIbz76o3ubJQgaRTweeAUpJ6Gc2T8nOc-GKlAxoXllMUYJYP4gxHyo-4ZLUKR3VwpyD3Y5jHpqbAxoRlBPLRnAuGA-If4j63nqGSQOMTn6erwExA4apKaO-JJH2vMFug0h4it_XEtpDVMNsiMJy6SpVlSc8NCPc/s1600/Jose_Maria_Andre.jpg" width="128" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">Não se sabe se será já nesta segunda-feira, mas vai ser muito em breve, e provavelmente numa segunda-feira, que o Supremo Tribunal dos EUA se vai pronunciar sobre a sentença «Roe contra Wade» de 1973. Este acórdão foi um erro colossal e por isso é muito importante —para os EUA e para todo o mundo— que a decisão seja revertida.</span></div><p></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: monospace; font-size: 13.3333px; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman", times, serif; font-size: 12pt;">Entre outras coisas, tratou-se de uma violação flagrante do princípio da separação de poderes, elemento-chave de um regime civilizado. Este princípio consiste em separar os principais poderes do Estado em órgãos independentes: o poder legislativo, o executivo e o judicial. O primeiro elabora as leis, o executivo gere a coisa pública e o poder judicial arbitra os conflitos, de acordo com o estipulado na lei.</span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: monospace; font-size: 13.3333px; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman", times, serif; font-size: 12pt;">Numa sociedade saudável, cada um destes poderes limita-se à sua missão própria. Quem legisla não aplica a lei, quem julga cumpre essa lei e não a inventa, quem governa respeita as leis e a independência dos tribunais.</span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: monospace; font-size: 13.3333px; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman", times, serif; font-size: 12pt;">Este princípio básico da vida civilizada é sobejamente conhecido, mas em 1973 os juízes do Supremo Tribunal dos EUA não resistiram à tentação. Num tribunal normal, os juízes têm de se cingir à lei, porque se arriscam a ser corrigidos pelo tribunal superior, mas o Supremo é a última instância do poder judicial e ninguém pode corrigir os seus acórdãos. Neste caso, vários juízes do Supremo deslumbraram-se com o seu poder sem escrutínio, esqueceram-se de que tinham jurado respeitar a lei e fabricaram aquilo que ficou conhecido como «a apreciação do valor substantivo da Constituição». Se a Constituição pretende ser a melhor lei e ela proíbe algo ou prescreve algo com que os juízes não concordam, então prevalece o «valor substantivo», isto é, a opinião dos juízes do Supremo. Com esta retórica, eles usurparam o poder legislativo e, algumas vezes, o poder executivo.</span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: monospace; font-size: 13.3333px; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman", times, serif; font-size: 12pt;">O caso mais clamoroso de arbítrio foi a decisão «Roe contra Wade», que declarou que a Constituição obrigava a permitir o aborto. É evidente que a Constituição dos EUA jamais obrigou tal coisa, mas o poder desmedido subiu à cabeça de alguns juízes do Supremo e, 7 votos contra 2, impuseram ao país a sua opinião.</span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: monospace; font-size: 13.3333px; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman", times, serif; font-size: 12pt;">A indústria do sexo, em particular o negócio do aborto, aplaudiu a clarividência destes iluminados juízes e muitos cidadãos ficaram igualmente satisfeitos com o resultado. Contudo, nos últimos 50 anos tem vindo a crescer, entre os juristas e o público, a consciência de que não compete aos juízes do Supremo inventar leis. Neste momento, segundo as notícias disponíveis, a maioria dos actuais juízes do Supremo é favorável a aceitar a separação de poderes e não pretende aproveitar a sua posição para inventar leis.</span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: monospace; font-size: 13.3333px; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman", times, serif; font-size: 12pt;">Assim, é provável que a decisão «Roe contra Wade» seja revertida e, finalmente, o Supremo Tribunal reconheça que a Constituição dos Estados Unidos não obriga a permitir o aborto.</span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: monospace; font-size: 13.3333px; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman", times, serif; font-size: 12pt;">Este reconhecimento não altera nenhuma lei, apenas restabelece a separação de poderes. Esse triunfo é, em si mesmo, de extrema importância, porque a separação de poderes é um dos pilares da vida social civilizada. Depois, a prazo, vai permitir que os Estados em que a maioria da população defende o direito à vida ajustem a lei no sentido de a proteger efectivamente.</span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: monospace; font-size: 13.3333px; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman", times, serif; font-size: 12pt;">Esta evolução cultural que se verificou nos EUA não foi acompanhada noutros países. Por exemplo, em Portugal, a maioria dos juízes do Tribunal Constitucional ainda não resiste à tentação de usurpar a função legislativa e executiva, sempre que lhes apetece. Nalguns casos, com descaramento.</span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: monospace; font-size: 13.3333px; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman", times, serif; font-size: 12pt;">Nas últimas semanas veio a público o escândalo dos que votaram contra a nomeação do Prof. Almeida e Costa para o Tribunal Constitucional. Este professor de Direito Constitucional da Universidade de Coimbra é das pessoas mais competentes na matéria e é reconhecidamente honesto. Infelizmente, não era isso que se pretendia. O argumento para o rejeitarem não foi a falta de conhecimentos ou a inexperiência: simplesmente ele não defende o aborto e não se podia contar com ele para apoiar agendas tresloucadas. No fundo, havia o grave risco de o Prof. Almeida e Costa respeitar escrupulosamente a Constituição.</span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: monospace; font-size: 13.3333px; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman", times, serif; font-size: 12pt;">O mais triste não é terem votado contra a sua nomeação, é a desfaçatez de deixarem claro que queriam um militante ideológico e não alguém que cumprisse com seriedade a Constituição.</span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: monospace; font-size: 13.3333px; text-align: justify;"><span style="font-family: "times new roman", times, serif; font-size: 12pt;">Numa das próximas segundas-feiras, dia em que geralmente se divulgam os acórdãos do Supremo norte-americano, é provável que a infeliz decisão «Roe contra Wade» seja revertida. Por cá, continuamos à espera que o espírito democrático amadureça.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinJj31OmpfMhT12JvxUn_hmh2eA-4UsHKSLxew3F3KdDyfjHnoAuL0JYLXSVvkgg0YiO-7Ev1cdOIAk_9jA9mIVcgRqtMvVi6W4dobbut3N6hnyHhRh0pTUwn_E57e_P2j1M2G4F8i76-WYqpn88NdA8E0ID3KKM-b3LFGm1AasPzX--_hm9DgGoDb/s945/SupremeCourt_USA-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="520" data-original-width="945" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinJj31OmpfMhT12JvxUn_hmh2eA-4UsHKSLxew3F3KdDyfjHnoAuL0JYLXSVvkgg0YiO-7Ev1cdOIAk_9jA9mIVcgRqtMvVi6W4dobbut3N6hnyHhRh0pTUwn_E57e_P2j1M2G4F8i76-WYqpn88NdA8E0ID3KKM-b3LFGm1AasPzX--_hm9DgGoDb/w400-h220/SupremeCourt_USA-1.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;">TRIBUNAL CONSTITUCIONAL DOS E.U.A.</div><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: monospace; font-size: 13.3333px;"><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-11991502806188865012022-06-22T23:32:00.000+01:002022-06-22T23:32:05.379+01:00 Luz numa espécie de ruína<p><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyycX4ununElODdOi9F5FKAVrSxmOGXtzTsp1uESZdAPhJaeX1Nxj87uyt7U8vv_BCDyn3cuXmkXetRPgMqmit3yXqtka8bxtABQoS7rR47J8vRDzWDfh1mfUtIlNOSo-Sl4kqYgZ75fKijbEmknVhVAJ8ikGXP_4Kff0vEqPlTRwHfNissPo7TMMk/s280/josemendoncadacruz.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="280" data-original-width="280" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyycX4ununElODdOi9F5FKAVrSxmOGXtzTsp1uESZdAPhJaeX1Nxj87uyt7U8vv_BCDyn3cuXmkXetRPgMqmit3yXqtka8bxtABQoS7rR47J8vRDzWDfh1mfUtIlNOSo-Sl4kqYgZ75fKijbEmknVhVAJ8ikGXP_4Kff0vEqPlTRwHfNissPo7TMMk/w200-h200/josemendoncadacruz.jpg" width="200" /></a></div><br />José Mendonça da Cruz OBSERVADOR 16.06.22<p></p><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Eu tive um grande amigo, uma cabeça privilegiada, que um dia, há mais de 50 anos – exatamente quando o meu Mini passava sobre o Viaduto Duarte Pacheco para nos levar não sei onde –, me explicou que no fim do curso de Direito ia para Padre. Assombroso quando vindo de quem seria sem dúvida um líder político de combate, com carisma, competência e ideias, ou um temível advogado de barra (provavelmente não um diplomata). Acabou com brilho o curso, e foi para padre. Teve uma vida notável e no outro dia morreu.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Eu olho à volta, para a bagunça subdesenvolvida do aeroporto de Lisboa, para o caos intencional e ideologicamente provocado no Serviço Nacional de Saúde, para a demanda incansável de nivelamento por baixo na educação, ouço as vacuidades com que se tenta mascarar a disfuncionalidade do país – temperada de cobardia, venalidade e propaganda, quando não da grosseria mais rasca – e lembro-me dos tristes suspiros moribundos do coronel Kurz, em Apocalipse Now, sobre a enorme força moral de um grupo dos seus inimigos: «Se eu tivesse uma divisão de homens assim esta guerra acabaria muito depressa». Se nós tivéssemos um batalhão de homens como o Padre João Seabra, o meu querido amigo João, este país mudava muito depressa para muito melhor.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Conheço de ter estado atento, e de algumas vezes ter sido beneficiário – e alguns memoriais inteligentes e comovidos refrescaram-me a memória – da obra do Padre João Seabra, mas este não é um obituário sobre um amigo de infância, o meu querido amigo João. Foi uma obra Cardeal, a dele – e no entanto nunca foi a Bispo. Nunca se queixou.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Conheci de perto o Colégio de São Tomás, que a minha filha mais nova frequentou desde a primária até ao 12.º ano. O São Tomás era um colégio católico e um colégio de exigência. Perguntei certa vez porque tinha ela que escolher como disciplina suplementar o Latim ou o Alemão. Explicou-me, para meu consolo e satisfação, que além de obterem novos conhecimentos (o Latim, sobretudo, digo eu, é um ginásio mental) os alunos ganham em aprender concentração e esforço.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Tento informar-me nos media que por aí há sobre como vai a Educação socialista. Pedem-me para atravessar, primeiro, uma barragem de ignorância e iliteracia: aprendo que há porta-aviões chineses que conseguem sobrevoar Taiwan; sei pela célula bloquista do insuspeito Observador que «Guterres encostou Putin à parede»; constato com surpresa que há muitas coisas que dantes alastravam e agora «alastram-se»; e aumenta a minha admiração pela raça equina ao saber pela Sic que, no jubileu de Isabel II, às tantas «foram os cavalos a assumir o protagonismo». E tudo isto é normal, pois ouvi há semanas na mesma Sic que «as autoridades insistem na possibilidade de poder haver» não sei quê em Mariupol. A possibilidade de poder haver disparates – como o de a CNN/Portugal anunciar na Quinta Feira Santa que o «Papa dá início à Semana Santa» – alastra-se.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Consigo, por fim, saber que no Ensino socialista não há professores, não há avaliação, nem destes, nem dos alunos, não há mérito e que o que é preciso é toda a gente ser ignorante e feliz. Aprendo que há uma derradeira inovação progressista que consiste em acabar com a matemática, porque, dizem, a abstração é tenebrosa. Há filósofos modernos que veem na matemática a nova filosofia. O socialismo, não. O socialismo ambiciona que as crianças contem peras e moedas de cêntimo; dependam do Estado e sonhem com «apoios» dele; tenham umas noções sobre os ganhos da raspadinha e uns rudimentos de contabilidade, 1 mais 1, 2, 2 mais 2, 4, coisas práticas e modestas, rabos de bacalhau basta.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">A exigência do Colégio fundado e dirigido pelo Padre João Seabra não educava, nem formava apenas quem podia pagar; também formava e educava pro bono. Foi abrindo a muitos, que não pagavam, as portas do elevador social. O Colégio era de uma associação privada, e custava dinheiro e esforço mantê-lo. «Desculpa que estou cheio de pressa, vou ali ver se angario um milhão», disse-me ele certa vez à porta «das Conchas». Por vontade dos socialistas fechavam o colégio e o elevador. Mas o Colégio ficou, a continuar um trabalho magnífico.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Em casa do meu querido amigo João Seabra, ainda com 13 anos, ainda não Padre, rezava-se o terço a seguir ao jantar e citava-se muito – ele e o pai – os Maias, o Fradique, as Cartas. Eram capazes de citar parágrafos inteiros. Por exemplo: «A melhor prosa, a mais perfeita, a mais lúcida, a mais lógica, a que tem sido a grande educadora literária e tem civilizado o mundo, é feita com meia dúzia de vocábulos que se podem contar pelos dedos.» Ficou- lhe um nobre respeito pela clareza do discurso e das posições, a que os surdos chamavam brutalidade, e os cegos snobeira. Na esperança de obter afirmações claras com que chocassem as audiências e retratassem uma igreja insensível, algumas televisões convidavam-no. Enganaram-se sempre.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Falou claro e foi influente na defesa da vida na campanha do primeiro referendo sobre o aborto. Ganhou a vida. Foi discreto e obediente, provavelmente com dor, quando a igreja optou pela pusilanimidade no segundo, praticamente abandonando o campo aos defensores dos direitos do corpo e de tudo o que tenha dentro. Faz falta a voz clara e culta do Padre João Seabra para chamar falta de qualidade à falta de qualidade e bandalheira à bandalheira.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">O SNS foi levado ao caos por socialistas, e pelas múmias e extremistas cuja passagem Costa franqueou ao derrubar um «muro de Berlim» ao avesso. (Olhem-nos agora a clamar que não tiveram nada a ver com isso!) Morre gente com consultas marcadas para um ou dois anos demasiado tarde, morrem bebés, grávidas no instante decisivo batem com a cara na porta, vítimas de «doenças fatais» sofrem mortes precoces por falta de assistência, as listas de espera somam anos, as esperas na fila somam horas. Os turistas esperam horas no Aeroporto de Lisboa, perplexos com a desorganização e a indigência, e uma inspetora diz que «francamente não estávamos preparados para ter turistas em Junho», no país que sobrevive de turismo e empréstimos. Pedro Nuno Santos aproveita para dizer, como ministro das Infraestruturas de 2050, da Habitação social que não há, e da Ferrovelhovia, que é preciso um aeroporto novo. E como ministro da TAP – que com Costa, o PC e o BE fez pública e destruiu a pretexto de a salvar – diz que se isto continuar vai desviar aviões para outros lados. Sobe a dívida pública, sobem os juros da dívida, disparam os custos da energia, sobe em flecha a inflação, sobem os impostos, afunda o défice da balança comercial, e o país empobrece.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">E nunca se fala em gestão. E é sempre culpa de um imprevisto. E nunca se fala em competência. E nunca se fala em bom aproveitamento de recursos escassos. E nunca se fala de organização do tempo. E nada de produtividade.E menos ainda de uma fé e um programa. E menos ainda em inteligência. Tudo coisas sem as quais o Padre João Seabra não teria feito metade do que fez na vida.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Que assuntos importantes «convocam», então, governo e maioria socialista? Estes? Não. Outros.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">O primeiro-ministro quer que os salários subam magicamente 20%.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">A ministra da Saúde – que não esperava que a política dos extremistas, das múmias, sua e de Costa tivesse as consequências inevitáveis – diz que vai fazer um plano de contingência. «Contingência» é a qualidade daquilo que é contingente, um acontecimento eventual. Em pleno caos no SNS a ministra vai planear (eventualmente) para a eventualidade do caos no SNS.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">No aeroporto e no SEF também se vão fazer «planos de contingência» para a eventualidade improvável de aterrarem aviões trazendo pessoas dentro.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">A ministra do trabalho – com um brilho de entusiasmo nos olhos e uma expressão alacre verdadeiramente assustadores – diz que o governo vai ser «pioneiro» a nível «mundial» da «semana dos 4 dias».</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">A ministra da Defesa diz que «estamos a perspetivar para o futuro a possibilidade de dar treino a tropas ucranianas», uma frase que bate em vacuidade a de um pobre repórter da Sic que anteontem, nesse persistente maravilhamento com Costa, imaginava Portugal a «servir de ponte entre a Inglaterra e a União Europeia».</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">E no Parlamento maioria e oposição debatem como melhor suicidar velhos e doentes.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Curioso! O Padre João Seabra (e o Papa João Paulo II, acrescento) teriam algumas coisas interessantes a dizer a esses cultores do «corpo digno» que tanta energia gastam em apressar a morte no princípio e no fim da vida.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">A mente privilegiada do meu querido amigo João Seabra viveu anos incólume dentro de um corpo disfuncional, vítima de «doença incurável», humildemente, pacientemente, cristãmente, produtivamente. Irritei-me com ele só uma vez na vida, quando coincidimos por acaso numa praia e fui conversar com ele, já bastante debilitado. Depois, quando me levantei disse-me «Obrigado». «Obrigado?!», disse eu, «não deves estar bom da cabeça!»</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Estou contente por ter dito aquilo.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Há poucos anos, na apresentação da sua biografia, João Seabra À Sua Maneira, o meu amigo João ralhou com os autores, em público e perante considerável audiência, por não me incluirem na história. Eu não tinha lido o livro e pareceu-me aquilo escusado, como garanti aos autores, ainda que os lados menores que a gente tem rejubilassem vilmente com aquela prova de amizade. É que eu nunca fui companheiro do meu querido amigo João na militância monárquica ou política, e a minha vida deu muitas voltas bem distantes da fé forte que o animava. Éramos só grandes amigos, que é uma coisa que há.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Há poucos meses, o João deixou-me uma pérola escrita. Aconteceu que os confinamentos forçados por causa do virus; um terço de vez em quando e depois diariamente por discreta e amorosa pressão da minha mulher; e, durante esses terços diretamente de Fátima, a voz extraordinária e a tristeza infinita no rosto do Padre Quelhas; e as homilias redentoras do dominicano Frei Filipe, no computador e depois ao vivo – tudo isso me trouxe devagarinho de volta à Igreja. Julguei que o meu amigo João ia gostar de saber, e escrevi-lhe por SMS: «Talvez gostes de saber…» E concluía que ia comungar no domingo.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Respondeu-me o meu querido amigo Padre João Seabra, acabado de vir de Fátima, com «gratidão à Virgem Mãe que me concede esta graça enorme do teu reencontro com Jesus. Comove-me cada passo. Mostra a paciência de Deus».</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">E eu lembro-me que não sou digno.</div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-55105295855910275542022-06-07T08:13:00.002+01:002022-06-07T08:13:25.892+01:00João Maria Félix da Costa Seabra<p> RR. 06/06/2022 JOSÉ LUÍS RAMOS</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirbVMZyUtFGZLB2I_3ICxPSg_oghJLhDBy7yDyyB6YYb74no18ksTNgDbMenue7WKMUVtEFpga_EiqX9VlNg1SpBNXJbD8PbdOj5HSj3xXRIB0hiX00CgO77BgCgmaVlvb9vGerfqFLyQohfgP_LR4FHYHiI4Z3zhyJBzUSIIP2dFxWOYKo8jWv-D2/s738/7080C5CB-5226-4BEB-91D2-C9B96CD0DDD0.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="426" data-original-width="738" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirbVMZyUtFGZLB2I_3ICxPSg_oghJLhDBy7yDyyB6YYb74no18ksTNgDbMenue7WKMUVtEFpga_EiqX9VlNg1SpBNXJbD8PbdOj5HSj3xXRIB0hiX00CgO77BgCgmaVlvb9vGerfqFLyQohfgP_LR4FHYHiI4Z3zhyJBzUSIIP2dFxWOYKo8jWv-D2/s320/7080C5CB-5226-4BEB-91D2-C9B96CD0DDD0.jpeg" width="320" /></a></div><br /> <p></p><p><br /></p><div class="xlarge-100 large-100 medium-100 small-100 tiny-100 half-bottom-space" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; flex-grow: 0; font-family: Roboto, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 0.625em; width: 356px;"><h2 class="rr-lead large fw-500" style="box-sizing: border-box; font-size: 1.2em; font-weight: 500; line-height: 1.45; margin-bottom: 0.72334em; margin-top: 0px;">Sou apenas um dos muitos privilegiados cuja vida o padre João Seabra atravessou. Isso sei. Mas quem foi mesmo João Seabra? Isso, só Deus sabe.