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A mostrar mensagens de setembro, 2012

A falência é um estado de espírito

ALBERTO GONÇALVES DN 2012-09-30 É extraordinária a quantidade de gente capaz de interpretar os sentimentos expressos nas manifestações de rua. Não possuo tal dom. Ouço e leio as palavras de ordem (pelo televisor, salvo seja) e acabo mais confuso do que comecei. Ao que tudo indica, o povo em protesto não quer aumentos de impostos e, em simultâneo, não quer a redução na despesa que compensaria a manutenção dos impostos tal como estão ou estavam. O povo pretende a expulsão da troika e não se encontra minimamente preparado para a penúria que a partida da troika implicaria. O povo rejeita a austeridade sem perceber que a alternativa é uma austeridade maior e menos meiga. O povo está contra o Estado e vive apavorado com a ideia de que o Estado recue nas suas vidas. O povo insulta o Governo que desastradamente tenta corrigir as contas públicas embora não deseje que as corrija com acerto, nem dedique grandes insultos aos governos que deliberadamente transformaram as contas públicas n

30 de Setembro - S. Jerónimo

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  S. Jerónimo no seu estudo Domenico Ghirlandaio (1480) Fresco (184 x 119 cm) Igreja de Ognissanti Florença  A maior parte dos santos são conhecidos por virtudes extraordinárias que demonstraram ou devoções que praticaram. S. Jerónimo é frequentemente lembrado pelo seu mau génio. É verdade que ele tinha mau génio e tinha uma escrita vitriólica. Porém, o seu amor a Deus e ao Seu Filho Jesus Cristo era extraordinariamente intenso, a ponto de considerar inimigos de Deus e de Jesus Cristo quem ensinasse o erro, refutando-os com a sua poderosa e muitas vezes sarcástica pena. O seu amor à Sagrada Escritura levou-o à Terra Santa após a morte do papa Dâmaso, de quem era secretário. Viveu em Belém, perto do local da Natividade, onde conclui a tradução para latim da Bíblia. Ainda hoje esta tradução, chamada a Vulgata é a base da Bíblia que lemos. O Santo Padre Bento XVI dedicou-lhe duas preciosas audiências de quarta-feira. Lê-las “levam-nos mais longe” AUDIÊNCIA GERAL

Ciências da (dí)Vida

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José Luís Nunes Martins, ionline 29 Set 2012 Será que os médicos deixarão de fazer juramento de Hipócrates para, hipocritamente, jurar defender com aprumo, brio, disciplina e coragem militares o Orçamento? Nesta semana, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida pronunciou-se no sentido de que o Estado português pode e deve racionar o acesso aos medicamentos mais caros para tratar o cancro, a sida e a artrite reumatóide. Tendo o médico que preside ao referido Conselho dito que se trata de “uma luta contra o desperdício e a ineficiência, que é enorme em saúde”. Mais, que “não é só legítimo, mas desejável”. Chegando- -se a referir ao facto de que 50 mil euros por 2 meses de vida não se justificam. Uma vida não tem preço. Nem qualquer pedaço dela. Como pode um homem, médico, chegar à conclusão de que há um valor justo para um mês de vida... todos já tivemos muitos meses maus, anos até... eu também, poderia ter passado por cima deles, mas, ainda assim, integram a minha

Quedas

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Inês Teotónio Pereira , ionline  29 Set 2012 A idade, a experiência e o saber contam tanto na educação como um zero à esquerda Uma das coisas mais importantes que aprendi nesta estonteante aventura maternal é que não se aprende a educar. Educar é uma daquelas coisas que se sabe fazer ou não se sabe. Por mais filhos que se tenha e por mais anos que passem, os erros repetem-se, aprofundam-se mesmo, e as asneiras multiplicam-se de forma exponencial. Ao contrário do que acontece com a matemática, na educação não se aprende com os erros. Se erramos uma vez, isso quer dizer que vamos errar muito mais vezes. É só uma questão de tempo e oportunidade. Isto da educação, ou se tem ou se nasce com jeito, assim como se nasce com jeito para a música ou para o futebol, ou não se nasce com jeito para educar. A experiência ou os livros na educação não servem para nada, da mesma forma que uma pessoa que tenha um ouvido duro para a música não aprende a tocar piano por ter seis pianos em casa ou p

