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A mostrar mensagens de setembro, 2008

O caso 'Lisboagate' e a cultura da cunha

Diário de Notícias, 20080930 João Miguel Tavares Jornalista - jmtavares@dn.pt A cunha tem muito que se lhe diga. Toda a gente está disposta a condená-la e a apontá-la como uma das causas do atraso de Portugal, mas poucos, na prática, passam sem ela. Se Jesus, em vez de frequentar as terras de Israel, tivesse pregado nas margens do Tejo, teria dito à multidão em fúria: "Quem nunca meteu uma cunha que atire a primeira pedra." E aí todos baixariam a cabeça, começando pelos mais velhos, e iriam apedrejar para outra freguesia. É que a cunha não é um acto de corrupção, como enfiar notas na mão de um autarca. É, de forma bem mais cândida, driblar a máquina burocrática, pedir pequenos favores para o primo que é óptimo rapaz, tentar muitas vezes ajudar quem efectivamente precisa ou, como se diz na minha terra, ter um simples "olhamento". Mas, claro, de cunhas bem-intencionadas está o inferno cheio. Veja-se o caso "Lisboagate". As primeiras notícias divulgadas pelo

30 de Setembro - S. Jerónimo

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CARAVAGGIO S. Jerónimo 1605-06 Óleo sobre tela, 118 x 81 cm Mosteiro, Montserrat

Arrojo de Leão

O Inimputável 20080929, Pedro Afonso Na sequência das alterações da Lei do divórcio e da introdução do projecto legislativo do casamento dos homossexuais, tenho lido e escutado que muitos daqueles que se identificam com o modelo de “família conservador” entendem com resignação de que a causa que defendem está perdida. Ou seja, na actual sociedade, mais cedo ou mais tarde o tecido familiar romper-se-á definitivamente, não havendo nada a fazer para contrariar este fenómeno. É somente uma questão de tempo. ver mais....

Pactos de silêncio

Jornal de Notícias, 29.09.2008 Mário Crespo No Outono de 1989 conduzi na RTP os debates entre os candidatos a Lisboa. O grande confronto foi PS/PSD. Duas candidaturas notáveis. Jorge Sampaio, secretário-geral, elevou a política autárquica em Portugal a um nível de importância sem precedentes ao declarar-se candidato quando os socialistas viviam um dos seus cíclicos períodos de lutas intestinas. O PSD escolheu Marcelo Rebelo de Sousa. No debate da RTP confrontei-os com a fotocópia de documentos dos arquivos do executivo camarário do CDS de Nuno Abecassis. Um era o acordo entre os promotores de um enorme complexo habitacional na zona da Quinta do Lambert e a Câmara. Estipulava que a Câmara receberia como contrapartida pela cedência dos terrenos um dos prédios com os apartamentos completamento equipados. Era um edifício muito grande, seguramente vinte ou trinta apartamentos, numa zona que aos preços do mercado era (e é) valiosíssima. Outro documento tinha o rol das pessoas a quem a Câmara

As pensoes e a bolsa

PÚBLICO, 29.09.2008, António Bagão Félix O secretário-geral do PS lança um anátema sobre os mercados e abusa da ignorância geral sobre estas matérias No comício de Guimarães, o secretário-geral do PS, José Sócrates, disse, no agora estilo venezuelano, que, ao contrário da direita, não permitirá que as pensões sejam "jogadas na Bolsa". Sei que em ambiente de comício devemos dar algum desconto ao que se diz. Mas, tratando-se do líder socialista que é também chefe do Governo, é desejável esperar algum cuidado, sobretudo quando são abordados temas tão sensíveis como são as pensões dos portugueses e o mercado de capitais. Ora, a afirmação produzida, no meio do deslumbramento mediático de que tanto gosta, é perigosa, primária e politicamente pouco honesta. Ninguém até hoje propôs um regime de pensões baseado na pura capitalização, nem mesmo na dita direita política tratada, aliás, pelo SG do PS como um todo monolítico. O que sempre se propôs, embora com cambiantes, é que uma parte