</h2></div><div id="ContentPlaceHolder1_pub_mrecMB_mobile" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; font-family: Roboto, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 7.109375px; text-align: center;"></div><div class="all-100 half-bottom-space" id="bodyDinamico" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; flex-grow: 0; font-family: Roboto, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 0.625em; width: 356px;"><div class="slab-400 all-100 selectionShareable" style="box-sizing: border-box; flex-grow: 0; font-family: "Roboto Slab", Arial, Helvetica, sans-serif; width: 356px;"><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Sou suspeito ao escrever este artigo? Claro. As amizades não se escondem. João Seabra desafiou-me para o jornalismo e para a Renascença, preparou-me para o crisma, casou-me e batizou a nossa filha mais velha.<br style="box-sizing: border-box;" /></p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Nem sempre o acompanhei em muitas voltas que a vida também deu. Mas as discordâncias humanas são irrelevantes, perante a grandeza de uma vida.</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Na preparação do retrato biográfico que publiquei há tês anos com Raquel Abecasis, "João Seabra à Sua maneira", ouvimo-lo (e gravámos) dezenas de horas. Reflexões, histórias e memórias tecidas com o fio bem visível da fé.<ad-placement adunit="RR/rr_article_OutStream" data-google-query-id="COKQwOLjmvgCFYeXUQodnWAD4Q" format="outStream" id="_tagbundle5c627ca1-1e67-4fa9-cdc9-9b0cb86852b0" refresh="false" style="box-sizing: border-box;"></ad-placement></p><div id="google_ads_iframe_/21677550463/RR/rr_article_OutStream_0__container__" style="border: 0pt none; box-sizing: border-box;"><div class="svas svas-controller video-not-ready video-collapsed" id="svas_b31oze05r-controller" style="border: none; box-sizing: border-box; color: rgba(0, 0, 0, 0.4); font-family: "Open Sans", sans-serif; font-size: 10px; font-weight: 600; opacity: 0; width: 356px;"><div class="svas-iframe-host" id="svas_b31oze05r" style="box-sizing: border-box;"><div class="detachable-element-container iframe-type-16by9" style="box-sizing: border-box; height: 0px; overflow: hidden; padding-bottom: 0px; position: relative; transition: padding-bottom 200ms ease-out 0s; width: 356px; will-change: padding-bottom;"><div class="detachable-element popup-element" style="box-sizing: border-box; inset: 0px; overflow: hidden; position: absolute; transition: bottom 200ms ease-out 0s; will-change: bottom;"><div class="iframe-container frame-16by9" style="box-sizing: border-box; height: 0px; overflow: hidden; padding-bottom: 200.25px; position: relative; transition: padding-bottom 200ms ease-out 0s; width: 356px; will-change: padding-bottom;"></div><div class="svas-powered-by" style="-webkit-box-align: center; -webkit-box-pack: end; align-items: center; box-sizing: border-box; display: flex; height: 24px; justify-content: flex-end; overflow: hidden; padding: 0px 5px; transition: height 0s ease 0s, border-top 200ms ease-in 0s; will-change: height, border-top;"><div class="text" style="-webkit-box-align: center; -webkit-box-pack: center; align-items: center; box-sizing: border-box; display: inline-flex; justify-content: center;"><span class="inline-text" style="box-sizing: border-box; display: inline;"></span><a href="https://skoiy.com/" style="background-position: 0px 0px; box-sizing: border-box; color: rgba(0, 0, 0, 0.4); cursor: pointer; display: inline; margin-left: 5px; text-decoration: none;" target="_blank"><svg version="1.1" viewbox="0 0 146.1 40" x="0px" xml:space="preserve" xmlns:xlink="http://www.w3.org/1999/xlink" xmlns="http://www.w3.org/2000/svg" y="0px"><path d="M25,5.9l-1.6,2.9h-4.8h-2L20,2.9L15,0l-5,8.7H4.2H0v5.8h4.2h2.4l-3.3,5.8H0V26l0,0l5,2.9L6.7,26l0,0H8h3h2.5l0,0l-3.3,5.8
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Mas essa vontade é apenas a confirmação do seu amor pela Igreja e por Deus.</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">No momento da sua morte deixo umas quantas perguntas entre tantas outras, possíveis e, porventura, mais pertinentes.</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este homem que combinava uma inteligência fascinante e uma espiritualidade arrebatadora?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este jovem que encantava os salões de Lisboa e que os trocou pelos corredores do seminário?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este homem que muitos davam como político, mas cuja vocação só um amigo, João Amaral, viu na verdade chegar?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este estudante que na véspera dos exames da faculdade, ouvia em casa do amigo Marcelo recitar as matérias e ‘aprendendo de ouvido’ excedia em brilhantismo os que tanto haviam estudado?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem era o jovem da elite de Lisboa que entregava horas da sua vida aos mais pobres, na zona do Casal Ventoso?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem era o monárquico que nunca fora adepto do Estado Novo, mas comparecia nas RGA’s universitárias, reivindicando a palavra quando os mais extremistas da época não lha pretendiam dispensar?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este estudante de Direito que no início dos anos setenta, telefonou ao reitor do seminário dos Olivais, o então padre José Policarpo, participando-lhe que queria ser padre?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este seminarista que combinava a oratória típica de um brilhante licenciado em direito, com uma narrativa de Deus tocante e comevedora?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este homem que decidiu entrar no seminário dos Olivais com uma Igreja em crise e um país à beira dela?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este homem cujo processo de ordenação ele sabia ter sido atrasado, em 1975, mas até ao fim sem saber exactamente por que razão ou motivo?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem era o jovem seminarista que foi acalmar os militares do 25 de Abril que pretendiam ocupar o seminário dos Olivais, por suspeita de armas escondidas, trocando graças e cigarros que abateram a tensão e a desconfiança injustificadas?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este homem a quem nunca custou obedecer, sem, porém, deixar de manifestar o olhar próprio sobre o que via, sentia e pressentia?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este homem capaz de encher e preencher o espaço público, mas simultaneamente encher-se de ternura e compaixão perante o sofrimento e a fragilidade?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este homem que abundando na certeza da fé reconhecia e pedia desculpa pelas culpas terrenas?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este homem que enquanto prior nunca parou as confissões durante as Missas e perante as reservas de alguns pares, manifestou-se disposto a suspendê-las, caso eles também proibissem o ‘tlim-tlim das esmolas’ durante as celebrações’?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este homem que confortou, apaziguou e ajudou tanta gente ‘do bolso dele’, mas também provocou, confrontou e inquietou?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este homem que aproximou tantos sem deixar de dividir muitos outros?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este padre e professor que aquecia os corações de jovens seminaristas, para além das convenções ou das conveniências do momento?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem era o capelão da Universidade Católica que não se fechava no gabinete e percorria todos os recantos e bares conhecendo e desafiando sobretudo os alunos, com o seu estilo que não era consensual, mas não deixava ninguém indiferente... nem sem resposta?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi este padre que em 1982, por altura da primeira visita de João Paulo II a Portugal, um ano depois do atentado na Praça de São Pedro, levou a pé umas dezenas de estudantes da Católica até Fátima, despertando e redescobrindo em cada um, o potencial humano, não exclusivamente religioso, de jovens que procuravam sentido e rumo para a sua vida?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi o padre, cuja influência era superior aos títulos que recebera, e que contribuiu a dada altura para inviabilizar o projeto de fusão da Católica com a Nova, como já antes, nos tempos de seminarista, se esforçara por manter a Católica na órbita da Igreja, quando outros propunham o oposto?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem era o apaixonado pela educação cristã dos mais novos que haveria de impulsionar a criação das Equipas de Jovens de Nossa Senhora?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem era o padre que tendo, entre outros, dado o pontapé de saída do Movimento Comunhão e Libertação em Portugal haveria de fundar o Colégio de São Tomás de Aquino, onde, por vontade própria, o seu corpo seria velado, depois da morte?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi o padre que encabeçou os movimentos contra o aborto em Portugal, mas que sempre tinha uma abordagem humana e acolhedora às mulheres colocadas perante esse sofrimento?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem era o padre insatisfeito pelo (não) apoio da Igreja aos católicos na política, lamentando que nas últimas gerações, muitos leigos envolvidos na atividade pública se tenham sentido desautorizados pela hierarquia?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi o padre que nunca chegou a ser bispo, o que muitos lamentaram, mas que garantia estar onde devia estar, ir para onde tinha que ir, sem nada lamentar ou reivindicar, assegurando que “tudo bate certo, nas contas de Deus”?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem era o padre que na senda das doenças de João Paulo II e Luigi Giussani (fundador do CL), nunca se escondeu nem fugiu à doença de Parkinson nem permitiu que a entropia do corpo lhe incapacitasse o espírito?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem era o padre que a doença tornava penoso falar, mas digitava diariamente em WhatsApp para os ‘amigos’, mensagens mais pessoais ou assumidamente pastorais?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi o padre que falava da ‘irmã morte’ como uma amiga, garantindo que a partida de tantos amigos e familiares lhe tornaram o Céu mais confortável?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem foi o Padre que descrevia a morte, como estar onde Jesus está, como o desejo de proximidade que o amado quer da pessoa amada?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem era o Padre que dizia que “então, diante desta maneira enternecida e íntima que Jesus tem de falar da minha morte, como é que eu posso olhar para a minha morte de outra maneira que não seja grato por ela?”</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Quem era o Padre que ao abandonar a paróquia da Encarnação, ingressando em Sta. Joana Princesa, onde tão bem foi acolhido e guardado pelo padre Duarte da Cunha, dizia que “a sua vida não tinha outra utilidade nem propósito senão servi-Lo e oferecer-se por Ele e dar-se por Ele, como Ele fez por mim”?</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Não encontrei na minha vida quem assim me falasse de Deus. Por vezes, ao ouvi-lo, não se percebia se era Deus que descia junto de nós ou se éramos nós que subíamos a Deus. Falava de Deus com a paixão dos santos.</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Sou apenas um dos muitos privilegiados cuja vida o padre João Seabra atravessou. Isso sei.</p><p style="box-sizing: border-box; font-size: 1em; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Mas quem foi mesmo João Seabra? Isso, só Deus sabe</p></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-23879454175729735352022-06-06T18:22:00.001+01:002022-06-06T18:23:00.806+01:00Um “legado de uma grande afirmação cristã na sociedade portuguesa”<p> <a href="https://www.patriarcado-lisboa.pt/site/index.php?id=11350&fbclid=IwAR3GCHb-G4T3XBnf2ZBk2mJip8VamJHz9T5uT7Bg9BFXq26b105JKJGVZZc">Patriarcado de Lisboa (patriarcado-lisboa.pt)</a> 06.06.2022</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPmYHb5eEvsho-7KFJsLqLy0xfq08Jji-W_-4AuQvE1fv8Vly8zySvOiMgzn7Dh3uJYF11SUbhDE1AKNEOtSU84zYe6_MRlSDAaide-DFgN0fowz0Zd74Kb1E-_JQ8Xkl_geOeYjgGkfISPrx3DpU_63S1YxT4jc_Iq7zGT1LHgfAc96aT83ClZE19/s900/900_22060668964561.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="900" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPmYHb5eEvsho-7KFJsLqLy0xfq08Jji-W_-4AuQvE1fv8Vly8zySvOiMgzn7Dh3uJYF11SUbhDE1AKNEOtSU84zYe6_MRlSDAaide-DFgN0fowz0Zd74Kb1E-_JQ8Xkl_geOeYjgGkfISPrx3DpU_63S1YxT4jc_Iq7zGT1LHgfAc96aT83ClZE19/s320/900_22060668964561.jpg" width="320" /></a></div><a href="https://www.flickr.com/photos/patriarcadodelisboa/sets/72177720299582544/"><span style="font-size: x-small;">VER MAIS FOTOS AQUI</span></a><p></p><p><span style="background-color: white; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-weight: bold;">D. Manuel Clemente presidiu, emocionado, à Missa Exequial do seu colega de seminário. O Presidente da República participou na celebração e viu na multidão que acorreu à Sé “sinal do que foi a vida dele”, uma figura que marcou a Igreja e a sociedade portuguesa.</span></p><div class="txt-noticia-detalhe-texto" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; line-height: 1.8; margin-top: 15px;"><p style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem; margin-top: 0px;"><br style="box-sizing: border-box;" />O Cardeal-Patriarca de Lisboa enalteceu, esta segunda-feira, o legado do cónego João Seabra. “O influxo que trouxe à Diocese de Lisboa é muito grande e vai ficar com tudo aquilo a que ele está ligado, de movimentos, de grupos, de colégios”, afirmou à Renascença à entrada para a Missa Exequial a que presidiu. Para D. Manuel Clemente, não faz sentido “falar de despedida, porque vamos continuar a senti-lo muito presente, com o seu trabalho, com o que deixou, o seu legado de uma grande afirmação cristã na sociedade portuguesa, e uma grande mobilização católica por todas as causas pertinentes”.<br style="box-sizing: border-box;" />“Neste último meio século de vida a Igreja em Lisboa contou com ele em todas as frentes”. E foram muitas, a começar pela defesa da vida, sublinhou o Cardeal já durante a homília, em que começou por agradecer a todos os cuidadores que acompanharam João Seabra na doença, “noite e dia, com tanto carinho”.<br style="box-sizing: border-box;" />“Nestes últimos anos da vida do João, em que ele quase decalcou os últimos anos da sua grande figura exemplar, que foi S. João Paulo II”, houve um “depauperamento exterior das suas condições físicas”, mas “não intelectuais”, disse o Patriarca, que considera muito relevante a obra historiográfica que o cónego João Seabra deixou sobre as relações Igreja-Estado. “A sua tese de doutoramento – belíssima -, e agora esta publicação sobre os problemas que o pombalismo levantou à Igreja, é tudo de primeira água. Como tudo é de primeira água naquilo que o João fez”, sublinhou.<br style="box-sizing: border-box;" />Lembrando que entraram juntos no seminário, D. Manuel Clemente falou da última vez em que estiveram juntos. “Há uma semana, terminámos o nosso encontro com uma benção mútua: eu pus-lhe a mão na cabeça, e ele pôs-me a sua na minha, e ainda não a tirou”, partilhou o cardeal, emocionado.<br style="box-sizing: border-box;" /><br style="box-sizing: border-box;" /><span style="box-sizing: border-box; font-weight: bolder;">“Esta multidão é sinal do que foi a vida dele”</span><br style="box-sizing: border-box;" />A Sé de Lisboa foi pequena para acolher todos os que quiseram participar na Missa Exequial do cónego João Seabra, e a comunhão teve de ser distribuída também no exterior da catedral, onde muitos permaneceram. Uma mobilização que para o Presidente da República mostra bem como esta figura da Igreja marcou várias gerações de cristãos. “Foi uma cerimónia que mostrou bem a importância do padre João Seabra, porque estiveram aqui alunos dos seus colégios, estudantes orientados da Universidade Católica, muitos padres que ele formou, muitos elementos das equipas de casais e de jovens. Esteve a vida dele, e a vida dele foi isso: foi servir como uma espécie de paizinho, na formação de milhares e milhares de crianças, jovens e adultos”.<br style="box-sizing: border-box;" />“Foi assim, partiu assim, cumpriu uma missão com aquele carisma que lhe conhecemos, e marcou a Igreja e a sociedade portuguesa”, afirmou o presidente no final da missa exequial do amigo e antigo colega de liceu e faculdade, e que teve oportunidade de condecorar, em 2018, pelos seus 40 anos de padre.</p><p style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 1rem; margin-top: 0px;"><em style="box-sizing: border-box;"><br style="box-sizing: border-box;" />Renascença</em></p></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-34343094682514801832022-06-06T18:17:00.005+01:002022-06-06T18:23:09.871+01:00Nós vamos a seguir P. João<p> JOÃO TÁVORA <a href="http://corta-fitas.blogs.sapo.pt" target="_blank"> http://corta-fitas.blogs.sapo.pt</a> 06/06/2022</p><p>Uma inevitável homenagem</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-L-bc3YIBT-TWGUwmT4bbn0WSviozeyJ14j0OvL-rG9dTqQClPUNlTWCals6qb_wpWvWzj6CXidF8uus7xejbbYzYqVqEEHukwuzIUr5guh-26NEUhwyQR2UJGHURlh8FCAZz4mB3LIpgBBdw9Q7oOiXvCRiovOKrKg_4m_33Mdn3FzDtoo7_7qFN/s1024/Jo%C3%A3o-seabra.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="696" data-original-width="1024" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-L-bc3YIBT-TWGUwmT4bbn0WSviozeyJ14j0OvL-rG9dTqQClPUNlTWCals6qb_wpWvWzj6CXidF8uus7xejbbYzYqVqEEHukwuzIUr5guh-26NEUhwyQR2UJGHURlh8FCAZz4mB3LIpgBBdw9Q7oOiXvCRiovOKrKg_4m_33Mdn3FzDtoo7_7qFN/s320/Jo%C3%A3o-seabra.jpeg" width="320" /></a></div><p></p><p style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; margin: 0px 0px 0.7em; outline: none; padding: 0px;"><span style="font-family: times;">O curioso é que o que se esperava há algum tempo, a partida do Pe. João Seabra, soube dela com choque à hora do jantar de sexta-feira, na companhia de dois seus amigos de juventude, colegas de escola. As vidas dos outros quatro convivas nesse serão, também com a dele se tinham cruzado com mais ou menos intensidade - constatámos. A notícia caiu que nem uma bomba estúpida que estilhaçou a noite com silêncios, mas que não desfez aquela cumplicidade que não havemos de esquecer tão cedo. O que quero salientar é que talvez a mais importante característica do apostolado do Pe. João Seabra é ter marcado a vida de tanta, tanta gente. Dentro dum meio não anticlerical, e mais ainda no meio católico, não é grande originalidade ter-se convivido com o Pe. João Seabra, e esse convívio ter deixado marca, mais ou menos importante, quase sempre profunda. Pela minha parte gostava dos modos afirmativos, provocadores, como o Pe. João se exprimia. Gostava do seu radicalismo nos princípios gerais e da profunda generosidade para com cada individuo, e as suas circunstâncias pessoais. Evidentemente que essa relação compassiva inevitavelmente com o desenvolvimento pedia compromisso, indicava um caminho de radicalidade, que por vezes assustava o meu coração dividido e perdido no Mundo. Atraíam-me a sua erudição, a sua verve desenvolta e emotiva, aquela Fé apaixonada, sólida, por vezes arrogante, que fazia parecer ridículas as minhas hesitações e desconfianças no pedregoso caminho de entrega ao nosso Senhor que nos desafiava – e que ainda hoje percorro com custo. É dele a verdadeira soberania, custa a admitir. Se esse caminho do Pe. João foi algum dia custoso, admiro-lhe a maneira como digeria as suas dores, que só se percebiam quando via uma das suas ovelhas fraquejar. Que conhecia todas pelo nome. Era isso que eu dizia lá atrás: o Pe. João tinha uma capacidade inesgotável para gostar de muita gente ao mesmo tempo, cada um de forma única. Uma extraordinária imitação de Cristo. Durante os muitos anos em que o Pe. João liderou a paróquia de Santos e depois a da Encarnação acontecia-me uma coisa maravilhosa: de cada vez que, de propósito ou de passagem, sem avisar me decidia a visitá-lo, encontrei-o sempre – mas sempre. Com um enorme sorriso, a tratar-me pelo nome.<span style="border: 0px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"> </span></span></p><p style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; margin: 0px 0px 0.7em; outline: none; padding: 0px;"><span style="font-family: times;">Consola-me também que tenha feito o início desse extraordinário caminho de vida com pessoas que admiro e com quem hoje convivo. Que tenha sido um monárquico militante, um homem preocupado com a sua pátria, com a sua “cidade”, um católico rebelde mas obediente - notável é a sua tese de doutoramento sobre o processo de captura da igreja pelo Estado no Liberalismo Monárquico, até à Lei da Separação de Afonso Costa, "O Estado e a Igreja em Portugal no início do século XX" - Principia, 2009. No fim foi sempre obediente, calando o desespero por esta obra inacabada e vacilante que é a Igreja de Pedro destes tempos dissolutos (terão sido certamente sempre assim, acredito), de que ele foi um alicerce firme, inquebrantável.<span style="border: 0px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"> </span></span></p><p style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; margin: 0px 0px 0.7em; outline: none; padding: 0px;"><span style="font-family: times;">Imagino-o por estes dias lá em cima no Céu, ao lado dos maiores santos da História, em grande celebração e fortes gargalhadas, de braço dado com Jesus Cristo, tal qual como o imagino, nos seus tempos da juventude, quando os rapazes amigos, desavergonhados, exibiam as suas amizades no pátio do liceu.<span style="border: 0px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"> </span></span></p><p style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; margin: 0px 0px 0.7em; outline: none; padding: 0px;"><span style="font-family: times;">Nós vamos a seguir, Pe. João.