Se o jornal não traz a verdade até nós, temos nós que a ir procurar

Em dia de “mega” manifestação contra a troika, o governo e, quem sabe, contra uma realidade que temos dificuldade em aceitar, é mesmo melhor encarar a realidade com realismo e dar primazia aos factos sobre as opiniões e estados de alma. Infelizmente os nossos jornais não ajudam. Por exemplo, o Público de hoje dá nota de um relatório do INE, discretamente no canto da página 16, para salientar um défice acima das metas previstas pelo governo. Porém, avisado pelo Henrique Pereira dos Santos , e indo ao relatório que o Público usa para confirmar a desgraça, dou-me conta de que as notícias são muito animadoras. Vão lá e leiam aquilo que os jornais preferem esconder … As coisas estão negras, mas há muitos sinais de que estão a melhorar e há situações que nos chamam a atenção para escolhas que é preciso fazer:   Prefere ter um SNS de topo ou uma estação de telev... isão pública? Nas nossas vidas sabemos que não é possível ter sol na eira e água no nabal. Na nossa vida de comunidade a reg

É melhor olhar para os factos....

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Henrique Pereira dos Santos Facebook , 2012-09-29 Todos os que dizem que a receita está a falhar e que é preciso voltar aos estímulos aos crescimento (suponho que na mesma receita dos anteriores, visto que os inovadores como as alterações da TSU não lhes agradam) devem olhar bem para este quadro para evitar dizer asneiras. O relatório vale a pena ser lido integralmente, sobretudo para os viciados em jornais e noticiários. A distância entre o quadro negro e sem horizonte com que somos bombardeados todos os dias tem aqui um desmentido categórico: as coisas estão pretas, mas estão muito menos pretas do que estavam e lá no fundo, no fundo, já se começam a vislumbrar uns cinzentos, em especial o quase equilíbrio das necessidades / capacidades da economia se financiar, depois de três anos inacreditáveis. São evidentes as razões das descidas dos juros da dívida portuguesa. Ver aqu i e também  aqui (com quadros em excel dos núemros mais relevantes).

Toquem os sinos

Miguel Esteves Cardoso Público 2012-09-29 Começam às oito da manhã, comoito badaladas. Passada meia hora para quem conseguiu premir, nas complicações do ouvido interno, o snooze apropriado para lidar com um carrilhão de sinos, soa um lembrete de sininhos. Às nove vêm nove das pesadas, capazes de levantar da cama o próprio colchão. Tão certos estão os sinos da igreja de já não permanecer ninguém na cama que às dez da manhã, a seguir às dez badaladas, toca um melodioso hino litúrgico que felicita as pessoas por estarem acordadas, já a trabalhar, ainda a tomar o pequeno-almoço ou, idealmente, a pensar em ir à missa. É um jingle que, feliz ou infelizmente (não sabemos, estando ainda em estado de choque), não mais se repetirá ao longo do dia ou da noite. Só quem consegue acordar depois das dez da manhã, por lassidão, devassa vivencial ou droga, não conhece os duvidosos benefícios que oferece. Desde que viemos viver para Almoçageme que a nossa noção do tempo mudou. Mudou para

Contas Nacionais trimestrais (2º trimestre de 2012) Aumenta a taxa de poupança

Relatin e 2012 Trim 2

Prefere ter um SNS de topo ou uma estação de televisão pública?