A NORMALIDADE DO PÂNICO

Diário de Notícias, 20080929 João César das Neves Professor universitário naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt Apalavra mais usada na economia mundial é "pânico". O termo é adequado, mas a circunstância não é anormal. A presente crise nada tem de extraordinário. Como os furacões que assolam regularmente a costa americana, o susto da catástrofe é duro mas não deve gerar previsões drásticas ou medidas radicais. Enfrentado o tufão, reconstrói-se e regressa-se ao normal.A moeda é uma entidade única, de valor artificial. Simplesmente acreditamos que aquele papel vale o que diz. Já Aristóteles afirmava: "A moeda tornou-se, em virtude de uma convenção, um meio de troca para tudo o que nos faz falta... Ela é uma instituição, não natural, mas legal" (Ética a Nicómaco V, 5, 1133a.28-31). O dinheiro só vale enquanto dissermos que vale. Todos os bens ganham valor a partir da sua utilidade, mas a moeda, que não satisfaz directamente nenhum desejo humano, depende apenas da confiança qu

Inverno Demográfico

Pedro Vaz Patto O Inimputável, 20080928 Inverno Demográfico: o problema. Que repostas? Um colóquio com este título, organizado pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, decorreu ontem no auditório do edifício novo da Assembleia da República.Políticos e sindicalistas de vários quadrantes, e também pessoas com responsabilidades no Governo e noutros órgãos de soberania, parecem conscientes da gravidade do problema que representa uma queda de natalidade sem paralelo na História, estão de acordo quanto ao diagnóstico e quanto à urgência de tomar medidas para o contrariar. Uma consciência e um consenso que não existiam ainda há não muito tempo. E também quanto a algumas medidas nesse sentido, parece haver algum consenso. continuar

A promiscuidade entre jornalismo e publicidade

O Inimputável, 20080928 O jornal Expresso na edição desta semana apresenta, a ocupar quase metade da primeira página, uma fotografia com uma notícia (?) de que em breve “Os Gatos Fedorentos” irão estrear um novo programa. A passagem subliminar de publicidade − neste caso de auto-publicidade visto que a SIC faz parte do grupo Impresa, ao qual também pertence o Expresso − por notícia é uma situação que considero ofensiva para os leitores. A razão é simples: o jornal é pago, e quem o compra parte do pressuposto de que está a adquirir um jornal sério, isento, informativo, e não manipulativo. ler....

Não há talentos grátis

Expresso, 20080927 António Pinto Leite Cada empresa portuguesa, assim como Portugal como país, deve perguntar-se: onde estaremos daqui a dez anos com a gestão do talento que hoje fazemos? As comunicações atenuaram as distâncias de tal modo que a geografia deixou de ser o factor competitivo que antes foi. O capital é relevante, mas em campeonatos homogéneos não faz a diferença. As máquinas ainda são importantes em muitos sectores, mas a boa gestão pode compensar a diferenciação competitiva que daí resultaria. A geografia, o capital e a máquina foram substituídos por outro activo diferenciador, pelo talento. O factor competitivo que faz a diferença na economia de hoje é o talento. O talento sempre fez diferença, hoje faz toda a diferença. O talento é um bem escasso, o talento é um bem por desenvolver. O talento é um bem escasso, como uma matéria-prima essencial. Consegui-lo, mantê-lo e desenvolvê-lo é o desafio mais importante das organizações modernas de alto desempenho. Mesmo ao nível

Eles e nós

Expresso, 080930 João CarlosEspada jcespada@netcabo.pt A crise terá os seus responsáveis. Mas é uma crise do nosso, sublinho nosso, sistema de mercado Alterar tamanho É com alguma surpresa que venho observando o novo desporto nacional de alguma opinião publicada: o ataque puro e duro, muitas vezes em simples regozijo, ao chamado “capitalismo financeiro americano”, que é taxativamente tratado como “eles”. E “eles” seriam responsáveis pela crise que estão a produzir sobre “nós”. Não sei se é um atavismo herdado de 48 anos da superior liderança do dr. Salazar, em que se falou do “orgulhosamente sós”, ou se uma nostalgia do “Povo Unido com o MFA”, em que se falava do “caminho português para o socialismo”. Francamente, não sei. Mas é um bocado aborrecido. E ligeiramente preocupante. A crise terá os seus responsáveis e já lá iremos. Mas é uma crise do nosso, sublinho nosso, sistema de mercado. Este é o melhor sistema que até agora conhecemos para colocar a economia ao serviço dos consumidore