<span style="border: 0px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"> </span></span></p><div><span style="color: #b9b9b9; font-size: small;"><br /></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-37087324574315324042022-06-06T18:10:00.001+01:002022-06-06T18:23:27.866+01:00O 'mau feitio' do P. joão Seabra<p> OBSERVADOR 06.06.2022</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisSOJpFoy0Y9KM_lc8jE1ykc5n96c3FJxgZSXNscO_p_n643hPWth2knRAdwfnV4GhsYmS7K1s6upFOHpgYdfsyR12ejO2ECYVp5F4cwHy3Nowf3K8P7yr4awwTbfSzW14FefQpdSEXEB7UmjLuC-AZSqODnF-kZfMV4HKJH0qHoDprxAEI30HzVoB/s200/colunista_pgpalmada_467-200x200.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisSOJpFoy0Y9KM_lc8jE1ykc5n96c3FJxgZSXNscO_p_n643hPWth2knRAdwfnV4GhsYmS7K1s6upFOHpgYdfsyR12ejO2ECYVp5F4cwHy3Nowf3K8P7yr4awwTbfSzW14FefQpdSEXEB7UmjLuC-AZSqODnF-kZfMV4HKJH0qHoDprxAEI30HzVoB/s1600/colunista_pgpalmada_467-200x200.png" width="200" /></a></div><br /><p></p><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">À conta das suas invectivas contra os fariseus, ou à expulsão, a golpes de azorrague, dos vendilhões do templo, devemos supor que Jesus Cristo tinha mau feitio?!</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Na sexta-feira passada, 3 de Junho, já tinha escrito e enviado a minha crónica semanal quando, inesperadamente, recebi a notícia do falecimento do Cónego João Seabra. Acrescentei, à dor pela sua partida, as minhas preces pela sua alma, na esperança de que já lhe tenha sido concedido o prémio prometido aos servos bons e fiéis.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Como acontece quando morre uma figura pública, surgiram em catadupa os comentários sobre o insigne cónego da Sé Patriarcal. Todos, creio, elogiosos, da sua pessoa e do seu imenso trabalho pastoral, mas em alguns não faltou uma infeliz referência ao seu alegado mau feitio. É muito despropositada uma tal referência num momento destes, mas é também uma mentira e uma injustiça, que requer reparação.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Não vou entrar na corrida dos que, agora, presumem amizade com o Padre João. Ele dizia, com graça, que Deus sabe de todos, cada um sabe de si e ele sabia de uns quantos…</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Conhecemo-nos em 1985, quando oficiou o casamento da minha irmã Mariana com o meu cunhado Manuel. Depois de me licenciar em Direito, em Madrid, e de ter estudado Filosofia e Teologia no Seminário internacional da prelatura do Opus Dei, em Roma, regressei a Lisboa. O Padre João, que sabia do meu percurso, interessou-se por mim e estivemos à conversa. Mas foi sobretudo depois da minha ordenação sacerdotal, em 1986, que o nosso contacto se intensificou.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Recordo alguma vez ter ido à Universidade Católica, para falar com ele, que aí era capelão: no breve trajecto até ao bar da Universidade, onde fomos tomar um café, foram tantas as pessoas que interpelou que fiquei positivamente admirado pelo modo como conhecia aquela juventude universitária, em que deixou tão profundas marcas.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Certamente por indicação sua, substituí-o como conselheiro eclesiástico da Lugar-Tenência da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém em Portugal. Também foi em sua substituição que celebrei, no respectivo aniversário, a missa de sufrágio pelas vítimas do regicídio, tendo eu, desde então, assegurado este encargo, que também dele herdei.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Foi ao Cónego João Seabra que pedi que apresentasse, no Círculo Eça de Queiroz, um meu livro-entrevista sobre os sete pecados capitais. Já não se encontrava bem e, por isso, teve de ir acompanhado a essa sessão, em que nos brindou uma excelente reflexão. No dia seguinte, como manda o protocolo, agradeci-lhe a amabilidade da sua presença e a erudição das suas palavras, ao que respondeu, com a simpatia do costume: ‘Sabes que sou teu amigo e que gosto de dizê-lo!’.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Não se pense, contudo, que o Padre João Seabra concordava com tudo o que eu dizia, ou escrevia, mas, quando discordava, dizia-o com a mesma simplicidade. Há poucos anos, quando presidi a uma Eucaristia em que ele, e um outro cónego da Sé Patriarcal, concelebraram, senti-me na obrigação de me desculpar por ocupar, por insistência de ambos, essa presidência, que a eles, mais do que a mim, obviamente, competia. Ao referir-me ao Cónego João Seabra, já então bastante debilitado, disse que lhe estava grato sobretudo pela sua lealdade, porque sempre que achava que me devia fazer algum reparo, fazia-o com toda a franqueza e amizade. Já na sacristia, comentou-me, com aquele seu ar divertido: ‘Também não foram assim tantas as vezes que discordei de ti!’. A que respondi, com agradecida sinceridade: ‘Menos do que as que devia, Padre João!’.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Podia contar mais episódios, mas estes chegam para provar a sua delicadeza e amizade. Mau feitio?! De modo nenhum porque, se tinha alguns repentes mais enérgicos, era por razão do seu amor apaixonado a Cristo e à Igreja, a sua forte personalidade, nunca por defeito ou irascibilidade. Do Padre João Seabra, certamente, não se podia dizer o que o Espírito Santo disse, há dois mil anos, da Igreja de Laodiceia e que agora se poderia dizer também de não poucos eclesiásticos: “conheço as tuas obras, que não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente. Mas, porque és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te da minha boca” (Ap 3, 15-16).</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Com efeito, o Cónego Seabra era um resistente e um combatente, não um tíbio que dissesse sempre o que os outros queriam ouvir, nem o que era mais politicamente conveniente. Alguns escandalizaram-se com esse seu modo de ser tão frontal, mas não era também assim Jesus de Nazaré?! Será que, à conta das suas invectivas contra os fariseus, ou à expulsão, a golpes de azorrague, dos vendilhões do templo, devemos também supor que Cristo tinha mau feitio?!</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Foi talvez há já mais de vinte anos que um dia, passando à frente da Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, ao Chiado, tive a sorte de encontrar, à porta, o Cónego João Seabra. Depois de nos cumprimentarmos com a afabilidade habitual, perguntei-lhe por um então recém-nomeado Bispo auxiliar de Lisboa. Respondeu-me com a sua graça habitual: ‘É óptimo, porque é um bispo que sabe o que é um padre!’. Depois, tive a picardia de lhe perguntar quando chegaria a sua vez de ascender ao episcopado… O Padre João respondeu, de imediato, que isso não era para ele, mas que se fosse, seria um excelente bispo! Até já tinha escolhido um lema episcopal: ‘In humilitate, superius!’. Ou seja: em humildade, o máximo!</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Rimo-nos ambos com aquela sua divertida ocorrência e, de facto, não chegou a bispo. Talvez a culpa tenha sido – digo-o sem ironia – a sua excessiva humildade, porque era, com efeito, excessivamente humilde para fazer carreira eclesiástica. Se fosse mais soberbo e, sobretudo, calculista, poderia ter lá chegado, à força de não dizer o que devia, mas só o que mais convinha. Ele, inteligente como era, certamente que o sabia, mas faltou-lhe ambição ou, melhor dizendo, sobrou-lhe humildade. O Padre João era excessivamente humilde para comprometer a defesa da verdade com mesquinhas ambições pessoais; era excessivamente humilde para trocar o bom combate da fé pelo seu próprio protagonismo; era excessivamente humilde para antepor a sua glória pessoal ao serviço generoso e desinteressado da Igreja e das almas.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">O Padre João Seabra não morreu com a humildade vaidosa dos carreiristas, a que tão amiúde se refere o Papa Francisco. O Padre João serviu a Igreja sem nunca dela se servir, com a vaidade humilde daqueles que apostaram na verdadeira grandeza cristã, que é a santidade. A aparente vaidade de não procurar glórias humanas, para apenas se empenhar em alcançar a bem-aventurança celestial, era, afinal, o modo como o Padre João seguia o exemplo de São Paulo: “aquelas coisas que eu considerara como lucro, considerei-as depois como perdas por amor de Cristo. Sim, na verdade tudo isso tenho por perda, perante o iminente conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor, pelo qual renunciei a todas as coisas e as considero como lixo, para ganhar a Cristo e ser encontrado nele” (Fl 3, 7-9).</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Quando o Padre João se despediu da paróquia da Encarnação, já perto do fim, perguntou: “Então o que é que me resta? Resta-me a minha vida dada a Deus. Como no primeiro instante. A minha vida dada a Deus, para que Ele disponha. Para que a utilidade a atribua Ele e não a minha interpretação de mim próprio, nem a ideia que os outros fazem de mim. Mas Ele. Na utilidade da vida que não tem outro propósito senão servi-Lo e oferecer-se por Ele e dar-se por Ele. Como Ele fez por mim”. A Missa, em que se celebra incruentamente o mistério da paixão e morte de Cristo na Cruz, celebrou-a o Padre João, nos últimos anos da sua vida terrena, cruentamente, no sacrifício da sua própria doação até ao fim.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Esta entrega heróica nasce de uma virtude, que o Padre João viveu sempre, sobretudo na fase terminal da sua vida, e que quase ninguém pratica. Tem um nome, que poucos conhecem: humildade.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Até sempre, Padre João! A Deus!</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-5336804545006805752022-04-01T19:36:00.007+01:002022-04-01T19:36:58.566+01:002º episódio 'Hospital de Campanha'<p>Foi um prazer receber o vaticanista Octávio Carmo, o primeiro convidado deste Podcast. <br />Espero que gostem deste segundo episódio em que o som foi melhorado, falou-se da reforma da Cúria Romana, a consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria e as relações ecuménicas em tempo de guerra. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7GMBcYNGpPg9Z2ABKnvVCpq3JyodVFikvzNMw3H8sSJBx1RfqJ5YNnDEVSaP63_RdPJN0ew8vedUHQhqIffCqHCYJgn1GPkmA_K4QMktvlviE7qtPEoxvRH3x-nUGVa2vBkHfZDWZuEiefmxDxLONb-nzawZdkEbz3_lAU8sJdiCH5qsL4cB3ZX1U/s2048/IMG_0958.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7GMBcYNGpPg9Z2ABKnvVCpq3JyodVFikvzNMw3H8sSJBx1RfqJ5YNnDEVSaP63_RdPJN0ew8vedUHQhqIffCqHCYJgn1GPkmA_K4QMktvlviE7qtPEoxvRH3x-nUGVa2vBkHfZDWZuEiefmxDxLONb-nzawZdkEbz3_lAU8sJdiCH5qsL4cB3ZX1U/s320/IMG_0958.jpeg" width="320" /></a></div>Já pode ouvir no: <p></p><p><a href="https://open.spotify.com/episode/1ZEUBN1sGMaYUB2CKAeKh0" target="_blank">spotify</a><br /><a href="https://podcasts.apple.com/pt/podcast/epis%C3%B3dio-2/id1614810638?i=1000555815947" target="_blank">apple podcasts</a><br /><a href="https://www.google.com/podcasts?feed=aHR0cHM6Ly93d3cuc3ByZWFrZXIuY29tL3Nob3cvNTQ2NzIzNC9lcGlzb2Rlcy9mZWVk" target="_blank">google podcasts</a></p><p><br /></p><br /><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-88527774756700703632022-03-17T10:31:00.005+00:002022-03-17T10:31:45.785+00:00PODCAST: HOSPITAL DE CAMPANHA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiiAor_TevYdQvSqulTAehCB5rjocdLcQPb-SQsArwEvmJOwRQu8iJjq0SoZMZGd8QQnhJTUHRMRHH3DWNT7vnkczsAUd8970Gq7BPIn1m8O1B_wTKQrDbspUF5KEZzZSbqYb6E6_jEWy1DYl2CKc6TO45yzjZimex9lPPJlcDydAilR6SI0tLzMAlK=s1080" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiiAor_TevYdQvSqulTAehCB5rjocdLcQPb-SQsArwEvmJOwRQu8iJjq0SoZMZGd8QQnhJTUHRMRHH3DWNT7vnkczsAUd8970Gq7BPIn1m8O1B_wTKQrDbspUF5KEZzZSbqYb6E6_jEWy1DYl2CKc6TO45yzjZimex9lPPJlcDydAilR6SI0tLzMAlK=s320" width="320" /></a></div><p></p><p>Pouco depois de ter sido eleito, o Papa Francisco pediu à Igreja para ser um Hospital de Campanha. </p><p><br /></p><p>Neste podcast três católicos procuram olhar para a actualidade social e da Igreja, sempre por esta perspectiva de Hospital de Campanha que se preocupa mais em sarar as feridas da humanidade do que em travar guerras e batalhas de trincheira.</p><p><br /></p><p>OUVIR O PRIMEIRO EPISÓDIO AQUI: <a href="https://open.spotify.com/show/5YcItFbIfIFOi4uw9Grhtt">https://open.spotify.com/show/5YcItFbIfIFOi4uw9Grhtt</a></p><p><br /></p><p><br /></p><p>Inês Dias da Silva é casada, mãe de quatro filhos, especializada em marketing e comunicação e herdeira do Povo, um serviço de mailing e divulgação iniciada pelo seu pai Pedro Aguiar Pinto.</p><p><br /></p><p>Filipe d’Avillez é casado, pai de seis filhos, jornalista freelancer ligado à fundação Ajuda à Igreja que Sofre e especializado em religião e relações internacionais. É o fundador da Actualidade Religiosa, um blog, mailing list e grupo de Facebook de divulgação e discussão de temas religiosos.</p><p><br /></p><p>Duarte Castro é casado, pai de quatro filhos e trabalha na banca. Com a sua mulher Matilde está envolvido em projectos missionários e é autor do livro “Em Timor”, sobre a sua experiência com os Leigos pelo Desenvolvimento naquele país.</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-79864679744137853462020-10-12T10:09:00.004+01:002020-10-12T10:10:52.272+01:004º aniversário da morte de Pedro Aguiar Pinto<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2bHDDbub9wwNpGuereXUcshZZanLnPZ_H9vNGFQgDJYmZgfsO9HVV45eFgmb0YLDQJYMlqUWoq0Z9Jf4OrqcD6zwLIGI-0Pa-0pUReveaneEJ_oZaGfafMKRo-10EFVqgWJ7gujbAD6I/s1067/IMG_0959-3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1067" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2bHDDbub9wwNpGuereXUcshZZanLnPZ_H9vNGFQgDJYmZgfsO9HVV45eFgmb0YLDQJYMlqUWoq0Z9Jf4OrqcD6zwLIGI-0Pa-0pUReveaneEJ_oZaGfafMKRo-10EFVqgWJ7gujbAD6I/s320/IMG_0959-3.JPG" /></a></div><br />Fez ontem, 11 de Outubro, 4 anos da morte do pai, Pedro Aguiar Pinto. <p></p><div class="gmail_attr">Pareceu-me ocasião para reunir em redor da sua memória, o 'POVO', com o pedido de orações pela sua alma e pela nossa família. </div><div class="gmail_attr"><br /></div><div class="gmail_attr">Coincidência (ou talvez não), é hoje o dia em que se celebra o novíssimo beato da Igreja e padroeiro da Internet, <a href="https://rr.sapo.pt/2020/10/10/religiao/carlo-acutis-padroeiro-da-internet-ja-e-beato/noticia/210413/">Carlo Acutis</a>, na data que marca o seu nascimento para o céu em 2006.</div><div class="gmail_attr"><br /></div><div class="gmail_attr">Hoje, como todos os anos, está a caminho de Fátima o povo da peregrinação do movimento comunhão e libertação. Este ano, numa modalidade diferente que pode seguir-se remotamente na página de facebook: <a href="https://www.facebook.com/Um-caminho-que-dura-a-vida-inteira-101013571769597">Um caminho que dura a vida inteira</a>. </div><div class="gmail_attr"><br /></div><div class="gmail_attr">Tento guardar estas 'coincidências', sinais e memórias do pai, como Nossa Senhora, meditando-as no coração. Convido todos os membros deste POVO que tenham memórias e que estejam dispostos a partilhar, que o façam <a href="mailto:inesvmap@gmail.com">aqui</a>.</div><div class="gmail_attr"><br /></div><div class="gmail_attr">Uma boa semana para todos, </div><div class="gmail_attr">Inês Aguiar Pinto Dias da Silva</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-40722201365952789802020-03-15T12:13:00.003+00:002020-03-15T12:14:39.269+00:00Oração comunitária em tempo de Quarentena<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: montserrat, sans-serif; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="box-sizing: border-box;"><span style="box-sizing: border-box;">15.03.2020 </span></span><a href="https://www.patriarcado-lisboa.pt/site/index.php?id=10407" style="letter-spacing: -0.1px;">https://www.patriarcado-lisboa.pt/site/index.php?id=10407</a></span><br />
<div style="font-size: 16px;">
<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem; font-weight: bolder;"><u style="box-sizing: border-box;"><br /></u></span></div>
<div style="font-size: 16px;">
<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem; font-weight: bolder;"><u style="box-sizing: border-box;">MISSA DIÁRIA COM O PAPA FRANCISC</u>O</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
O Papa Francisco celebra diariamente, às 6h00 (hora de Portugal), a Missa na Capela da Casa Santa Marta. É transmitida através do <a href="https://www.patriarcado-lisboa.pt/site/www.youtube.com/vatican" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;"></a><a href="http://www.youtube.com/vatican" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">canal Youtube do Vaticano</a>.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<br style="box-sizing: border-box;" /></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<span style="box-sizing: border-box; font-weight: bolder;"><u style="box-sizing: border-box;">MISSAS NA TELEVISÃO</u></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<span style="box-sizing: border-box; font-weight: bolder;"><em style="box-sizing: border-box;">Dominicais</em></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
10h30 – RTP</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h00 – TVI</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<br style="box-sizing: border-box;" /></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<em style="box-sizing: border-box;"><span style="box-sizing: border-box; font-weight: bolder;">Vespertina (sábado)</span> </em></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
19h00 – TV Canção Nova (NOS/Canal 186, MEO/Canal 182 e <a href="https://www.facebook.com/cnportugal/%20e%20https://cancaonova.pt" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">online</a>) </div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<br style="box-sizing: border-box;" /></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem; font-weight: bolder;"><u style="box-sizing: border-box;">MISSAS ONLINE</u></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<span style="box-sizing: border-box; font-weight: bolder;"><em style="box-sizing: border-box;">De segunda a sexta-feira</em></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
10h55 – Igreja de Santo António | <a href="https://www.pscp.tv/stoantoniolisboa" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a> </div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h00<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Santuário de Fátima | <a href="https://www.fatima.pt/pt/pages/transmissoes-online" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a> | <a href="https://www.youtube.com/watch?v=z8vtDnXvEvY&feature=youtu.be" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">YOUTUBE</a></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h00 – Paróquia da Penha de França | <a href="https://www.facebook.com/Paroquianossasenhorapenhafranca" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
12h00 – Capela do grupo Renascença | (rádio FM: 103.4) | <a href="https://rr.sapo.pt/ouvir-emissao" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a> </div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
12h00 – Comunidade da Casa Provincial SCJ (Dehonianos) | <a href="https://www.facebook.com/dehonianos.pt" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
12h00 – Paróquia do Parque das Nações | <a href="https://www.facebook.com/paroquiadoparquedasnacoes/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
12h00<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Paróquia de São Domingos de Rana (terça a sexta-feira) | <a href="https://www.facebook.com/paroquiassaodomingosderana" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
13h00 – Capelania da Universidade Católica Portuguesa | <a href="https://www.facebook.com/capelania.lisboa" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
16h55 – Igreja de Santo António | <a href="https://www.pscp.tv/stoantoniolisboa" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a> </div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
18h00<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Paróquia da Ericeira | <a href="https://www.facebook.com/scme.ericeira/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
19h00 – Paróquia da Penha de França | <a href="https://www.facebook.com/Paroquianossasenhorapenhafranca" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
19h15 – Paróquia de Benfica (Antecedida de Vésperas) <span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">| </span><a href="https://www.youtube.com/paroquiadebenfica" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; font-size: 1rem; text-decoration-line: none;">YOUTUBE</a><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> |</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><a href="https://www.facebook.com/paroquiabenfica" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; font-size: 1rem; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
19h15<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span>Paróquia da Lourinhã (Antecedida de Vésperas, às 19h00) | <a href="https://www.facebook.com/parlourinha" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
22h00 – Paróquia de São Nicolau | <a href="http://www.facebook.com/paroquiadesaonicolau" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a> </div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
18h30 – Paróquia de São Mamede | <a href="https://www.facebook.com/paroquiasaomamede/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
