Isabel Jonet no programa Edição da Noite da SIC, 6 de Novembro 2012

Comentários

Anónimo disse…
Mulher inteligente e realista!Obg!God bless her!

Francisco Melo disse…
As reacções contra a dra Isabel Jonet não para espantar para quem vive de mentiras. Assim, ouvir a verdade incomodará sempre os que vivem de mentiras.
Duart disse…
Acabo de ver o video que me enviou com o comentário da Isabel Jonet e aproveito para deixar o meu "Olá" e o meu comentário.

Admiro o trabalho que a Isabel Jonet desenvolve no Banco Alimentar e a sua entrega ao serviço caritativo que não tenho dúvidas é inspirado pela sua e pelo seu Amor a Cristo, modelo de Amor aos mais pobres. Ela constitui sem dúvida alguma um modelo de cidadão activo na sociedade inspirado pelos valores do Evangelho.

No entanto, não posso deixar de dizer que, não fosse a sua reconhecida entrega ao serviço dos mais pobres, e os comentários feitos soariam a insensibilidade e desconhecimento de causa. Concordo com o desequilibrio referido entre o nível de vida de muitos dos portugueses pobres e das suas práticas de consumo, no entanto, a forma como estes são retratados é a de que na sua maioria são pobres vivendo como ricos.

A verdade não é essa: grande parte desses muito pobres nem tem um cartão de crédito e nem nunca viveu nem como rico e dificilmente acima das suas possibilidades. Talvez tenha conseguido nos últimos anos viver melhor que no tal tempo (da fome e da falta de oportunidades) da Sr. Manuela Ferreira Leite e restantes convidados, no entanto, dizer-se que essa melhoria foi infundamentada e foi a culpada da presente situação é injusto e insensível. Em todo o mundo, o ser humano procura sempre a melhoria das condições materiais de vida. Em Portugal isso aconteceu porque havia possibilidade para isso. Nalguns casos a crédito (pagando no futuro essa melhoria) noutros por uma escalada social, associada a maiores rendimentos fruto do aumento das qualificações dos portugueses. (continua)
Duart disse…
(continuação)
O problema da nossa pobreza no entanto, apesar de nos quererem convencer disso, não é resultado do endividamento dos portugueses. Os portugueses, como todos os europeus, americanos, brasileiros, chineses e tantos outros no mundo que têm um poder de compra acima da média mundial, têm dívidas, e muitas. Faz parte do modelo de vida contemporâneo e não é necessariamente problemático porquanto que haja capacidade de se pagarem os créditos ao longo do tempo.

O problema eu diria reside mais no risco financeiro de certos créditos. Mais explicitamente refiro-me a crédito atribuído seja em condições altamente difíceis de saldar rapidamente, seja a indíviduos com dívida acumulada e cuja a capacidade creditícia é reduzida por isso. O indíviduo em Portugal que minou o país inteiro por causa da sua situação de alto risco por via das duas condições é precisamente o Governo de Portugal.

O nosso grande problema é o da dívida pública, que é ainda maior quando os nossos governantes não são inteligentes e eficientes o suficiente para lidar eficazmente com ela.

Grande parte dos países da Europa tem um dívida pública com um risco significativo e todos agora andam preocupados com ela. Aqui no Reino Unido o governo está bem focado em diminuir a dívida pública britânica que em 2009 era igual à da Espanha. No entanto a austeridade recorrida para sanar essa dívida é muito bem medida e calculada de modo a não oprimir a economia e a não gerar uma aumento da pobreza que também tem consequências graves para a economia. No Reino Unido, uma redução do poder de compra dos britânicos implicaria uma quebra no consumo interno que afectaria muitos negócios e pequenas empresas, que são elementos chave no emprego nacional. Não se pode desviar o poder de compra dos cidadãos para pagamento de impostos, porque aí destrói-se a economia, jogam-se milhares no desemprego e pobreza, perde-se capital investido e desenvolvido ao longo de anos, destrói-se o setor produtivo e finalmente acaba-se por arrecadar menos impostos.

Essa tem sido a "estratégia" deste governo português que tem os resultados à vista: aumento de desemprego, recessão económica (que significa destruição de partes da nossa economia), aumento da pobreza e claro, no final não se atingem as metas de défice e de receita fiscal, porque a economia retrai acima daquilo que se espera.

Comentários como este de Isabel Jonet fazem-nos acreditar nesta história errada mas típica de português cabisbaixo que apanha calduços pelos grandes e ainda diz "estava a merecê-lo". Está na hora de quem tem poder e influência de usá-lo para proteger o pobre cabisbaixo e fazer justiça ajustando a necessidade de mudança à capacidade de mudar.
Esperava ver a Sra Isabel Jonet levantar a sua voz para proteger aqueles a quem serve com o seu trabalho voluntarioso e lutar para que, como Cristo nos mostrou e ensinou, os pobres sejam tratados com mais dignidade e Amor na nossa sociedade.
Anónimo disse…
Concordo plenamente com o Duarte! Os exemplos de "viver acima das possibilidades" apresentados, não são aceitáveis... Seria bom que todos os portugueses pudessem "comer bifes" várias vezes por semana - não é um excesso, isso não significaria "viver acima das possibilidades" mas apenas um nível de vida confortável, afinal ainda somos um país desenvolvido.
E lamento, não temos que voltar à "fila para compra 1 litro de leite", para que se possa dizer que já não vivemos acima das possibilidades...
Claro que o Banco Alimentar é já uma instituição per si, e o trabalho realizado é uma realidade que nem precisa de defesa - existe simplesmente! A Sra. Isabel Jonet não foi feliz na escolha dos exemplos... espero que tenha sido este o caso e apenas isso!

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