Bruno Faria Lopes, i-online 28 Set 2012 Portugal é de novo agitado pela verdade inconveniente de que há racionamento na saúde. Ainda bem. O debate dá-nos o poder para escrutinar – e fazer escolhas cruciais “Vivemos numa sociedade em que, independentemente das restrições orçamentais, não é possível em termos de cuidados de saúde todos terem acesso a tudo. Será que mais dois meses de vida, independentemente dessa qualidade de vida, justificam uma terapêutica de 50 mil, 100 mil ou 200 mil euros? Tudo isso tem de ser muito transparente e muito claro, envolvendo todos os interessados”. A frase é do presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, Miguel Oliveira da Silva, e gerou – como sempre no debate público em Portugal – uma reacção emocional e acusações de eugenismo. Mas será mesmo assim? À primeira vista parece estranho que seja o Conselho de Ética a levantar publicamente o problema do racionamento de cuidados de saúde. Mas, na verdade, é de uma questão de éti

Churchill

No seu curto artigo das quintas feiras, João César das Neves dá uma nota optimista, melhor realista da situação nacional e cita Churchill “Mas isto não é o fim. Nem sequer o princípio do fim. É talvez o fim do princípio”. Nem de propósito ao “folhear” a Internet, dou-me conta como a história e personagens com a dimensão de Winston Churchill podem ser inspiração nestes tempos de dificuldade. Pedro Leal, a propósito do momento delicado da política nacional lembra a clarividência, melhor, a sabedoria de que o estadista inglês deu provas na véspera da batalha de Inglaterra: “Vamos, portanto, entregar-nos àquilo que temos que fazer. Daqui a mil anos, ainda se dirá de nós: “Aquele foi o seu melhor tempo!”. Recomendo ainda a excelente lição sobre dívida pública no artigo O José Vítor existe mesmo? Peço a vossa generosidade para considerarem disponibilizar algum do vosso tempo na ajuda à PEREGRINAÇÃO A PÉ DE COMUNHÃO E LIBERTAÇÃO - AJUDA...

Aquilo que nenhum político vos dirá

Público 2012-09-28 José Manuel Fernandes Portugal pode não ter alternativa a renegociar a dívida e a sair do euro. Mas não será nada bonito de se ver Quando pensamos que nada pode correr pior, é sempre possível que tudo piore ainda mais. Por isso é bom começar a pensar nos cenários de que ninguém nos fala, sobretudo não nos falam os políticos. Os cenários de falhanço completo da estratégia seguida nas últimas décadas. Pois é a isso que estamos a assistir. Há 20 anos, quando Portugal assinou o Tratado de Maastricht, ainda Cavaco Silva era primeiro-ministro, vivíamos duas imensas ilusões. Nos anos anteriores a economia portuguesa tinha crescido a um ritmo que não conhecia desde o final da década de 60, início da década de 70. A adesão à União Europeia e o cavaquismo triunfante pareciam estar a cumprir o sonho de gerações de portugueses, isto é, a rápida aproximação ao nível de vida da Europa desenvolvida. A economia passava por um rápido processo de transformação e liberalização.

Ulrich: Ajustamento de Portugal é "notável" e devíamos "chapar isso na cara desses articulistas do Financial Times"

27 Setembro 2012 | 16:52 negocios online Ana Laranjeiro -  alaranjeiro@negocios.pt Presidente do BPI defende que o ajustamento que Portugal está a fazer é "notável" e que há demasiadas pessoas a comentar a situação nacional. Fernando Ulrich (na foto), presidente do BPI , considera “notável” o ajustamento que Portugal estar a levar a efeito. O banqueiro, presente na conferência da Exame, em Lisboa, recordou alguns números para sustentar esta opinião. “O défice orçamental, sem medidas extraordinárias, em 2009 e 2010 foi praticamente igual 17 mil milhões de euros, o que representou 10,2% do PIB num ano e 9,8% no outro. Em 2012, aquilo que se estima, sem medidas extraordinárias é um défice de 10 mil milhões de euros, 6,1% do PIB. Desde 2010 até 2012, o défice, sem medidas extraordinárias, reduz quase sete mil milhões de euros em dois anos, o que são quase 3,7 pontos percentuais de PIB e, a primeira coisa que temos de assumir é que é um resultado muito bom em qualquer pa