19h15<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Santuário de Fátima | <a href="https://www.fatima.pt/pt/pages/transmissoes-online" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a> | <a href="https://www.youtube.com/watch?v=z8vtDnXvEvY&feature=youtu.be" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">YOUTUBE</a></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<span style="box-sizing: border-box; font-weight: bolder;"><br style="box-sizing: border-box;" /></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<em style="box-sizing: border-box;"><span style="box-sizing: border-box; font-weight: bolder;">Sábado</span></em></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
10h00 - Paróquia da Lourinhã (Antecedida de Ofício de Leitura e Laudes às 09h30 | <a href="https://www.facebook.com/parlourinha" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h00<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Santuário de Fátima | <a href="https://www.fatima.pt/pt/pages/transmissoes-online" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a> | <a href="https://www.youtube.com/watch?v=z8vtDnXvEvY&feature=youtu.be" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">YOUTUBE</a></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h00 – Paróquia da Penha de França | <a href="https://www.facebook.com/Paroquianossasenhorapenhafranca" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
12h00 – Comunidade da Casa Provincial SCJ (Dehonianos) | <a href="https://www.facebook.com/dehonianos.pt" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
12h00 – Paróquia do Parque das Nações | <a href="https://www.facebook.com/paroquiadoparquedasnacoes/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
13h00 – Capelania da Universidade Católica Portuguesa | <a href="https://www.facebook.com/capelania.lisboa" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
16h55 – Igreja de Santo António | <a href="https://www.pscp.tv/stoantoniolisboa" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a> </div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
17h00 – Capela do Hospital de Santa Marta | <a href="https://aquelequehabitaosceussorri.blog/transmissao" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;"></a><a href="https://aquelequehabitaosceussorri.blog/transmissao" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
18h00<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Paróquia da Ericeira | <a href="https://www.facebook.com/scme.ericeira/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
18h30 – Paróquia de São Mamede | <a href="https://www.facebook.com/paroquiasaomamede/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
19h00<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Paróquia de São Domingos de Rana | <a href="https://www.facebook.com/paroquiassaodomingosderana" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
19h00 – Paróquia de Benfica <span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">| </span><a href="https://www.youtube.com/paroquiadebenfica" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; font-size: 1rem; text-decoration-line: none;">YOUTUBE</a><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> |</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><a href="https://www.facebook.com/paroquiabenfica" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; font-size: 1rem; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
19h00 – Paróquia de Nova Oeiras | <a href="https://www.facebook.com/UPastoral/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
19h00 – Paróquia da Penha de França | <a href="https://www.facebook.com/Paroquianossasenhorapenhafranca" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
19h15<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Santuário de Fátima | <a href="https://www.fatima.pt/pt/pages/transmissoes-online" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a> | <a href="https://www.youtube.com/watch?v=z8vtDnXvEvY&feature=youtu.be" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">YOUTUBE</a></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
22h00 – Paróquia de São Nicolau | <a href="http://www.facebook.com/paroquiadesaonicolau" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a> </div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<br style="box-sizing: border-box;" /></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<span style="box-sizing: border-box; font-weight: bolder;"><em style="box-sizing: border-box;">Domingo</em></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
8h00 – Antena 1 | (rádio FM: 95.7) | <a href="http://www.rtp.pt/antena1/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a> </div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h00 – Paróquia de Óbidos (São Pedro) | <a href="https://www.facebook.com/ObidosAdosNegrosGaeiras" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a> </div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h00 – Paróquia da Penha de França | <a href="https://www.facebook.com/Paroquianossasenhorapenhafranca" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h00 – Paróquia de São Domingos de Benfica | <a href="https://www.youtube.com/channel/UCmBdcwrNHRTE0-P2n6LgPzA/live" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">YOUTUBE</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h00 – Renascença | <span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">(rádio FM: 103.4) |</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><a href="https://rr.sapo.pt/ouvir-emissao" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; font-size: 1rem; text-decoration-line: none;">SITE</a><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h00 – Paróquia de Santo Eugénio | <a href="https://www.facebook.com/paroquia.santo.eugenio" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a> </div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h00<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Santuário de Fátima | <a href="https://www.fatima.pt/pt/pages/transmissoes-online" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a> | <a href="https://www.youtube.com/watch?v=z8vtDnXvEvY&feature=youtu.be" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">YOUTUBE</a></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h15 <span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Paróquia de Tires | <a href="https://www.facebook.com/Igreja-Paroquial-de-Nossa-Senhora-da-Gra%C3%A7a-de-Tires-275382969846152/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h30 – Paróquia de Atouguia da Baleia | <a href="https://www.facebook.com/paroquiadesaoleonardo/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;"></a><a href="https://www.facebook.com/paroquiadesaoleonardo/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h30<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span>Paróquia da Lourinhã (Antecedida de Ofício de Leitura e Laudes às 11h00 | <a href="https://www.facebook.com/parlourinha" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h30 – Capela do Rato | <a href="https://www.capeladorato.org/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h30 – Paróquia da Ramada | </div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h30 – Paróquia da Abóboda | <a href="https://www.facebook.com/paroquia.aboboda/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
11h30<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Paróquia de São Domingos de Rana | <a href="https://www.facebook.com/paroquiassaodomingosderana" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
12h00<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Paróquia da Ericeira | <a href="https://www.facebook.com/scme.ericeira/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
12h00 – Mosteiro dos Jerónimos | <a href="https://www.facebook.com/pejosemanuel.ferreira" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
12h00 – Comunidade da Casa Provincial SCJ (Dehonianos) | <a href="https://www.facebook.com/dehonianos.pt" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
12h00 – Paróquia do Parque das Nações | <a href="https://www.facebook.com/paroquiadoparquedasnacoes/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
12h00 – Paróquia de Odivelas | <a href="https://www.facebook.com/paroquia.odivelas/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
12h00 – Convento de Santo António do Varatojo | <a href="https://www.facebook.com/RTVON" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
13h00 – Capelania da Universidade Católica Portuguesa | <a href="https://www.facebook.com/capelania.lisboa" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
16h55 – Igreja de Santo António | <a href="https://www.pscp.tv/stoantoniolisboa" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a> </div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
17h00 – Hospital CUF Descobertas | <a href="https://www.facebook.com/eirapazealegria" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
18h00 – Paróquia de Benfica <span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">| </span><a href="https://www.youtube.com/paroquiadebenfica" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; font-size: 1rem; text-decoration-line: none;">YOUTUBE</a><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> |</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><a href="https://www.facebook.com/paroquiabenfica" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; font-size: 1rem; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
18h30 – Paróquia de São Mamede | <a href="https://www.facebook.com/paroquiasaomamede/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
19h00 – Paróquia da Penha de França | <a href="https://www.facebook.com/Paroquianossasenhorapenhafranca" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
19h15<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Santuário de Fátima | <a href="https://www.fatima.pt/pt/pages/transmissoes-online" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a> | <a href="https://www.youtube.com/watch?v=z8vtDnXvEvY&feature=youtu.be" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">YOUTUBE</a></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
19h15<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span>Paróquia da Lourinhã (Antecedida de Vésperas, às 19h00) | <a href="https://www.facebook.com/parlourinha" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
22h00 – Paróquia de São Nicolau | <a href="http://www.facebook.com/paroquiadesaonicolau" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a> </div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<br style="box-sizing: border-box;" /></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem; font-weight: bolder;"><u style="box-sizing: border-box;">TERÇO (diariamente)</u></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
18h30 – Renascença <span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">(rádio FM: 103.4) |</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><a href="https://rr.sapo.pt/ouvir-emissao" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; font-size: 1rem; text-decoration-line: none;">SITE</a><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span> </div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
18h30 – TV Canção Nova (TV: NOS/Canal 186, MEO/Canal 182) | <a href="https://www.facebook.com/cnportugal/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a> | <a href="https://cancaonova.pt/" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
18h30<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Santuário de Fátima | <a href="https://www.fatima.pt/pt/pages/transmissoes-online" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a> | <a href="https://www.youtube.com/watch?v=z8vtDnXvEvY&feature=youtu.be" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">YOUTUBE</a> (e transmitido na TV Canção Nova)</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
21h30<span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> </span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;">–</span><span style="box-sizing: border-box; font-size: 1rem;"> Santuário de Fátima | <a href="https://www.fatima.pt/pt/pages/transmissoes-online" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">SITE</a> | <a href="https://www.youtube.com/watch?v=z8vtDnXvEvY&feature=youtu.be" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">YOUTUBE</a> (e transmitido na TV Canção Nova)</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #50586b; font-family: Montserrat, sans-serif; font-size: 16px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 1rem;">
22h00 – Paróquia de Benfica | <a href="https://www.youtube.com/paroquiadebenfica" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; font-size: 1rem; text-decoration-line: none;">YOUTUBE</a> | <a href="https://www.facebook.com/paroquiabenfica" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #e72d2e; text-decoration-line: none;">FACEBOOK</a></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-81252576038574898312020-03-12T18:05:00.000+00:002020-03-15T12:14:01.331+00:00Uma companhia criativa<div style="text-align: justify;">
Surpreendida, como estarão todos, pela rápida evolução do plano de contingência, vejo-me a voltar ao <b><u>www.o-povo.blogspot.com</u></b> comovida pela companhia criativa que o meu pai fez a tanta gente durante tanto tempo e que sobreviveria a epidemias como esta. Por ser uma companhia despida de encontros sociais, convívios e dos preconceitos que estão inevitavelmente presentes nesses âmbitos, foi uma companhia voltada ao essencial do que são as nossas relações humanas e a nossa relação com Deus. Esse foi certamente o segredo do sucesso d' O POVO, o facto de ser online e não depender de poderes de mobilização, de números de clicks e views apesar de o facto de serem muitos ajudar a motivar que tem o trabalho diário da manutenção de um blog. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Neste último ano, houve muitos acontecimentos que me chamaram ao silencio e algum recolhimento. No futuro haverá certamente outros, por isso a regularidade do POVO está longe de garantida. Mas é preciso uma epidemia que nos afasta, para voltar a querer a companhia deste sítio. Por isso envio-vos esta mensagem de casa, onde estou de quarentena com 3 crianças saudáveis e 1 que tem muitas doenças, (excepto coronavírus, se Deus assim quiser). Resta dizer que as crianças saudáveis são as mais desafiantes. São aquelas a quem mais falta o espaço, o convívio, a diversão, a manutenção dos planos de férias da Páscoa. Esta é uma situação inédita, que mais uma vez me convida a ser mais como o meu filho doente. Já há muito que intuía que da sua vida podia tirar grandes lições, e esta é só mais uma. Ele não está em pânico, não se aflige com a incerteza e não antecipa o futuro. Podem pensar que é por ignorância, estarão certos em parte. Mas é uma boa ignorância, a dos dados adquiridos que julgamos possuir mas que se podem alterar a qualquer momento. A sabedoria que é a do meu filho é saber que está em casa, com a mãe, o pai e os irmãos. E enquanto assim estiver, não precisa de mais nada. Porque é que isto não nos basta a todos? Com esta pergunta, vive-se melhor a Quaresma e a Quarentena. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-48192060368902002542019-12-17T11:14:00.001+00:002019-12-17T11:14:18.281+00:00A Magia do Natal<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: xx-small;">P. GONÇALO PORTOCARRERO DE ALMADA VOZ DA VERDADE 15.12.2019</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggIc8nc0P2kwT3PuH3B951lJilWrpq2HfCZRrRut55WbFH7QKXM0GIbpkouoKI0J4O-xJJjhxek3GlSpyW8Q5xC2rb3yntUJbNFGG53N9pHqcaFL4Ja_I_NglA3hGFhHpVmNuhuYTwwzQ/s1600/colunista_pgpalmada_467-200x200.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggIc8nc0P2kwT3PuH3B951lJilWrpq2HfCZRrRut55WbFH7QKXM0GIbpkouoKI0J4O-xJJjhxek3GlSpyW8Q5xC2rb3yntUJbNFGG53N9pHqcaFL4Ja_I_NglA3hGFhHpVmNuhuYTwwzQ/s200/colunista_pgpalmada_467-200x200.png" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não há publicidade natalícia que não fale de ‘magia’. A palavra não tem nada de ofensivo, mas tende a transportar o nascimento de Cristo para um reino lendário, que é o cenário mitológico das coisas ‘mágicas’.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Do mesmo modo como os contos infantis estão cheios de princesas boazinhas e bruxas más, feitiços e amores impossíveis, maçãs envenenadas e varinhas mágicas, belas adormecidas e galãs cavaleiros, dragões fantasmagóricos e duendes saltitões, assim também o nascimento de Jesus mais não seria de que uma lenda piedosamente alimentada pelos cristãos, mas sem qualquer relação com a realidade histórica.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É verdade que a imaginação popular acrescentou algumas personagens ao relato bíblico do nascimento de Jesus de Nazaré. Imaginou a presença, por certo muito razoável, da vaca e do burro: a primeira, como inquilina habitual daquele estábulo; e o jumento, como provável meio de transporte utilizado por Maria e José, na sua longa viagem de Nazaré da Galileia até Belém de Judá. Foi também a fé do povo que fixou em três o número dos magos e lhes deu nomes próprios – Gaspar, Baltazar e Melchior – aos quais atribuiu a dignidade real, quando o relato bíblico se limita a registar a sua presença plural e os seus três dons, sem especificar o seu número, nem lhes atribuir a condição real. A tradição cristã também preencheu uma outra lacuna dos relatos evangélicos, supondo a data do nascimento de Cristo no dia 25 de Dezembro, muito embora não haja, nas Sagradas Escrituras, nenhum indício que permita sustentar a veracidade desta hipótese, afinal tão verosímil como outra qualquer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que não se saiba tudo acerca do nascimento de Cristo, não quer dizer que nada se saiba sobre um acontecimento de tanta transcendência para a história mundial e, em particular, para o Cristianismo. Com efeito, sabe-se que Jesus, filho de Maria, casada com José, habitantes de Nazaré, nasceu em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes. Sabe-se igualmente que foi homenageado pelos pastores, que acampavam nas redondezas, e por uns magos, vindos do Oriente, que possivelmente eram sacerdotes-astrólogos, talvez persas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sabe-se também que, antes do nascimento de Cristo, não houve nenhuma ‘magia’. Houve, é certo, alguns acontecimentos sobrenaturais, mas não mágicos: Maria, sendo virgem e não conhecendo varão, concebeu virginalmente a Jesus, que é o Filho unigénito de Deus. Muito embora a concepção tenha sido absolutamente extraordinária, a gestação decorreu com naturalidade e por isso, a Igreja celebra o nascimento de Cristo nove meses depois da sua concepção. Também foi extraordinária a forma como Isabel, mãe de João Baptista, se apercebeu, por inspiração do seu filho ainda não-nascido, não apenas da gravidez, na altura ainda imperceptível, de Nossa Senhora, mas também de que o seu filho era o Senhor, ou seja, o tão esperado Messias de Israel.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nenhuma ‘magia’ houve também na iminência do nascimento de Cristo. Não conseguiram, por nenhuma palavra mágica, como um qualquer ‘abracadabra’, abrir as portas das casas de Belém, nem da estalagem local, que se lhes fecharam, com brutal insensibilidade ante o estado de Maria. Também não vão ter a nenhuma gruta encantada, nem são transportados por anjos, ou quaisquer outros seres lendários, no seu penoso caminho para o exílio, no Egipto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não, no Natal não há nenhuma ‘magia’, na beleza encantadora desta cena histórica, que o Papa Francisco, em belíssimo texto, nos convida a contemplar. Não há dragões que cospem fogo, nem fadas madrinhas que convertem abóboras em carruagens reais. Não há tamancos convertidos em sapatos de gala para bailes no palácio real. Não há animais alados que transportam heróis nas suas asas. Não há palavras, poções ou varinhas mágicas que, num instante, convertem as dificuldades em ruidosas festas e bailes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há apenas Deus, no seu propósito de a todos salvar, e um jovem casal apaixonado, com o seu filho recém-nascido. Há a indiferença dos habitantes de Belém, desde os parentes e amigos de José, até aos estalajadeiros. Há o silêncio e o frio da noite estrelada. Há o alegre trotar de um burrinho cansado, montado por Maria e levado, pela arreata, por José. Há dificuldades e perseguições, há temores e preocupações, esperas e desatenções, mas nunca falta o auxílio da providência divina, nem a alegria e o amor de Nossa Senhora e do Santo Patriarca.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
‘Magia’ do Natal? Nenhuma, decerto. Mas quanta graça de Deus e quanto amor humano no mistério do nascimento de Jesus, filho de Maria, esposa de José!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Santo Natal!</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-5270024690721904812019-12-17T11:10:00.002+00:002019-12-17T11:16:22.720+00:00Carta Apostólica sobre o Significado e Valor do Presépio<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 0px; text-align: center;">
CARTA APOSTÓLICA<br />
<i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-weight: bolder;">ADMIRABILE SIGNUM</span><b><br /></b></i>DO SANTO PADRE FRANCISCO<br />
SOBRE O SIGNIFICADO E VALOR DO PRESÉPIO</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1UXK64bG2DuoFj29tiNOfaq97rEV6Q7r3qnJGuMiVpzsTPjJiCAicMmVUmJAFyoQmuHh_bhtOrFj65IOBHGAFjQdJNKkO20T3FOGxoOL_281srmCTJ_jGU4d7kxCi6pMayiBb5GE59KA/s1600/presepio-campestre-belem-completo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1UXK64bG2DuoFj29tiNOfaq97rEV6Q7r3qnJGuMiVpzsTPjJiCAicMmVUmJAFyoQmuHh_bhtOrFj65IOBHGAFjQdJNKkO20T3FOGxoOL_281srmCTJ_jGU4d7kxCi6pMayiBb5GE59KA/s320/presepio-campestre-belem-completo.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