Escola de Oracao: mudança de local e recomeço

Escola de Oração Mudança de local : de S. Nicolau para o auditório das Irmãs Vicentinas do Campo Grande Av. Marechal Craveiro Lopes, 10 (Entrada do Campo Grande para a Segunda Circular, sentido sul/norte: tomar bifurcação à direita. Em frente, pode-se entrar com o carro no portão: dentro , há espaço para estacionar . Metro : Campo Grande; Autocarros : todos os que passem na zona norte do Campo Grande) Recomeça a 6 de Outubro 2008 Primeiras e terceiras segundas-feiras de cada mês das 21.15 às 22.30 O Programa 2008/2009 será brevemente divulgado na íntegra Título Geral Um mergulho no Evangelho As duas primeiras sessões: I – 06.10.2008 – O mais alto nível de existência: a utopia cristã P. Luís Rocha e Melo «Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai do céu» (Mt 5, 48). «Aos homens é impossível; mas a Deus tudo é possível» (Mt 19, 26). II – 20.10.2008 – Santidade e simplicidade: « sê tu próprio » P. Luís Rocha e Melo «Deus fez-se homem para que o homem seja divinizado» ( Santo

Crónica sem tema

PÚBLICO 26.09.2008, Graça Franco A ERC existe apenas para atazanar o juízo de empresas e jornalistas ou serve também para defender o cidadão indefeso? Fiquei sem crónica. Há dias assim. Foi quarta de manhã. Limite dos limites para conseguir um bom tema, devidamente "virgem" no panorama "cronístico" nacional, estruturado q.b. e susceptível de ser tratado em seis mil caracteres e naquelas quatro a cinco horas que se prolongam entre as dez da noite e as três da madrugada de quinta-feira (dia D do envio deste texto para publicação neste jornal). Andava eu, como sempre, coligindo material criteriosamente, dia após dia, exemplo atrás de exemplo, na esperança de conseguir arrasar o regulador com a minha argumentação, forçando-o a lançar-se numa cruzada cívica pela limpeza do nosso espaço audiovisual, e eis senão quando, zás! Fiquei sem tema. Tinha até já a preciosa opinião de um universitário insuspeito de qualquer conservadorismo (o professor Manuel Pinto da Universidade

Cristofobia

RR on-line, 20080926 Esta onda de ódio contra os cristãos – agora dada a conhecer na Índia – verifica-se também noutros países, nomeadamente no Paquistão, Iraque e Vietname. Finalmente, depois do Papa, o Parlamento Europeu quebrou o silêncio da comunidade internacional:Está em curso uma onda de Cristofobia em vários Estados da Índia e ninguém faz nada em defesa dos cristãos. Só no Estado de Orissa, foram já assassinados 37 cristãos. Dezenas de Igrejas foram profanadas, mais de quatro mil casas destruídas e 50 mil fiéis fugiram para campos de refugiados ou estão escondidos na floresta.Esta onda de ódio contra os cristãos – agora dada a conhecer na Índia – verifica-se também noutros países, nomeadamente no Paquistão, Iraque e Vietname. A opinião pública ocidental, os políticos e intelectuais têm andado entretidos com outros assuntos… “Mais depressa se preocupam com o futuro dos ursos polares do que com a vida ameaçada de milhares de cristãos”, disse, a este propósito, o Cardeal Cafarra,

So uma escola exigente é democrática

Só uma escola exigente é democrática PÙBLICO, 25.09.2008 Pedro Picoito Condenar todos os alunos à mediocridade é o melhor que a democracia portuguesa tem para lhes oferecer? Por estes dias, milhão e meio de alunos portugueses voltam às aulas. Vão encontrar um sistema de ensino burocratizado, centralista e ineficiente. Irão para a escola que o Estado impõe aos seus pais, de acordo com a área de residência ou de trabalho. Talvez não tenham ainda todos os professores nos primeiros dias, porque a colocação de contratados é um processo nacional de tentativa e erro. Alguns acabarão o ano sem dar todo o programa de Português ou de Matemática por causa da indisciplina dos colegas ou da desmotivação dos professores. Vão encontrar, sobretudo, um sistema que, ao fim de um século de ensino obrigatório, ainda não ultrapassou o maior desafio da escola pública: conciliar a igualdade de oportunidades e a procura da excelência. É o mesmo dilema entre a paixão da igualdade e a paixão da liberdade que To