472º aniversário da Companhia de Jesus

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Na Companhia de Jesus, a data de hoje é uma daquelas que, para todos os efeitos, é considerada fundacional, pois foi neste dia (27 de Setembro) de 1540, ou seja, há 472 anos que a Ordem Religiosa a que pertenço, a Companhia de Jesus, foi oficialmente aprovada pelo Papa Paulo III, dando-se então início a esta secular e providencial aventura no Espírito de Servir a Igreja e a Humanidade em União com Cristo e a Sua Missão de Salvação, Missão esta a que, ao longo destes quase 500 anos de história, com os seus altos e os seus baixos, as suas virtudes e as suas quebras, mas sobretudo com a admirável, e sempre surpreendente Graça de Deus, os membros da Companhia de Jesus, cada um a seu modo, têm dedicado, pela Graça que só Deus dá, o melhor das suas vidas e da sua acção, oferta e oblação feita sempre em comunhão com a Igreja e com tantos homens e mulheres que, directa ou indirectamente, mais de perto ou mais ao longe, sempre participam, no passado como agora, na missão apostólica que é a da

Fim do Princípio

DESTAK | 26 | 09 | 2012   20.09H João César das Neves | naohaalmocosgratis@ucp.pt As guerras não são ganhas com evacuações» (Winston Churchill, discurso na Câmaras dos Comuns, 4 de Junho de 1940). Esta frase é um aviso simples, mas sempre necessário. A Inglaterra tinha conseguido um grande sucesso, retirando face aos nazis triunfantes no continente, através de uma operação audaciosa e heróica. O primeiro-ministro, em vez de um discurso de sucesso, teve a coragem e sensatez de lembrar este princípio simples. Por grandioso que fosse o acontecimento de Dunkirk, o problema continuava por resolver. Este é um conselho importante no actual momento socio-económico da vida nacional. As recentes manifestações obrigaram o Governo a recuar na subida da TSU. Mas a satisfação de tantos com esse triunfo é tolo. Ouvindo-o, até parece que os inimigos são os ministros e que derrotá-los melhora algo na situação. É importante lembrar que o mal não estava na TSU. Uma vez impedida a sua subida, o des

Orgulho

“Um ponto-chave em que o homem é diferente de Deus é o orgulho: em Deus não há orgulho, porque ele é plenitude total e tende permanentemente a amar e a dar vida. Pelo contrário, em nós, homens, o orgulho está intimamente enraizado e exige constante vigilância e purificação”, “Nós, que somos pequenos, aspiramos a parecer grandes, a ser os primeiros, enquanto Deus não teme rebaixar-se e ser o último”. Bento XVI Angelus de 23/09/2012: Como já vem sendo hábito, apelo à vossa generosidade no apoio à Peregrinação a pé a Fátima de Comunhão e Libertação de 8 a 13 de Outubro. As necessidades e locais bem como todas as instruções de contacto podem ser consultadas aqui .

PEREGRINAÇÃO A PÉ DE COMUNHÃO E LIBERTAÇÃO - AJUDAS À PEREGRINAÇÃO - LOCAIS E NECESSIDADES

Amigos, Como todos os anos, precisamos de equipas para levar e servir as refeições da Peregrinação. Este ano é particularmente difícil porque todos os dias são dias de trabalho, pelo que a vossa generosidade terá que ser ainda maior. Assim, mais uma vez, pedimos a todos, que disponibilizem o vosso precioso tempo. Agradeço que me enviem ( joanaqueiroz@sapo.pt ) um e-mail com o vosso nome, número de telemóvel e local onde vão ajudar. Eu, depois de ter as pessoas todas que podem, formarei as equipes e enviarei a todos um e-mail com indicações mais precisas. Dia 8.10 (2ª. Feira) – Almoço - 1 pessoa para trazer o almoço de Lisboa até Alverca (estar em Alverca às 13h/13h30m) e esperar para trazer as vasilhas de volta Dia 8.10 (2ª. Feira) – Jantar – Castanheira do Ribatejo – Pavilhão da Juventude da Castanheira – Equipe de 3 pessoas para servir o jantar (estar na Castanheira pelas 18:30 h para ir organizando as coisas) + 1 pessoa para trazer o jantar de Lisboa até Cast