1. O SINAL ADMIRÁVEL do Presépio, muito amado pelo povo cristão, não cessa de suscitar maravilha e enlevo. Representar o acontecimento da natividade de Jesus equivale a anunciar, com simplicidade e alegria, o mistério da encarnação do Filho de Deus. De facto, o Presépio é como um Evangelho vivo que transvaza das páginas da Sagrada Escritura. Ao mesmo tempo que contemplamos a representação do Natal, somos convidados a colocar-nos espiritualmente a caminho, atraídos pela humildade d’Aquele que Se fez homem a fim de Se encontrar com todo o homem, e a descobrirmos que nos ama tanto, que Se uniu a nós para podermos, também nós, unir-nos a Ele.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
Com esta Carta, quero apoiar a tradição bonita das nossas famílias prepararem o Presépio, nos dias que antecedem o Natal, e também o costume de o armarem nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos estabelecimentos prisionais, nas praças… Trata-se verdadeiramente dum exercício de imaginação criativa, que recorre aos mais variados materiais para produzir, em miniatura, obras-primas de beleza. Aprende-se em criança, quando o pai e a mãe, juntamente com os avós, transmitem este gracioso costume, que encerra uma rica espiritualidade popular. Almejo que esta prática nunca desapareça; mais, espero que a mesma, onde porventura tenha caído em desuso, se possa redescobrir e revitalizar.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
2. A origem do Presépio fica-se a dever, antes de mais nada, a alguns pormenores do nascimento de Jesus em Belém, referidos no Evangelho. O evangelista Lucas limita-se a dizer que, tendo-se completado os dias de Maria dar à luz, «teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria» (2, 7). Jesus é colocado numa manjedoura, que, em latim, se diz <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">praesepium</i>, donde vem a nossa palavra <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">presépio</i>.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
Ao entrar neste mundo, o Filho de Deus encontra lugar onde os animais vão comer. A palha torna-se a primeira enxerga para Aquele que Se há de revelar como «o pão vivo, o que desceu do céu» (<i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Jo</i> 6, 51). Uma simbologia, que já Santo Agostinho, a par doutros Padres da Igreja, tinha entrevisto quando escreveu: «Deitado numa manjedoura, torna-Se nosso alimento».[1] Na realidade, o Presépio inclui vários mistérios da vida de Jesus, fazendo-os aparecer familiares à nossa vida diária.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
Passemos agora à origem do Presépio, tal como nós o entendemos. A mente leva-nos a Gréccio, na Valada de Rieti; aqui se deteve São Francisco, provavelmente quando vinha de Roma onde recebera, do Papa Honório III, a aprovação da sua Regra em 29 de novembro de 1223. Aquelas grutas, depois da sua viagem à Terra Santa, faziam-lhe lembrar de modo particular a paisagem de Belém. E é possível que, em Roma, o «Poverello» de Assis tenha ficado encantado com os mosaicos, na Basílica de Santa Maria Maior, que representam a natividade de Jesus e se encontram perto do lugar onde, segundo uma antiga tradição, se conservam precisamente as tábuas da manjedoura.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
As <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Fontes Franciscanas</i> narram, de forma detalhada, o que aconteceu em Gréccio. Quinze dias antes do Natal, Francisco chamou João, um homem daquela terra, para lhe pedir que o ajudasse a concretizar um desejo: «Quero representar o Menino nascido em Belém, para de algum modo ver com os olhos do corpo os incómodos que Ele padeceu pela falta das coisas necessárias a um recém-nascido, tendo sido reclinado na palha duma manjedoura, entre o boi e o burro».[2] Mal acabara de o ouvir, o fiel amigo foi preparar, no lugar designado, tudo o que era necessário segundo o desejo do Santo. No dia 25 de dezembro, chegaram a Gréccio muitos frades, vindos de vários lados, e também homens e mulheres das casas da região, trazendo flores e tochas para iluminar aquela noite santa. Francisco, ao chegar, encontrou a manjedoura com palha, o boi e o burro. À vista da representação do Natal, as pessoas lá reunidas manifestaram uma alegria indescritível, como nunca tinham sentido antes. Depois o sacerdote celebrou solenemente a Eucaristia sobre a manjedoura, mostrando também deste modo a ligação que existe entre a Encarnação do Filho de Deus e a Eucaristia. Em Gréccio, naquela ocasião, não havia figuras: o Presépio foi formado e vivido pelos que estavam presentes.<span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; font-size: 12px; line-height: 0; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; top: -0.5em; vertical-align: baseline;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; font-size: 9px; line-height: 0; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; top: -0.5em; vertical-align: baseline;">[3]</span></span></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
Assim nasce a nossa tradição: todos à volta da gruta e repletos de alegria, sem qualquer distância entre o acontecimento que se realiza e as pessoas que participam no mistério.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
O primeiro biógrafo de São Francisco, Tomás de Celano, lembra que naquela noite, à simples e comovente representação se veio juntar o dom duma visão maravilhosa: um dos presentes viu que jazia na manjedoura o próprio Menino Jesus. Daquele Presépio do Natal de 1223, «todos voltaram para suas casas cheios de inefável alegria»<span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; font-size: 12px; line-height: 0; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; top: -0.5em; vertical-align: baseline;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; font-size: 9px; line-height: 0; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; top: -0.5em; vertical-align: baseline;">[4]</span></span>.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
3. Com a simplicidade daquele sinal, São Francisco realizou uma grande obra de evangelização. O seu ensinamento penetrou no coração dos cristãos, permanecendo até aos nossos dias como uma forma genuína de repropor, com simplicidade, a beleza da nossa fé. Aliás, o próprio lugar onde se realizou o primeiro Presépio sugere e suscita estes sentimentos. Gréccio torna-se um refúgio para a alma que se esconde na rocha, deixando-se envolver pelo silêncio.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
Por que motivo suscita o Presépio tanto enlevo e nos comove? Antes de mais nada, porque manifesta a ternura de Deus. Ele, o Criador do universo, abaixa-Se até à nossa pequenez. O dom da vida, sempre misterioso para nós, fascina-nos ainda mais ao vermos que Aquele que nasceu de Maria é a fonte e o sustento de toda a vida. Em Jesus, o Pai deu-nos um irmão, que vem procurar-nos quando estamos desorientados e perdemos o rumo, e um amigo fiel, que está sempre ao nosso lado; deu-nos o seu Filho, que nos perdoa e levanta do pecado.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
Armar o Presépio em nossas casas ajuda-nos a reviver a história sucedida em Belém. Naturalmente os Evangelhos continuam a ser a fonte, que nos permite conhecer e meditar aquele Acontecimento; mas, a sua representação no Presépio ajuda a imaginar as várias cenas, estimula os afetos, convida a sentir-nos envolvidos na história da salvação, contemporâneos daquele evento que se torna vivo e atual nos mais variados contextos históricos e culturais.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
De modo particular, desde a sua origem franciscana, o Presépio é um convite a «sentir», a «tocar» a pobreza que escolheu, para Si mesmo, o Filho de Deus na sua encarnação, tornando-se assim, implicitamente, um apelo para O seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento, que parte da manjedoura de Belém e leva até à Cruz, e um apelo ainda a encontrá-Lo e servi-Lo, com misericórdia, nos irmãos e irmãs mais necessitados (cf. <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Mt</i> 25, 31-46).</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
4. Gostava agora de repassar os vários sinais do Presépio para apreendermos o significado que encerram. Em primeiro lugar, representamos o céu estrelado na escuridão e no silêncio da noite. Fazemo-lo não apenas para ser fiéis às narrações do Evangelho, mas também pelo significado que possui. Pensemos nas vezes sem conta que a noite envolve a nossa vida. Pois bem, mesmo em tais momentos, Deus não nos deixa sozinhos, mas faz-Se presente para dar resposta às questões decisivas sobre o sentido da nossa existência: Quem sou eu? Donde venho? Por que nasci neste tempo? Por que amo? Por que sofro? Por que hei de morrer? Foi para dar uma resposta a estas questões que Deus Se fez homem. A sua proximidade traz luz onde há escuridão, e ilumina a quantos atravessam as trevas do sofrimento (cf. <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Lc</i> 1, 79).</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
Merecem também uma referência as paisagens que fazem parte do Presépio; muitas vezes aparecem representadas as ruínas de casas e palácios antigos que, nalguns casos, substituem a gruta de Belém tornando-se a habitação da Sagrada Família. Parece que estas ruínas se inspiram na <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Legenda Áurea</i>, do dominicano Jacopo de Varazze (século XIII), onde se refere a crença pagã segundo a qual o templo da Paz, em Roma, iria desabar quando desse à luz uma Virgem. Aquelas ruínas são sinal visível sobretudo da humanidade decaída, de tudo aquilo que cai em ruína, que se corrompe e definha. Este cenário diz que Jesus é a novidade no meio dum mundo velho, e veio para curar e reconstruir, para reconduzir a nossa vida e o mundo ao seu esplendor originário.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
5. Uma grande emoção se deveria apoderar de nós, ao colocarmos no Presépio as montanhas, os riachos, as ovelhas e os pastores! Pois assim lembramos, como preanunciaram os profetas, que toda a criação participa na festa da vinda do Messias. Os anjos e a estrela-cometa são o sinal de que também nós somos chamados a pôr-nos a caminho para ir até à gruta adorar o Senhor.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
«Vamos a Belém ver o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer» (<i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Lc</i> 2, 15): assim falam os pastores, depois do anúncio que os anjos lhes fizeram. É um ensinamento muito belo, que nos é dado na simplicidade da descrição. Ao contrário de tanta gente ocupada a fazer muitas outras coisas, os pastores tornam-se as primeiras testemunhas do essencial, isto é, da salvação que nos é oferecida. São os mais humildes e os mais pobres que sabem acolher o acontecimento da Encarnação. A Deus, que vem ao nosso encontro no Menino Jesus, os pastores respondem, pondo-se a caminho rumo a Ele, para um encontro de amor e de grata admiração. É precisamente este encontro entre Deus e os seus filhos, graças a Jesus, que dá vida à nossa religião e constitui a sua beleza singular, que transparece de modo particular no Presépio.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
6. Nos nossos Presépios, costumamos colocar muitas figuras simbólicas. Em primeiro lugar, as de mendigos e pessoas que não conhecem outra abundância a não ser a do coração. Também estas figuras estão próximas do Menino Jesus de pleno direito, sem que ninguém possa expulsá-las ou afastá-las dum berço de tal modo improvisado que os pobres, ao seu redor, não destoam absolutamente. Antes, os pobres são os privilegiados deste mistério e, muitas vezes, aqueles que melhor conseguem reconhecer a presença de Deus no meio de nós.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
No Presépio, os pobres e os simples lembram-nos que Deus Se faz homem para aqueles que mais sentem a necessidade do seu amor e pedem a sua proximidade. Jesus, «manso e humilde de coração» (<i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Mt</i> 11, 29), nasceu pobre, levou uma vida simples, para nos ensinar a identificar e a viver do essencial. Do Presépio surge, clara, a mensagem de que não podemos deixar-nos iludir pela riqueza e por tantas propostas efémeras de felicidade. Como pano de fundo, aparece o palácio de Herodes, fechado, surdo ao jubiloso anúncio. Nascendo no Presépio, o próprio Deus dá início à única verdadeira revolução que dá esperança e dignidade aos deserdados, aos marginalizados: a revolução do amor, a revolução da ternura. Do Presépio, com meiga força, Jesus proclama o apelo à partilha com os últimos como estrada para um mundo mais humano e fraterno, onde ninguém seja excluído e marginalizado.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
Muitas vezes, as crianças (mas os adultos também!) gostam de acrescentar, no Presépio, outras figuras que parecem não ter qualquer relação com as narrações do Evangelho. Contudo esta imaginação pretende expressar que, neste mundo novo inaugurado por Jesus, há espaço para tudo o que é humano e para toda a criatura. Do pastor ao ferreiro, do padeiro aos músicos, das mulheres com a bilha de água ao ombro às crianças que brincam… tudo isso representa a santidade do dia a dia, a alegria de realizar de modo extraordinário as coisas de todos os dias, quando Jesus partilha connosco a sua vida divina.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
7. A pouco e pouco, o Presépio leva-nos à gruta, onde encontramos as figuras de Maria e de José. Maria é uma mãe que contempla o seu Menino e O mostra a quantos vêm visitá-Lo. A sua figura faz pensar no grande mistério que envolveu esta jovem, quando Deus bateu à porta do seu coração imaculado. Ao anúncio do anjo que Lhe pedia para Se tornar a mãe de Deus, Maria responde com obediência plena e total. As suas palavras – «eis a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra» (<i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Lc</i> 1, 38) – são, para todos nós, o testemunho do modo como abandonar-se, na fé, à vontade de Deus. Com aquele «sim», Maria tornava-Se mãe do Filho de Deus, sem perder – antes, graças a Ele, consagrando – a sua virgindade. N’Ela, vemos a Mãe de Deus que não guarda o seu Filho só para Si mesma, mas pede a todos que obedeçam à palavra d’Ele e a ponham em prática (cf. <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Jo</i> 2, 5).</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
Ao lado de Maria, em atitude de quem protege o Menino e sua mãe, está São José. Geralmente, é representado com o bordão na mão e, por vezes, também segurando um lampião. São José desempenha um papel muito importante na vida de Jesus e Maria. É o guardião que nunca se cansa de proteger a sua família. Quando Deus o avisar da ameaça de Herodes, não hesitará a pôr-se em viagem emigrando para o Egito (cf. <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Mt</i> 2, 13-15). E depois, passado o perigo, reconduzirá a família para Nazaré, onde será o primeiro educador de Jesus, na sua infância e adolescência. José trazia no coração o grande mistério que envolvia Maria, sua esposa, e Jesus; homem justo que era, sempre se entregou à vontade de Deus e pô-la em prática.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
8. O coração do Presépio começa a palpitar, quando colocamos lá, no Natal, a figura do Menino Jesus. Assim Se nos apresenta Deus, num menino, para fazer-Se acolher nos nossos braços. Naquela fraqueza e fragilidade, esconde o seu poder que tudo cria e transforma. Parece impossível, mas é assim: em Jesus, Deus foi criança e, nesta condição, quis revelar a grandeza do seu amor, que se manifesta num sorriso e nas suas mãos estendidas para quem quer que seja.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
O nascimento duma criança suscita alegria e encanto, porque nos coloca perante o grande mistério da vida. Quando vemos brilhar os olhos dos jovens esposos diante do seu filho recém-nascido, compreendemos os sentimentos de Maria e José que, olhando o Menino Jesus, entreviam a presença de Deus na sua vida.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
«De facto, a vida manifestou-se» (<i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">1 Jo</i> 1, 2): assim o apóstolo João resume o mistério da Encarnação. O Presépio faz-nos ver, faz-nos tocar este acontecimento único e extraordinário que mudou o curso da história e a partir do qual também se contam os anos, antes e depois do nascimento de Cristo.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
O modo de agir de Deus quase cria vertigens, pois parece impossível que Ele renuncie à sua glória para Se fazer homem como nós. Que surpresa ver Deus adotar os nossos próprios comportamentos: dorme, mama ao peito da mãe, chora e brinca, como todas as crianças. Como sempre, Deus gera perplexidade, é imprevisível, aparece continuamente fora dos nossos esquemas. Assim o Presépio, ao mesmo tempo que nos mostra Deus tal como entrou no mundo, desafia-nos a imaginar a nossa vida inserida na de Deus; convida a tornar-nos seus discípulos, se quisermos alcançar o sentido último da vida.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
9. Quando se aproxima a festa da Epifania, colocam-se no Presépio as três figuras dos Reis Magos. Tendo observado a estrela, aqueles sábios e ricos senhores do Oriente puseram-se a caminho rumo a Belém para conhecer Jesus e oferecer-Lhe de presente ouro, incenso e mirra. Estes presentes têm também um significado alegórico: o ouro honra a realeza de Jesus; o incenso, a sua divindade; a mirra, a sua humanidade sagrada que experimentará a morte e a sepultura.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
Ao fixarmos esta cena no Presépio, somos chamados a refletir sobre a responsabilidade que cada cristão tem de ser evangelizador. Cada um de nós torna-se portador da Boa-Nova para as pessoas que encontra, testemunhando a alegria de ter conhecido Jesus e o seu amor; e fá-lo com ações concretas de misericórdia.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
Os Magos ensinam que se pode partir de muito longe para chegar a Cristo: são homens ricos, estrangeiros sábios, sedentos de infinito, que saem para uma viagem longa e perigosa e que os leva até Belém (cf. <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Mt</i> 2, 1-12). À vista do Menino Rei, invade-os uma grande alegria. Não se deixam escandalizar pela pobreza do ambiente; não hesitam em pôr-se de joelhos e adorá-Lo. Diante d’Ele compreendem que Deus, tal como regula com soberana sabedoria o curso dos astros, assim também guia o curso da história, derrubando os poderosos e exaltando os humildes. E de certeza, quando regressaram ao seu país, falaram deste encontro surpreendente com o Messias, inaugurando a viagem do Evangelho entre os gentios.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
10. Diante do Presépio, a mente corre de bom grado aos tempos em que se era criança e se esperava, com impaciência, o tempo para começar a construí-lo. Estas recordações induzem-nos a tomar consciência sempre de novo do grande dom que nos foi feito, transmitindo-nos a fé; e ao mesmo tempo, fazem-nos sentir o dever e a alegria de comunicar a mesma experiência aos filhos e netos. Não é importante a forma como se arma o Presépio; pode ser sempre igual ou modificá-la cada ano. O que conta, é que fale à nossa vida. Por todo o lado e na forma que for, o Presépio narra o amor de Deus, o Deus que Se fez menino para nos dizer quão próximo está de cada ser humano, independentemente da condição em que este se encontre.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
Queridos irmãos e irmãs, o Presépio faz parte do suave e exigente processo de transmissão da fé. A partir da infância e, depois, em cada idade da vida, educa-nos para contemplar Jesus, sentir o amor de Deus por nós, sentir e acreditar que Deus está connosco e nós estamos com Ele, todos filhos e irmãos graças àquele Menino Filho de Deus e da Virgem Maria. E educa para sentir que nisto está a felicidade. Na escola de São Francisco, abramos o coração a esta graça simples, deixemos que do encanto nasça uma prece humilde: o nosso «obrigado» a Deus, que tudo quis partilhar connosco para nunca nos deixar sozinhos.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
Dado em Gréccio, no Santuário do Presépio, a 1 de dezembro de 2019, sétimo do meu pontificado.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
[<i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Franciscus</i>]</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; padding: 30px 0px 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
[1] Santo Agostinho, <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Sermão</i> 189, 4.</blockquote>
<blockquote style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
[2] <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Fontes Franciscanas</i>, 468.</blockquote>
<blockquote style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; font-size: 12px; line-height: 0; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; top: -0.5em; vertical-align: baseline;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; font-size: 9px; line-height: 0; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; top: -0.5em; vertical-align: baseline;">[3]</span></span> Cf. Tomás de Celano, <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Vita Prima</i>, 85: <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Fontes Franciscanas</i>, 469.</blockquote>
<blockquote style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: "Museo Sans Cyrl", Verdana, sans-serif; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; font-size: 12px; line-height: 0; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; top: -0.5em; vertical-align: baseline;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; font-size: 9px; line-height: 0; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; top: -0.5em; vertical-align: baseline;">[4]</span></span> <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">Ibid.</i>, 86: <i style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">o. c.</i>, 470.</blockquote>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-89673829497724523992019-12-17T11:06:00.002+00:002019-12-17T11:06:40.964+00:00Uma oportunidade “para falar de Jesus”<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">VOZ DA VERDADE 15.12.2019</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBvx-YSHyphtMCa0NBvvkx3HpKhZcU4Qo8rlp5Yo767NkSwAsH-DlUT-xRk7Omx9XCLoSHRvKfLV3JwPRoLJPzNevgBIqB71mMFuGVLG3fiBArWGw95POtijYNUnP2RAmkSykv9Tw9SCI/s1600/500_151218_38.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBvx-YSHyphtMCa0NBvvkx3HpKhZcU4Qo8rlp5Yo767NkSwAsH-DlUT-xRk7Omx9XCLoSHRvKfLV3JwPRoLJPzNevgBIqB71mMFuGVLG3fiBArWGw95POtijYNUnP2RAmkSykv9Tw9SCI/s640/500_151218_38.jpg" width="640" /></a></div>
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A comemorar a 20.ª edição, o Presépio na Cidade mantém o objetivo inicial: “Falar de Jesus, da Igreja, deste Deus que é um Deus de todos os tempos e que faz história connosco”. Ao Jornal VOZ DA VERDADE, a responsável do projeto, Sofia Nobre Guedes, lembra algumas das histórias que, devido a esta presença na cidade de Lisboa, mudaram vidas. “É a humanidade que vai passando por aqui”.</div>
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Podemos estar a falar no T0 mais valioso da cidade. Fica no Chiado, em pleno coração de Lisboa, e é “uma casa” com 9m2, onde cabem todos. “É a humanidade que vai passando por aqui”, descreve Sofia Nobre Guedes, fundadora e responsável pela iniciativa Presépio na Cidade, que este ano assinala as 20 edições. Ao Jornal VOZ DA VERDADE, Sofia conta como a presença deste presépio, na muito movimentada Rua Garrett, não tem passado despercebido. “As pessoas ficam surpreendidas com este presépio e, mais recentemente, com a figura do Papa Francisco e dos Pastorinhos de Fátima”, junto às outras figuras. “Vivemos numa época em que muitas pessoas não sabem muito bem o que esta representação significa”, lamenta Sofia, garantindo que esta iniciativa é uma oportunidade que “permite falar de Jesus, da Igreja, deste Deus que é um Deus de todos os tempos e que faz história connosco”.</div>
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A beleza de Jesus</div>
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Juntamente com Sofia, existe um “núcleo duro” de seis voluntárias que não se intimida ao abordar quem passa, independente da idade, do idioma, da sua aparência, mesmo que seja apenas para pedir um isqueiro para acender as velas no presépio – como aconteceu durante esta entrevista. “Aqui, todas as pessoas ajudam”, realça Sofia. A esta equipa “multiplicam-se” os amigos que cada uma traz e também aqueles que se vão “ganhando” e que passam a apoiar a iniciativa. “Este ano, uma das voluntárias, a Conceição Graça, estava cheia de trabalho e não sabia o que fazer porque temos que fazer muitas figuras para fazer e oferecer a quem passa. Então, chamou duas pessoas em situação de sem-abrigo e convidou-as a entrarem no escritório dela, a aquecerem-se, e começaram a trabalhar. Há 15 dias que não fazem outra coisa! E as lembranças que elas estão a fazer, nós vamos entregar numa prisão. Há aqui todo um elo, uma rede, que, aparentemente, é muito frágil, mas é fortíssima e faz com que isto aconteça. Esta é que é a beleza de Jesus! É quando nós conseguimos perceber que na fragilidade está a sua fortaleza e a sua riqueza”, testemunha a responsável do projeto.</div>
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Prisões que se unem</div>
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Nestas 20 edições, não faltam a Sofia histórias para contar. Existem até “histórias de conversões, de milagres, de pessoas que transformaram as suas vidas, inclusivamente de pessoas na situação de sem-abrigo que deixaram a rua, mas também de pessoas que choraram muito porque, junto ao presépio, se lembraram de Deus. Aqui, vive-se a alegria do serviço”, sublinha. Porque é impossível contar todas as histórias, Sofia Guedes começa por destacar, ao Jornal VOZ DA VERDADE, a história de um sem-abrigo que esteve 28 anos na rua e que, “devido ao presépio – como ele próprio diz”, já está, há 9 anos sem dormir na rua. Hoje, é religioso Carmelita, da Ordem Terceira. Mas também existem casos em que as “fragilidades” se tornaram vida. “Uma doente, tetraplégica, esteve 13 anos numa cama. Como nem podia ter roupa em cima dela, tinha uma espécie de ‘gaiola’. Na primeira vez que a visitei, perguntou-me se eu ia lá por causa ‘de Cristo na cruz, que morreu de pés e mãos atados e que não serviu para nada’. Eu disse-lhe: ‘De facto, eu venho por Ele, mas, se quiser, eu não falo d’Ele’. Durante três anos, até ela morrer, visitei-a todas as terças-feiras, muito movida pelo presépio”, conta. “Nesse período, a doente apareceu num programa de televisão, a partir do hospital. Houve um preso de uma cadeia de alta segurança que ouviu a história dela e criaram uma relação de amizade. Eu era a intermediária das cartas. Assisti a duas prisões que se foram unindo por este amor de Jesus. Ela acabou convertida, antes de morrer”, assegura Sofia Guedes. “Quando nós paramos, as coisas aproximam-se. E, num tempo em que é tudo uma correria e em que o tempo parece que não é tempo, parar é usar esse tempo e fazê-lo render de uma forma muito bonita”, conta esta leiga, de 63 anos.</div>
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Objetivo: evangelizar</div>
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O objetivo da criação do Presépio na Cidade, no ano 2000, ainda se mantém atual e “cada vez mais claro”. Diariamente, entre os dias 8 e 23 de dezembro, das 14h00 às 19h00, “vamos mostrando que somos pessoas pacíficas, que estamos aqui para escutar, para dar”. “A finalidade é evangelizar e lembrar que o Natal é celebrar o nascimento de Jesus numa família humana, fazendo-se um de nós”, define.</div>
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Tudo começou no Ano do Jubileu, há 19 anos, quando uma amiga de Sofia Guedes lhe perguntou: ‘Porque não fazemos uma escultura do presépio na cidade de Lisboa?’, colmatando assim a “falta de algo que falasse do nascimento de Jesus”. Sofia não hesitou em pôr as mãos à obra. “Eu e mais um grupo de amigas começámos à procura e conseguimos que a escultora Clara Meneres fizesse uma escultura fantástica e bonita que ficasse no meio da Alameda D. Afonso Henriques”, conta. Ali estiveram durante três anos. “A obra era incrivelmente grande – obrigando a uma obra de engenharia –, muito luminosa, mas foi ‘fácil’ conseguir os apoios da Câmara Municipal de Lisboa, do seu presidente, João Soares, e de muitos outros amigos”, acrescenta. Com as obras previstas para aquele espaço, a organização mudou-se para o Terreiro do Paço, em 2005, ano em que Lisboa organizou o ICNE (Congresso Internacional para a Nova Evangelização). Passaram dois anos até mudarem para a nova zona do Parque das Nações, em Lisboa. “Era uma cidade nova, a crescer, muito organizada, mas muito pouco evangelizada e ainda sem igreja. E nós, junto ao atual Altice Arena, montámos uma barraquinha com um presépio”, lembra Sofia Guedes. Mais tarde, o grupo que organiza o Presépio na Cidade decidiu encomendar novas figuras a uma escultora. A duas semanas da montagem, a doença da artista fez com que a responsável pelo Presépio na Cidade tenha posto em prática o gosto que tem pela pintura e pela carpintaria. Até hoje, as figuras principais e as que vão sendo acrescentadas, tal como o Papa Francisco e os Pastorinhos de Fátima, são da autoria de Sofia Guedes.</div>
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Descanso</div>
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Atualmente, junto à Basílica dos Mártires, em pleno Chiado, “há sempre que fazer” na “casa” com 9m2, mas também “muito para descansar e para falar”. “Aqui, encontrámos este lugar. Por aqui, temos Jesus em cada esquina, nestas igrejas maravilhosas de Lisboa. Estamos muito aconchegados, nesse sentido, mas é obvio que estar na rua, da forma como nós estamos, chama a atenção – embora esta seja uma luz terna e suave no meio da cidade – e tem um impacto que nos transcende”, assegura Sofia.</div>
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Para cima e para baixo, em frente do presépio, passa, várias vezes, Joaquim – como pretende se tratado. Acena às voluntárias com o terço que tem sempre no bolso. “Trago o terço todos os dias e a toda a hora. É para andar sempre com Deus”, revela Joaquim, ao Jornal VOZ DA VERDADE.</div>
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Em saída</div>
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O Presépio na Cidade também é sinal de Igreja em saída, “dando a conhecer Jesus a quem O espera”, em hospitais e prisões, por exemplo. “Como não podem sair, nem para vir ao presépio, vamos nós até lá. E vamos sempre com uma palavra de esperança. Se vamos à Maternidade Alfredo da Costa, vamos pedir às mães que nunca se esqueçam de ensinar aos seus filhos quem é Jesus. Quando vamos aos hospitais, vamos dar uma palavra de consolo, nos lares a mesma coisa. Nada de muito complicado”, descreve Sofia Guedes.</div>
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Todos os dias, às 18h30, o grupo reúne-se para rezar e convidar a rezar o terço. “Muitas pessoas param e rezam uma Avé-Maria, outras vão-se embora, outras ficam caladas. Desde 2017, por ocasião do centenário das Aparições, convidamos as pessoas, que quiserem, a rezar, pelo menos, uma Avé-Maria. Deixam o seu nome e intenção e, depois, fazemos dezenas, cosemo-las umas às outras e vamos entregá-las em Fátima. No ano passado, entregámos cerca de 1500! Isto tem um significado muito forte. É uma coisa que nos transcende completamente”, conclui Sofia Guedes, afirmando-se satisfeita quanto ao futuro do Presépio na Cidade: “Isto é d’Ele. Ele é que sabe como vai querer continuar”.</div>
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Tema procura transmitir “esperança e confiança”</div>
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“Neste ano, pensámos que o mundo precisaria de esperança e confiança e descobrimos esta passagem, que está em Jo 16, 33: ‘No mundo tereis muitas tribulações, mas tende confiança: Eu venci o mundo’. Por isso, num dos lados dos símbolos que vão ser entregues em prisões, hospitais e lares, representámos a cruz, com o Sagrado Coração de Jesus, significando o triunfo sobre o mundo. Do outro lado, pensámos no Menino Jesus. Por isso, as palhinhas e a cruz são as formas como Jesus veio e partiu do mundo. Foi assim que Ele triunfou. Achámos que seria muito atual esta ideia”, aponta Sofia Guedes.</div>
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Bênção das Grávidas</div>
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A Bênção das Grávidas, “um dos momentos altos do Presépio na Cidade”, vai decorrer no dia 21 de dezembro, sábado, às 16h15, na Basílica dos Mártires, e é, este ano, presidida por D. Américo Aguiar, Bispo Auxiliar de Lisboa.</div>
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Teresa Neto, Leonor Ameal e Sofia Nobre Guedes (da esquerda para a direita) são voluntárias do Presépio na Cidade. “Não queríamos que as pessoas passassem por aqui indiferentes. É muito impressionante ver a diferença que há nestes últimos anos, com gente que chega ao pé do Presépio e não sabe o que são aquelas figuras, o que quer dizer. O mundo está com muita pressa”, salienta Leonor Ameal. Joaquim (à direita) passa diariamente na Rua Garrett e faz questão de mostrar o terço que transporta quando passa pelo presépio.</div>
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Fátima Ferreira</div>
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Comerciante</div>
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“Já aqui estou, nesta rua, há 50 anos. Eu acho que o Presépio dá vida ao Chiado e é bonito. As pessoas gostam muito, acham muita graça à imagem de Nossa Senhora que está de bebé.”</div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-32270752042633761952019-12-09T14:12:00.002+00:002019-12-09T14:12:54.555+00:00Jordan Peterson, Mário Machado e Maria José Vilaça: a propósito da liberdade de expressão<div style="text-align: justify;">
P. FRANCISO MOTA, s.j 17.01.2019</div>
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<h4 style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Roboto, -apple-system, system-ui, system-ui, "Segoe UI", "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-weight: 300; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5rem; margin-top: 0px; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQgWGvXKJ96O5A-haq5SBLkU-m2LXGaxqKwatsY5liMwgAzsTenPH2xJtUTS9B41YxwbRaCPIPbIRHm2JkF6Ho2qTwWNxg4An2W8c8v6EXhdjgFTlunxbCFH4GmFeb3mcTLEiEumszgBY/s1600/francisco-mota-2-e1538675504806.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQgWGvXKJ96O5A-haq5SBLkU-m2LXGaxqKwatsY5liMwgAzsTenPH2xJtUTS9B41YxwbRaCPIPbIRHm2JkF6Ho2qTwWNxg4An2W8c8v6EXhdjgFTlunxbCFH4GmFeb3mcTLEiEumszgBY/s400/francisco-mota-2-e1538675504806.jpg" /></a><i>A solução para o desacordo, incluíndo o desacordo profundo, que fratura profundamente as nossas identidades, consciências, ou modos de vida, não pode passar pela proibição do discurso.</i></h4>
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<span style="font-size: x-small;"><i><br /></i></span></div>
<h4 style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Roboto, -apple-system, system-ui, system-ui, "Segoe UI", "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-weight: 300; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5rem; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Jordan Peterson está na moda. Está tão na moda, aliás, que até a Portugal já veio. Mas não está na moda por causa dos sítios onde vai: está na moda pelas coisas que diz. Talvez esse seja o grande elemento revolucionário que Peterson tem trazido. Finalmente, como há muito não se via, há uma pop star intelectual que obriga as pessoas a discutir. Concorde-se com ele ou não (uma porção não irrelevante do que escreve parece-me, pessoalmente, de rigor altamente questionável…), a verdade é que é difícil ficar indiferente aos temas, à postura e aos argumentos do autor de 12 Rules for Life: An Antidote to Chaos.</h4>
<h4 style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Roboto, -apple-system, system-ui, system-ui, "Segoe UI", "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-weight: 300; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5rem; margin-top: 0px; text-align: justify;">
O tema que catapultou Jordan Peterson para a ribalta não é novo. Resumindo tudo a poucas palavras, a obsessão de Peterson tem que ver com a liberdade de expressão – e com as ameaças que vê existirem actualmente a uma expressão que seja verdadeiramente livre. Tanto no seu livro quanto em muitas das conferências que estão disponíveis online, a postura de Peterson é simples: os limites à liberdade de expressão devem ser os mínimos possíveis. A menos que aquilo que se diz incite explicitamente a crimes raciais, por exemplo, ou a menos que aquilo que se diz distorça a realidade de tal maneira que coloque em causa a integridade física daqueles que são visados pelo discurso de alguém; a menos que uma situação como essas ocorra, todas as formas de expressão devem ser possíveis. A razão principal para esta defesa de uma liberdade de expressão quase absoluta tem que ver com o facto de ser difícil de perceber quem é que pode decidir em nome de toda a sociedade quais são as coisas que podem e quais são as coisas que não podem ser ditas. Mas o princípio é simples: a menos que o que se diz incite a comportamentos de tal forma graves que ponham a integridade de outros em perigo, então tudo pode ser dito.</h4>
<h4 style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Roboto, -apple-system, system-ui, system-ui, "Segoe UI", "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-weight: 300; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5rem; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Tudo deve, em princípio, pode ser dito – sob o risco de regressarmos a tempos em que alguém podia determinar autoritariamente não só o que pode ser dito, como também o que pode ser pensado. Defender a liberdade de expressão é a única forma de defender a liberdade de consciência. E isso tem que ser feito.</h4>
<h4 style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Roboto, -apple-system, system-ui, system-ui, "Segoe UI", "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-weight: 300; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5rem; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Não concordei sempre com Peterson. Mas percebo cada vez melhor o que diz e parece-me cada vez mais ter razão. O ódio que incita ao crime deve ser o único limite à expressão dos indivíduos numa sociedade democrática. A consequência que esta afirmação tem é a seguinte: o ódio que incita ao crime tem que ser proibido – mas a estupidez, ou a leviandade, ou o mau gosto, ou a boçalidade, ou o desacordo profundo, não têm e não podem ser proibidos. Compete à sociedade decidir aquilo que julga ser credível. Compete também à sociedade decidir aquilo que quer votar à irrelevância. Mas não compete à sociedade, tirando casos extremos como os do ódio que incita ao crime, decidir o que pode e o que não pode ser dito. Tudo deve, em princípio, poder ser dito – sob o risco de regressarmos a tempos em que alguém podia determinar autoritariamente não só o que pode ser dito, como também o que pode ser pensado. Defender a liberdade de expressão é a única forma de defender a liberdade de consciência. E isso tem que ser feito.</h4>
<h4 style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Roboto, -apple-system, system-ui, system-ui, "Segoe UI", "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-weight: 300; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5rem; margin-top: 0px; text-align: justify;">
A razão pela qual tenho voltado a pensar no que li de Jordan Peterson vem da forma como ao longo dos últimos dias se comentou a ida de Mário Machado à TVI, bem como a polémica de Maria José Vilaça no que bem deveria ser conhecido no futuro como “Vilaça gate”. Note-se o seguinte: o discurso e a visão para o país que Mário Machado tem são para mim abjetos; e aquilo que Maria José Vilaça aparece em câmera a dizer, apesar de criminosamente gravado, são coisas nas quais não me revejo em absoluto. Mas a solução para o desacordo, incluído o desacordo profundo, que fratura profundamente as nossas identidades, consciências, ou modos de vida, não pode passar pela proibição do discurso. </h4>
<h4 style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Roboto, -apple-system, system-ui, system-ui, "Segoe UI", "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-weight: 300; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5rem; margin-top: 0px; text-align: justify;">
A solução passa por expor o ridículo, por expor a fragilidade do que é dito, por expor as consequências que uma determinada visão do mundo terá se lhe dermos crédito. Honestamente, tanto me dá que haja quem defenda e promova o creacionismo em detrimento de uma biologia evolucionária; ou que haja quem defenda e promova a não integração na Europa de migrantes que fogem de situações de conflito; ou que haja quem defenda ideologias de género contrárias à minha; ou que haja quem defenda e promova muros na fronteira dos EUA com o México, ou métodos de “trickle-down” economics, ou (…). Tirando casos de ódio que incitem ao crime, tanto me dá. Tanto dá, porque o tempo mostrará que esses não são discursos credíveis e que o futuro não pode passar por aí. A irracionalidade pode vencer durante algum tempo, mas não vencerá para sempre. E por essa razão, o que é importante é garantir que a expressão é livre, para que se possa distinguir o trigo do joio. “Pelos frutos os conhecereis”.</h4>
<h4 style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Roboto, -apple-system, system-ui, system-ui, "Segoe UI", "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-weight: 300; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5rem; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Vivemos tempos em que a possibilidade de discordar se torna difícil. Jordan Peterson tem razão quando diz que o paradoxo dos nossos tempos é que tudo seja permitido dizer, desde que não seja contrário àquilo que eu penso. Por essa razão, defender a liberdade de expressão não é nos nossos dias apenas uma questão de defender aquilo que se pode dizer. É uma questão de defender aquilo que se pode pensar. É uma questão de defender aquilo que como indivíduos e como sociedades um dia poderemos vir a querer ser.</h4>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-61126826625204986192019-12-09T14:01:00.001+00:002019-12-09T14:01:36.369+00:00Um livro muito raro<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626; font-style: italic; text-align: center;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: xx-small;">MÁRIO PINTO OBSERVADOR 08.12.2019</span></span><br />
<span style="color: #262626; font-style: italic; text-align: center;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: xx-small;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg45RgQ1Sc32DYsbANTkd8NDQG7BP-7Xgodmh3aGvzoTq9y7AVsYfmwlPgPF1nGe_uBRae0ydMeuyAtECgcSz40cwR2tukJ9DDEVwdXWyGKMHlAMKjGenIO0X0U6ou0oMDVyw0mXid-bks/s1600/foto_mariopinto-200x200.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg45RgQ1Sc32DYsbANTkd8NDQG7BP-7Xgodmh3aGvzoTq9y7AVsYfmwlPgPF1nGe_uBRae0ydMeuyAtECgcSz40cwR2tukJ9DDEVwdXWyGKMHlAMKjGenIO0X0U6ou0oMDVyw0mXid-bks/s1600/foto_mariopinto-200x200.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626; font-style: italic; text-align: center;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626; text-align: center;"><i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A obrigação de o Estado criar uma rede de estabelecimentos suficiente para acolher todos os alunos que escolham as escolas do Estado, não lhe dá nenhum direito a um monopólio da «acção educativa».</span></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626; text-align: center;"><i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></i></span></div>
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<span style="color: #262626; text-align: center;"><i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></i></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #262626; text-align: center;"><i>1. </i></span><span style="color: #262626;">Na passada segunda feira, 2 de Dezembro, teve lugar, no auditório da Rádio Renascença, uma sessão de apresentação de um novo livro, intitulado “Escola de todos, para todos, com todos”. Com um prefácio do ex-Presidente Ramalho Eanes, um posfácio do Prof. Barbas Homem e introduções do Bispo D. António Moiteiro e do Dr. Fernando Magalhães, o livro reúne artigos de 29 autores, todos dedicados à questão fundamental das liberdades de educação, sobretudo de educação escolar. A título de declaração de interesses, direi que eu próprio participo neste elenco. A sua coordenação é da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC); e a edição é da Fundação Secretariado Nacional da Educação Cristã. Mas o livro não tem uma intenção confessional — nele se defendem as mesmas liberdades de educação igualmente para todos. Os seus autores, uns são publicamente crentes, outros não são crentes, também publicamente. A liberdade de educação, familiar e escolar, é um ideal e uma aspiração que une todos os homens que respeitam e servem a dignidade da pessoa humana, subscrevendo e observando a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), bem como os dois Pactos Internacionais que a complementam: o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (PIDCP) e o Pacto Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais (PIDESC). Felizmente, a doutrina destes solenes documentos (de vigência universal para os Estados das Nações Unidas) está acolhida na Constituição Portuguesa; mas, infelizmente, não é respeitada nem é cumprida pelo Estado Português. E daí uma especial justificação deste livro.</span></span></div>
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<span style="color: #262626;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">2. </span></span><span style="color: #262626; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A sessão de apresentação do livro foi rica de intervenções, e em balanço final muito interessante e culta. Aberta pelo Secretário Geral da APEC, e coordenador executivo do livro, o Doutor Jorge Cotovio, foi depois preenchida pelas intervenções de um painel de oradores moderado pela jornalista Graça Franco. Em curtas mas substanciosas intervenções, amável mas firmemente controladas na sua duração pela moderadora, falaram o Presidente da APEC, Dr. Fernando Magalhães, o Senhor Bispo D. António Moiteiro (Presidente da Comissão Episcopal para a Educação), o Prof. Barbas Homem (Reitor da Universidade Europeia e reconhecido especialista em Direito da Educação), e finalmente o Dr. Marques Mendes, este último na pesada incumbência de uma apreciação final do livro, que cumpriu muito bem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">3. Mas tão importante como noticiar, é fazer e partilhar uma reflexão sobre este invulgar encontro. Pessoalmente, interrogo-me como é que um problema tão importante, como o dos direitos fundamentais de educação (quer os “direitos de liberdade”, quer os “direitos sociais”) é tão bem compreendido e respondido por qualificadas personalidades portuguesas e, simultaneamente, vem permanecendo por tanto tempo mal resolvido nas nossas políticas governamentais. E como é possível entender que a uma luta tão viva (uma das mais vivas) na Assembleia Constituinte, sobre as liberdades de ensino, depois prolongada nas primeiras revisões constitucionais — que, finalmente, deram a Portugal uma “Constituição Educativa” personalista, liberal e democrática —, se tenha seguido uma apatia partidária e civil perante as políticas educativas de sucessivos governos, que não respeitam a nova “Constituição Educativa” e continuam a seguir políticas jacobinas de Estado-educador?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">4. Deixo esta interrogação aos estimados leitores. Mas recordando-lhes o que escreveu uma extraordinária e marcante personalidade feminina do séc. XX, Hannah Arendt (1906 – 1975): «O objectivo da educação totalitária nunca foi incutir convicções, mas sim destruir a capacidade pessoal de livremente se formar alguma». Por mim, e agora aqui, limitar-me-ei a uma (breve) crítica à argumentação que tem pretendido iludir a inconstitucionalidade das nossas políticas públicas educativas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">5. Como se sabe, os defensores do monopólio estatal do ensino escolar argumentam sempre e só com o art. 75.º da Constituição, que diz assim, no n.º 1: «O Estado criará uma rede de estabelecimentos públicos que cubra as necessidades de toda a população». Ora, esta disposição normativa apenas impõe ao Estado a obrigação instrumental de criar uma “rede escolar”. Mas a Lei de Bases do Sistema Educativo integra expressamente a rede escolar no que chama de «recursos materiais» do «sistema educativo». No seu capítulo quinto, conceitua como “recursos materiais” os edifícios escolares, a rede escolar, outros recursos materiais (como manuais, bibliotecas, equipamentos laboratoriais, oficinas) e, finalmente, o financiamento da educação (cf. arts. 37.º a 42.º da LBSE). E isto tem de ser entendido à luz das definições que a mesma Lei de Bases estabelece, logo no seu art. 1.º, onde faz a distinção entre “estruturas e acções educativas”, as quais — diz expressamente a Lei — podem ser diversificadas e por iniciativa e responsabilidade de diferentes instituições e entidades públicas, particulares e cooperativas. Manifestamente, portanto, a criação de estabelecimentos escolares não é monopólio do Estado e é apenas criação de estruturas educativas; e não é ainda, por si mesma, acção educativa. E a prova definitiva é que a mesma Constituição que obriga o Estado a criar escolas, proíbe o Estado de educar: «O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas» (art. 43.º).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">6. Em conclusão, a obrigação de o Estado criar uma rede de estabelecimentos escolares que seja suficiente para acolher todos os alunos que escolham as escolas do Estado (seria ridículo que o Estado fosse obrigado a ter uma rede com escolas vazias, para acolher vinte por cento dos alunos portugueses que de facto e de direito escolhem as escolas privadas), não lhe dá nenhum direito a um monopólio da «acção educativa»; nem dá, aos alunos das escolas estatais, um exclusivo do benefício da gratuitidade do ensino.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #262626; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">7. Quanto ao financiamento da educação pelo Estado, essa obrigação jurídica resulta de outras disposições constitucionais, que o não limitam às estruturas escolares estatais. A obrigação de financiamento público da educação, além de constar de instrumentos internacionais que vinculam o Estado português, está claramente consagrada no art. 74.º da Constituição, que diz assim: «Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar. [E acrescenta] Na realização da política de ensino, incumbe ao Estado: assegurar o ensino básico universal obrigatório e gratuito; […] estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino».</span></div>
<div class="obs-ad obs-ad-trigger-scroll obs-ad-triggered obs-ad-filled" data-google-query-id="CP-474fcqOYCFX7Guwgd-DoHzA" id="web_article_middle_2" style="box-sizing: border-box; color: #262626; margin: 35px 0px 30px; text-align: center; transition: opacity 0.3s ease 0s; will-change: contents;">
<div id="google_ads_iframe_/14628225/web_article_middle_1__container__" style="border: 0pt none; box-sizing: border-box; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ora bem, é preciso sublinhar que portanto a Constituição diz que «todos» têm direito à gratuitidade do ensino obrigatório?</span></div>
<div id="google_ads_iframe_/14628225/web_article_middle_1__container__" style="border: 0pt none; box-sizing: border-box; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div id="google_ads_iframe_/14628225/web_article_middle_1__container__" style="border: 0pt none; box-sizing: border-box; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">8. É bem sabido que, ao longo de toda a nossa tradição jacobina (de 250 anos) em matéria de liberdade de ensino, o Estado sempre oprimiu (em grau variável) as liberdades fundamentais de aprender e de ensinar. Mas, actualmente, no regime constitucional em vigor, o papel do Estado em matéria de educação escolar não é um privilégio ou um direito do Estado; mas é sim um dever de garantir que seja efectivo para todos (com igualdade de oportunidades e sem discriminações negativas) o exercício das primordiais liberdades pessoais de educação e ensino, que são tituladas pelos cidadãos.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div id="google_ads_iframe_/14628225/web_article_middle_1__container__" style="border: 0pt none; box-sizing: border-box; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">9. Só por ignorância ou má fé se pode actualmente defender, em políticas públicas de educação escolar, que a satisfação estatal de “direitos sociais” pode ter como consequência a discriminação negativa de «direitos, liberdades e garantias» e de «direitos sociais» constitucionais dos cidadãos. O Pacto Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais (PIDESC), a que Portugal está sujeito, reconhece (no art. 13.º) o direito social «de todos» à educação escolar. E reconhece, também expressamente para todos, o direito universal à gratuitidade (financiada pelo Estado) do ensino obrigatório. Mas do mesmo passo determina o seguinte: «Os Estados signatários no presente Pacto comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais, ou, se for o caso, dos tutores legais, de escolherem para os seus filhos ou pupilos escolas diferentes das criadas pelas autoridades públicas, sempre que aquelas satisfaçam as normas mínimas que o Estado estabeleça ou aprove em matéria de ensino, e permitam que os seus filhos ou pupilos recebam a educação religiosa ou moral de acordo com as suas próprias convicções.»</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div id="google_ads_iframe_/14628225/web_article_middle_1__container__" style="border: 0pt none; box-sizing: border-box; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">10. Ora, este reconhecimento de fundamentais liberdades de escolha da escola não pode ser acompanhado de discriminações em outros aspectos. E o Pacto reforça esta garantia acrescentando: «O disposto neste artigo não poderá ser interpretado como uma restrição à liberdade dos particulares e entidades para estabelecerem e dirigirem instituições de ensino, com a condição de respeitarem os princípios enunciados no [anterior] parágrafo 1, desde que a educação dada nessas instituições se ajuste às normas mínimas estabelecidas pelo Estado.»</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-weight: 700;"><br /></span></div>
<div id="google_ads_iframe_/14628225/web_article_middle_1__container__" style="border: 0pt none; box-sizing: border-box; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">11. </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Obviamente, Portugal não cumpre o que está estabelecido «para todos», na nossa Constituição e no PIDESC, porque discrimina os alunos das escolas privadas, que (sem por isso perderem o direito à gratuitidade do ensino obrigatório) têm o direito de escolher a escola, como reconhece expressamente a Lei n.º 85/2009 (da iniciativa do Governo de José Sócrates). Diz assim esta lei: «A escolaridade obrigatória implica, para o encarregado de educação, o dever de proceder à matrícula do seu educando em escolas da rede pública, da rede particular e cooperativa ou em instituições de educação e ou formação, reconhecidas pelas entidades competentes, determinando para o aluno o dever de frequência.» E além disto esclarece: «1 – No âmbito da escolaridade obrigatória o ensino é universal e gratuito. 2 – A gratuitidade prevista no número anterior abrange propinas, taxas e emolumentos relacionados com a matrícula, frequência escolar e certificação do aproveitamento, dispondo ainda os alunos de apoios no âmbito da acção social escolar, nos termos da lei aplicável. 3 – Os alunos abrangidos pela presente lei, em situação de carência, são beneficiários da concessão de apoios financeiros, na modalidade de bolsas de estudo, em termos e condições a regular por decreto-lei.»</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div id="google_ads_iframe_/14628225/web_article_middle_1__container__" style="border: 0pt none; box-sizing: border-box; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">12. E então — insista-se finalmente — como é possível que partidos políticos democráticos e Sociedade Civil se mantenham e manifestem, por tanto tempo, conformados com esta contumaz violação de “direitos e liberdades fundamentais” pelo Estado português? E com uma escandalosa discriminação negativa do “direito social universal à gratuitidade do ensino obrigatório” dos pais e alunos das escolas privadas, no interesse ideológico de um monopólio estatal anti-democrático e inconstitucional?</span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-36344344601862427022019-12-05T14:05:00.000+00:002019-12-09T14:06:37.090+00:00Introdução ao ecopopulismoPAULO TUNHAS OBSERVADOR 05.12.2019<br />
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<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPXR_7ckOao-1TparNWOfUEyC4DTtwd7rRxan0sYarNBi5XQ7P7ZuX2Xe6PM-bvJX1s18xjA6cUn_huK0fm6sn2u0Fj37HW4hq06HSlMlMgB0k65wD-p2JiWTToBcEfj7s2gW6U2XgEQM/s1600/colunista_ptunhas_467.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPXR_7ckOao-1TparNWOfUEyC4DTtwd7rRxan0sYarNBi5XQ7P7ZuX2Xe6PM-bvJX1s18xjA6cUn_huK0fm6sn2u0Fj37HW4hq06HSlMlMgB0k65wD-p2JiWTToBcEfj7s2gW6U2XgEQM/s200/colunista_ptunhas_467.png" width="200" /></a><span style="color: #262626; font-family: Georgia, serif; font-size: 22px; font-style: italic; text-align: center;">O populismo caracteriza-se por amalgamar realidades distintas, fornecendo ao mesmo tempo a aparência de uma explicação única que tudo engloba. O ecopopulismo não é excepção a esta regra geral.</span></div>
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Este artigo é conteúdo PREMIUM no Observador.<br />
Leia mais aqui: <a href="https://observador.pt/opiniao/introducao-ao-ecopopulismo/">https://observador.pt/opiniao/introducao-ao-ecopopulismo/</a><br />
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<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-76547545185609519212019-11-29T16:17:00.000+00:002019-11-29T16:17:54.575+00:00Mulheres deprimidas e sem família: o desastre do feminismo<div style="text-align: justify;">
<a href="https://es.theepochtimes.com/">https://es.theepochtimes.com/</a> 01.10.2019</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 25px;">Algumas se dão conta a tempo, para outras, será tarde demais quando acordarem das fantasias da suposta libertação que os pós-modernistas lhes venderam. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 25px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 25px;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_pX1skp_3F7_cezB4sdAPsYF4DJQl3T-cJlkIFcTkA3e-q9mZ4fM49XQWtXUIZUQFyt5Yhtqw9n6yx9LSTtAVUIjUNyz4jL3y5tm2D0aRyzIcIoy9Vu2xPKg96XhH86LIrT5yVPoNAKQ/s1600/o-desastre-do-feminismo.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_pX1skp_3F7_cezB4sdAPsYF4DJQl3T-cJlkIFcTkA3e-q9mZ4fM49XQWtXUIZUQFyt5Yhtqw9n6yx9LSTtAVUIjUNyz4jL3y5tm2D0aRyzIcIoy9Vu2xPKg96XhH86LIrT5yVPoNAKQ/s320/o-desastre-do-feminismo.jpg" width="320" /></a></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Recentemente, um amigo que trabalha com o governo dos <a href="https://es.theepochtimes.com/t-estados-unidos" style="background: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Estados Unidos</a> atendendo emergências de saúde mental, me disse que, dos casos que já tratou, um dos mais comuns é o de <a href="https://es.theepochtimes.com/t-mulheres" style="background: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">mulheres</a> com mais de 40 anos com depressão, porque estão <a href="https://es.theepochtimes.com/t-sozinhas" style="background: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">sozinhas</a> e não têm família.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Essa conversa me lembrou os longos papos que tive com um psicólogo colombiano que me disse que chega um momento em que as mulheres começam a privilegiar uma vida familiar mais bem-sucedida do que o sucesso no trabalho, mas que, infelizmente, às vezes esse momento chega tarde demais, quando não há tempo para começar uma família.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Embora as intelectuais do feminismo insistam em dizer que não é necessário ter um homem ou uma família para serem felizes, e as mais radicais inclusive garantem que o <a href="https://es.theepochtimes.com/t-casamento" style="background: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">casamento</a> e os <a href="https://es.theepochtimes.com/t-filhos" style="background: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">filhos</a> escravizem as mulheres, impedindo-as de serem livres e alcançar a felicidade, na vida real, suas teorias não parecem funcionar.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Quanta razão tinha Ludwig von Mises quando falou sobre a importância do casamento e da família para uma mulher:</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
“Não se pode alterar por decreto as diferenças de caráter e destino de cada sexo, bem como as outras diferenças entre os seres humanos (…) O casamento não priva as mulheres de sua liberdade interior, mas essa característica de seu caráter significa que elas precisam entregar-se a um homem e que o amor pelo marido e pelos filhos consome o melhor de suas energias. (…) Com a supressão do casamento, as mulheres não são mais livres ou felizes, são simplesmente privadas do que é substancial em suas vidas, sem dar-lhes nada em troca.”</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
<br /></div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Historicamente, as mulheres sempre exerceram o papel de cuidadoras. Ainda hoje, quando uma mulher pode estudar o que quiser e se dedicar à profissão que deseja, continuam decidindo de acordo com sua natureza, preferindo ciências sociais e evitando números. Nada disso é gratuito, somos mais hábeis em comunicar e ouvir, temos mais empatia.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Também o tipo de trabalho que as mulheres decidem ter é fortemente determinado pela biologia e pelo instinto materno. Muitos optam por deixar o emprego por longos períodos, ocupar cargos de meio período ou trabalhar em atividades que possam desenvolver em suas casas, porque seu instinto materno as faz privilegiar estar com seus filhos antes de qualquer outra coisa. Porque elas sabem que ninguém vai cuidar deles melhor do que elas.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Não há mulher que não conheça os sacrifícios de ser mãe; no entanto, mesmo assim, todas as mães preferem deixar suas coisas em segundo lugar para dar vida e formar uma família.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
A força biológica que faz as mulheres se comoverem cada vez que veem uma criança na rua, o instinto que as faz se preocuparem em ter certa idade porque ficam sem tempo para ter o bebê com o qual sonhavam desde que eram meninas brincando com bonecas, e que as empurram a deixar de lado suas carreiras, ocupações e outros sonhos, nada mais e nada menos que a força que, ao longo da história da humanidade, influenciou o comportamento das mulheres, é a que quer negar o feminismo.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Esses movimentos, com supostos intelectuais que pretendem libertar as mulheres, as convenceram sobre muitas coisas completamente não naturais. Eles dizem que uma criança não é a maior felicidade da vida, mas um estorvo que impede a autorrealização. Eles transformaram a figura do marido, o ser mais amado, a quem se dedica toda a confiança, que é refúgio e fortaleza, em um inimigo. E sem nenhuma vergonha, eles ousaram afirmar que o lar é o lugar mais perigoso para uma mulher.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Eles até convenceram muitas mulheres de que matar seus próprios filhos é bom, que um aborto é como arrancar um dente.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Hoje, existem muitas mulheres que veem sua vida como uma competição contínua com os homens. O cônjuge deixou de ser um parceiro para o qual são feitos sacrifícios mútuos a fim de alcançar objetivos comuns e tornou-se um ser com o qual se deve ter cuidado porque “todos os homens são potencialmente perigosos” e, no final, esses intelectuais acabam apenas roubando das mulheres seus melhores anos.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
<br /></div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Hoje, muitas jovens têm em mente que uma criança é uma desgraça e, na melhor das hipóteses, acreditam que não podem ter uma família até que tenham feito um pós-doutorado e sejam milionárias.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Por que desperdiçar a vida fazendo sacrifícios por outra pessoa e adaptando meus planos aos de um homem? Por que cuidar de crianças quando você pode sair e conquistar o mundo? Por que se esforçar para construir relacionamentos longos, compreendendo o outro, perdoando e cedendo, se existe sexo casual? Essa é a ideia que eles venderam para as jovens hoje.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Só que, inevitavelmente, para a maioria chegará o momento em que necessitará do calor de um lar e da esperança que uma criança traz à vida. Algumas se dão conta a tempo, para outras, será tarde demais quando acordarem das fantasias da suposta libertação que os pós-modernistas lhes venderam.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Pode haver mulheres que conscientemente – por diferentes razões – não querem ter filhos ou formar um lar. Também está claro que existem mulheres que, devido às circunstâncias da vida, não podiam ter filhos ou constituir família, e ainda assim foram felizes. Mas o caso é diferente daquela que, acreditando em histórias feministas, ao longo de sua vida vê os homens como um perigo potencial e a <a href="https://es.theepochtimes.com/t-maternidade" style="background: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">maternidade</a> como um obstáculo.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Essas jovens, envenenadas pelas novas teorias, terão evitado formar uma família, porque lhes disseram que não valia a pena fazer sacrifícios por outra pessoa, que “ceder” em um relacionamento era humilhar-se diante de um homem, acreditando que ser feliz era apenas uma questão de ter um bom trabalho, e um dia, quando a solidão explodir em seus rostos, elas perceberão que mentiram para elas e que passaram anos “se defendendo” de um suposto inimigo que não existia. Que passaram anos evitando a questão mais importante da vida: a família.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Elas nem sequer tentaram – diferente é a situação daquelas que, por razões de vida, falharam em formar uma família. Falamos de mulheres que veem o homem como um inimigo e que acreditaram nessas ideias absurdas de que a liberdade é não se comprometer e não ter filhos.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
Intelectuais feministas que afirmam conhecer a fórmula para que as mulheres sejam felizes estão formando gerações de meninas que chegarão aos 40 anos, talvez com uma vida profissional bem-sucedida, mas acordando para a realidade da solidão e percebendo que, por terem acreditado em falsas teorias de libertação e empoderamento, negaram a si mesmas a oportunidade de viver facetas fundamentais na vida de uma mulher: ser esposa e mãe.</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
<em style="background: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Esta matéria foi originalmente publicada em <a href="https://es.panampost.com/vanessa-araujo/2019/09/26/mujeres-familia-feminismo/" rel="noopener" style="background: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #777777; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">PanAm Post</a></em></div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
<em style="background: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O conteúdo desta matéria é de responsabilidade do autor e não representa necessariamente a opinião do Epoch Times</em></div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: Vollkorn; font-size: 18px; letter-spacing: -0.1px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-break: break-word;">
<em style="background: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="https://es.theepochtimes.com/mulheres-deprimidas-e-sem-familia-o-desastre-do-feminismo_536573.html?fbclid=IwAR2fjAXqt4nVkSa8zd28IIDBxi5T13FBFNW7JgrIyWXlKfEGLLy_9sTFA2s">https://es.theepochtimes.com/mulheres-deprimidas-e-sem-familia-o-desastre-do-feminismo_536573.html?fbclid=IwAR2fjAXqt4nVkSa8zd28IIDBxi5T13FBFNW7JgrIyWXlKfEGLLy_9sTFA2s</a></em></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-22457343476180348792019-04-30T19:10:00.001+01:002019-04-30T19:10:26.915+01:00Qual Europa?<img id="id_d6f_20cf_c644_4884" src="https://lh3.googleusercontent.com/JQez9LqM4Fea-JSniGxUZSa5faymO1ZSsl5IQxsCFkVB9anhtDeO0zWlZ9s" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><br> Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-72107988083649970232019-04-30T09:45:00.001+01:002019-04-30T09:45:18.803+01:00Começar onde se está - 25 anos de Vale de Ácor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6IKRkODmadsyHH5aaoBwD-IJcifGweayOIRtuQeEMydHZ8RVo3v399WakGnkShnOmtiIppil7hbEzLAEl2C00sfYcDpoJNsUQwww35JKM3LR2te4hyphenhyphenVRm2fY3H5Qpc6_jG7m7KedzkzE/s1600/jornadas-25anos-programa+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1157" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6IKRkODmadsyHH5aaoBwD-IJcifGweayOIRtuQeEMydHZ8RVo3v399WakGnkShnOmtiIppil7hbEzLAEl2C00sfYcDpoJNsUQwww35JKM3LR2te4hyphenhyphenVRm2fY3H5Qpc6_jG7m7KedzkzE/s640/jornadas-25anos-programa+%25281%2529.jpg" width="462" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-2803198371819385802019-03-18T14:42:00.000+00:002019-03-20T15:34:27.391+00:00Quaresma 2019<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY0TSl77dQq7_jn7O057eu0T_HHepwFCYnj0FCp6iTG5Z89yDNFhqZISoOcVby8VesMsd1FmQu2dbnHgJiWwXlvZNUdH3T2ZQeX3X_Q2HZc9Td4weoqlDAxV-o2vgN0QimVDU5NbrAtJc/s1600/Fons_Vitae_%2528c._1515-1517%2529_-_Colijn_de_Coter_%2528attributed%2529.png" imageanchor="1"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY0TSl77dQq7_jn7O057eu0T_HHepwFCYnj0FCp6iTG5Z89yDNFhqZISoOcVby8VesMsd1FmQu2dbnHgJiWwXlvZNUdH3T2ZQeX3X_Q2HZc9Td4weoqlDAxV-o2vgN0QimVDU5NbrAtJc/s640/Fons_Vitae_%2528c._1515-1517%2529_-_Colijn_de_Coter_%2528attributed%2529.png" width="490" /></a></div>
<br />
<em style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #414042; font-family: rudaregular; font-size: 18px;">Fons Vitae</em><span style="background-color: white; color: #414042; font-family: rudaregular; font-size: 18px;"> (Fonte da Vida), autoria atribuída a Colijn de Coter, </span><br />
<span style="background-color: white; color: #414042; font-family: rudaregular; font-size: 18px;">datado de cerca de 1515-1517.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #414042; font-family: rudaregular; font-size: 18px;">Óleo sobre madeira de carvalho.</span><br />
<br />
No <a href="http://www.mmipo.pt/" target="_blank">Museu das Misericórdias do Porto</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-87872698087819966512019-03-12T10:27:00.000+00:002019-11-29T10:27:39.660+00:00MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2019<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<i style="font-size: 14.6667px;"><b><span style="color: #663300; font-size: medium;">MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO </span></b></i></div>
<i></i><br />
<div style="text-align: center;">
<i><i style="font-size: 14.6667px;"><b><span style="color: #663300; font-size: medium;">PARA A QUARESMA DE 201</span></b></i><span style="color: #663300; font-size: medium;"><b><i>9</i></b></span></i></div>
<i>
</i><br />
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<b style="color: #663300; font-size: 14.6667px;"><i>«A criação encontra-se em expetativa ansiosa, </i></b></div>
<span style="color: #663300;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #663300;"><b style="font-size: 14.6667px;"><i>aguardando a revelação dos filhos de Deus» </i>(<i>Rm 8, 19</i>)</b></span></div>
<span style="color: #663300;">
</span><br />
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
<i>Queridos irmãos e irmãs!</i></div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
Todos os anos, por meio da Mãe Igreja, Deus «concede aos seus fiéis a graça de se prepararem, na alegria do coração purificado, para celebrar as festas pascais, a fim de que (…), participando nos mistérios da renovação cristã, alcancem a plenitude da filiação divina» (Prefácio I da Quaresma). Assim, de Páscoa em Páscoa, podemos caminhar para a realização da salvação que já recebemos, graças ao mistério pascal de Cristo: «De facto, foi na esperança que fomos salvos» (<i>Rm</i> 8, 24). Este mistério de salvação, já operante em nós durante a vida terrena, é um processo dinâmico que abrange também a história e toda a criação. São Paulo chega a dizer: «Até a criação se encontra em expetativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus» (<i>Rm</i> 8, 19). Nesta perspetiva, gostaria de oferecer algumas propostas de reflexão, que acompanhem o nosso caminho de conversão na próxima Quaresma.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
<i>1. A redenção da criação</i></div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
A celebração do Tríduo Pascal da paixão, morte e ressurreição de Cristo, ponto culminante do Ano Litúrgico, sempre nos chama a viver um itinerário de preparação, cientes de que tornar-nos semelhantes a Cristo (cf. <i>Rm</i> 8, 29) é um dom inestimável da misericórdia de Deus.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
Se o homem vive como filho de Deus, se vive como pessoa redimida, que se deixa guiar pelo Espírito Santo (cf. <i>Rm</i> 8, 14), e sabe reconhecer e praticar a lei de Deus, a começar pela lei gravada no seu coração e na natureza, <i>beneficia também a criação</i>, cooperando para a sua redenção. Por isso, a criação – diz São Paulo – deseja de modo intensíssimo que se manifestem os filhos de Deus, isto é, que a vida daqueles que gozam da graça do mistério pascal de Jesus se cubra plenamente dos seus frutos, destinados a alcançar o seu completo amadurecimento na redenção do próprio corpo humano. Quando a caridade de Cristo transfigura a vida dos santos – espírito, alma e corpo –, estes rendem louvor a Deus e, com a oração, a contemplação e a arte, envolvem nisto também as criaturas, como demonstra admiravelmente o «Cântico do irmão sol», de São Francisco de Assis (cf. Encíclica <a href="http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html#87" style="color: black;"><i>Laudato si’,</i> 87</a>). Neste mundo, porém, a harmonia gerada pela redenção continua ainda – e sempre estará – ameaçada pela força negativa do pecado e da morte.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
<i>2. A força destruidora do pecado</i></div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
Com efeito, quando não vivemos como filhos de Deus, muitas vezes adotamos comportamentos destruidores do próximo e das outras criaturas – mas também de nós próprios –, considerando, de forma mais ou menos consciente, que podemos usá-los como bem nos apraz. Então sobrepõe-se a intemperança, levando a um estilo de vida que viola os limites que a nossa condição humana e a natureza nos pedem para respeitar, seguindo aqueles desejos incontrolados que, no livro da Sabedoria, se atribuem aos ímpios, ou seja, a quantos não têm Deus como ponto de referência das suas ações, nem uma esperança para o futuro (cf. 2, 1-11). Se não estivermos voltados continuamente para a Páscoa, para o horizonte da Ressurreição, é claro que acaba por se impor a lógica do <i>tudo e imediatamente, </i>do <i>possuir cada vez mais</i>.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
Como sabemos, a causa de todo o mal é o pecado, que, desde a sua aparição no meio dos homens, interrompeu a comunhão com Deus, com os outros e com a criação, à qual nos encontramos ligados antes de mais nada através do nosso corpo. Rompendo-se a comunhão com Deus, acabou por falir também a relação harmoniosa dos seres humanos com o meio ambiente, onde estão chamados a viver, a ponto de o jardim se transformar num deserto (cf. <i>Gn</i> 3, 17-18). Trata-se daquele pecado que leva o homem a considerar-se como deus da criação, a sentir-se o seu senhor absoluto e a usá-la, não para o fim querido pelo Criador, mas para interesse próprio em detrimento das criaturas e dos outros.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
Quando se abandona a lei de Deus, a lei do amor, acaba por se afirmar a lei do mais forte sobre o mais fraco. O pecado – que habita no coração do homem (cf. <i>Mc</i> 7, 20-23), manifestando-se como avidez, ambição desmedida de bem-estar, desinteresse pelo bem dos outros e muitas vezes também do próprio – leva à exploração da criação (pessoas e meio ambiente), movidos por aquela ganância insaciável que considera todo o desejo um direito e que, mais cedo ou mais tarde, acabará por destruir inclusive quem está dominado por ela.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
<i>3. A força sanadora do arrependimento e do perdão</i></div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
Por isso, a criação tem impelente necessidade que se revelem os filhos de Deus, aqueles que se tornaram «nova criação»: «Se alguém está em Cristo, é uma nova criação. O que era antigo passou; eis que surgiram coisas novas» (<i>2 Cor</i> 5, 17). Com efeito, com a sua manifestação, <i>a própria criação pode também</i> «<i>fazer páscoa»</i>: abrir-se para o novo céu e a nova terra (cf. <i>Ap</i> 21, 1). E o caminho rumo à Páscoa chama-nos precisamente a restaurar a nossa fisionomia e o nosso coração de cristãos, através do arrependimento, a conversão e o perdão, para podermos viver toda a riqueza da graça do mistério pascal.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
Esta «impaciência», esta expetativa da criação ver-se-á satisfeita quando se manifestarem os filhos de Deus, isto é, quando os cristãos e todos os homens entrarem decididamente neste «parto» que é a conversão. Juntamente connosco, toda a criação é chamada a sair «da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus» (<i>Rm</i> 8, 21). A Quaresma é sinal sacramental desta conversão. Ela chama os cristãos a encarnarem, de forma mais intensa e concreta, o mistério pascal na sua vida pessoal, familiar e social, particularmente através do jejum, da oração e da esmola.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
<i>Jejuar</i>, isto é, aprender a modificar a nossa atitude para com os outros e as criaturas: passar da tentação de «devorar» tudo para satisfazer a nossa voracidade, à capacidade de sofrer por amor, que pode preencher o vazio do nosso coração. <i>Orar</i>, para saber renunciar à idolatria e à autossuficiência do nosso eu, e nos declararmos necessitados do Senhor e da sua misericórdia. <i>Dar esmola</i>, para sair da insensatez de viver e acumular tudo para nós mesmos, com a ilusão de assegurarmos um futuro que não nos pertence. E, assim, reencontrar a alegria do projeto que Deus colocou na criação e no nosso coração: o projeto de amá-Lo a Ele, aos nossos irmãos e ao mundo inteiro, encontrando neste amor a verdadeira felicidade.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
Queridos irmãos e irmãs, a «quaresma» do Filho de Deus consistiu em entrar no <i>deserto</i> da criação para fazê-la voltar a ser aquele <i>jardim </i>da comunhão com Deus que era antes do pecado das origens (cf. <i>Mc</i> 1,12-13; <i>Is</i> 51,3). Que a nossa Quaresma seja percorrer o mesmo caminho, para levar a esperança de Cristo também à criação, que «será libertada da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus» (<i>Rm</i> 8, 21). Não deixemos que passe em vão este tempo favorável! Peçamos a Deus que nos ajude a realizar um caminho de verdadeira conversão. Abandonemos o egoísmo, o olhar fixo em nós mesmos, e voltemo-nos para a Páscoa de Jesus; façamo-nos próximo dos irmãos e irmãs em dificuldade, partilhando com eles os nossos bens espirituais e materiais. Assim, acolhendo na nossa vida concreta a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, atrairemos também sobre a criação a sua força transformadora.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: justify;">
<i>Vaticano, Festa de São Francisco de Assis, 4 de outubro de 2018.</i></div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="background-color: white; font-family: Tahoma, Verdana, Segoe, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: center;">
<b>Franciscus</b></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485661600845679971.post-3830948726386307122019-02-12T02:27:00.003+00:002019-02-12T02:27:43.330+00:00“Missão País”. Uma Esperança! Uma Realidade!<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: xx-small;">ISILDA PEGADO 10.02.2019 VOZ DA VERDADE</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1bqjD_uPK3hHeH6yGaPbTKcC-GwZK4WOzQ-CiEzb9ZK61l5EzjZ8GN-kXY90XnNtFXTAIDFfeDexImd6iFRXKRLdqEg9JrhC97ssdwE4V0UwyYWc26gbkSYAnqsl7LIm4fMmFGo3-_7s/s1600/isilda_pegado.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="139" data-original-width="109" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1bqjD_uPK3hHeH6yGaPbTKcC-GwZK4WOzQ-CiEzb9ZK61l5EzjZ8GN-kXY90XnNtFXTAIDFfeDexImd6iFRXKRLdqEg9JrhC97ssdwE4V0UwyYWc26gbkSYAnqsl7LIm4fMmFGo3-_7s/s200/isilda_pegado.png" width="155" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">
1 – Organizam-se em grupos de cerca de 50 estudantes universitários, e vão para mais de 50 vilas e cidades deste País, em Missão. Levam a alegria, a força, o saber, o Amor e a Esperança a pessoas que até então desconheciam.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar de serem da mesma Universidade, muitos não se conheciam, mas aqui, criam entre eles laços de amizade, companhia e cumplicidade que tornam esta semana mágica.</div>
<div style="text-align: justify;">
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2 – As “Missão País” nasceram há cerca de 10 anos, mas mobilizam já, por ano, mais de 3.000 estudantes universitários que, aproveitam as férias entre o 1.º e o 2.º semestre para fazer algo de útil, bom e que lhes dá mais vida, mais universidade com os namoros, as piadas e até os copos próprios da idade ou ... a descoberta de vocação.</div>
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3 – As “Missão País” nasceram onde menos se esperava – no ambiente universitário – habitualmente contestatário, individualista e pouco dado às verdades da Igreja. Nasceu sem que haja um ideólogo na sua origem. Houve seguramente padres, rapazes e raparigas excepcionais com poder de liderança (ouvi a Verinha falar do impulso que tomou conta do seu coração) e comunidades que vivendo na aridez estavam, e estão, sequiosas deste Amor e desta entrega gratuita de jovens.</div>
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4 – É uma alegria vê-los em grupos a bater às portas para falar de Cristo, ou nos Lares e Infantários a conversar com quem estiver. Numa dádiva total.</div>
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É tão bonito vê-los nas missas ou na vigília de Oração a dar ânimo novo a Paróquias onde tudo parecia desgastado pelo tempo.</div>
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É uma Esperança que haja quem se entrega a Deus, à Igreja e se confronta, numa idade de grandes decisões (entre os 19 e 21 anos), com – o que quer para a vida.</div>
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É tão Bom ter a companhia de quem comunga o Amor a Cristo, um ideal de vida e um projecto de Futuro.</div>
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5 – Muitas vezes se fala de renovação dentro da Igreja.</div>
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As “Missão País” não são uma estratégia de renovação da Igreja. Mas são o caminho para uma vida mais plena, mais próxima da Verdade e melhor para milhares de jovens. Com estes milhares de jovens cria-se uma linguagem que todos entendemos.</div>
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O encontro destes rapazes e raparigas trará à Igreja uma nova forma de ser. Um novo embate com a realidade. E, por isso, uma Esperança.</div>
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6 – Cada um de nós, pode fazer memória da sua “Missão País” (que não se chamava assim – eram os encontros, retiros e peregrinações onde estávamos juntos a falar de Cristo) e que há 20, 30 ou 40 anos foi o encontro com Cristo, que moldou muitos trajectos de vida. Seguramente, recordamos com um sorriso nos lábios. O Bem que daí adveio é fruto de um Outro que nos abraça e muito nos quer.</div>
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Ao longo da vida somos confrontados com decisões difíceis, momentos de grande complexidade e, por vezes até de amargura com o trabalho, com a família, com a saúde. E, é nesses momentos que a companhia firmada na pertença a Cristo é ainda mais preciosa e salva vidas.</div>
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7 – Como este ano cantavam os rapazes e raparigas da “Missão País” - “Contigo cá dentro de mim, sou mais eu”. Descobrir que o Homem comunga de Deus e que tal facto o torna maior, e mais livre, é um caminho que no tempo dará frutos.</div>
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Ou, como cantam no Hino – “Pode ser só uma semana, ou o início de uma vida…”.</div>
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“Missão País” – que Esperança!</div>
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Post scriptum – No dia 5 de Outubro de 2018 estive no casamento de dois jovens médicos, que há 6 anos se conheceram na “Missão País”. É assim a vida.</div>
Unknownnoreply@blogger.com1