Egoísmo

João César das Neves DESTAK 25 09 2008 09.06H Se uma pessoa rouba um banco é corrupto ou bate num amigo é considerado um bandido, um canalha, um miserável. Mas abandonar cônjuge e filhos não é minimamente criticável. Actualmente já ninguém diz que um homem sério e digno nunca largará a sua família por piores que sejam as dificuldades. Já ninguém pensa que uma mulher que se preze não deixa marido e filhos quaisquer que sejam as circunstâncias. Estas certezas, que guiaram a nossa sociedade durante séculos, são relíquias antiquadas e obsoletas. Dizer a alguém que saiu de casa que ele é um devasso, um crápula, é algo que nem sequer nos passa pela cabeça. E se passasse, seria imediatamente criticado como inaceitável violação da liberdade e privacidade. Se essa pessoa fumar em locais fechados ou contribuir para o aquecimento global será severamente censurado. Mas faltar aos deveres conjugais e paternais é algo normal, comum, desculpável. Agora até a lei, tão asfixiante noutros assuntos, crio

As démarches do poder

PÚBLICO, 25.09.2008, Constança Cunha e Sá Neste momento, só nos ocorre perguntar como é que tudo isto se tornou possível Há uns anos, o actual líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, decidiu comemorar o 25 de Abril brindando a Assembleia da República com um discurso sobre a "claustrofobia democrática" que contaminava o país. Vivia-se ainda sob o signo das grandes reformas, onde um governo, empreendedor e decidido, se lançava com particular zelo contra os inúmeros grupos de privilegiados que batiam o pé à modernidade, entupindo o desenvolvimento da pátria e os grandiosos objectivos que guiavam o primeiro-ministro. Num dos cantos da oposição, o dr. Marques Mendes, desprovido do discurso e das causas do PSD, sem "jeito" para liderar um partido, como assegurava o dr. Júdice, do alto da sua sabedoria, limitava-se a confirmar a ausência de qualquer alternativa "credível" à maioria absoluta dos socialistas. Apesar de tudo, durante algum tempo, a "claustrofob

25 de Setembro - S. Firmino

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S. Firmino Cateral de Amiens (séc. XIII) São Firmino foi o primeiro bispo de Amiens e sofreu o martírio no século IV. Era natural de Pamplona, Espanha, e filho de Firmo. Foi convertido por São Saturnino, e teve como mestre o sacerdote Honesto. Segundo a tradição, São Firmino tornou-se bispo aos 24 anos. A sua pregação alcançou a França, a Aquitânia, a Alvérnia, Agenais, Amiens. Como a sua pregação fosse coroada de numerosas conversões, os governantes tramaram secretamente sua morte. Os factos principais de sua vida estão narrados na fachada da Catedral de Amiens.

Eles eram assim

Rui Ramos – PÚBLICO, 20080924 O historiador do futuro entenderá uma sociedade onde era mais fácil desligar-se do marido do que de um empregado?No PÚBLICO de sábado passado, o padre Gonçalo Portocarrero de Almada observou que em Portugal se tornara mais fácil aos cidadãos, pela lei e segundo os procedimentos nela previstos, desligarem-se do marido ou da mulher, do que de um empregado. Talvez nem todos aceitem esta comparação entre as leis do casamento e do trabalho. Mas vamos admitir que um dia, daqui a muitas gerações, algum historiador futuro faça o mesmo para tirar conclusões sobre como nós, portugueses de 2008, pensávamos e vivíamos. Como dirá que nós éramos? Talvez contraditórios, se aceitar a interpretação que das leis fizeram os seus proponentes. Porque a lei do casamento convencê-lo-á de que, em 2008, concebíamos as relações entre as pessoas como fundamentalmente contingentes, sem demasiadas consequências; e as leis do trabalho, como fundamentalmente estáveis, e com sérias conse

Paraíso ou Inferno? Comunicado da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

Ontem, mais um crime terrível na Finlândia, feito por um "jovem simpático", "acima de qualquer suspeita", no paraíso da Escandinávia. Há anos que acontecem coisas destas, em todo o "mundo civilizado": jovens simpáticos, acima de qualquer suspeita, entram na escola a matar e suicidam-se (ou são mortos no tiroteio). Em Portugal isso ainda não aconteceu. Por enquanto, "apenas" roubos, volência, agressão a professores, transpote de armas (coisa pouca...) mas ainda não houve mortos. Este "fenómeno" está estudadíssimo "lá fora". Cá dentro, não é politicamente correcto dizer-se: a crescente dissolução conjugal aumenta dez a vinte vezes a incidência de delinquência e criminalidade juvenis, insucesso escolar, gravidez adolescente. A falta do pai em casa é a causa principal. A Escandinávia, como modelo social, é paraíso ou inferno (título de um filme dos anos 70)? Infelizmente, os portugueses estão a obter a resposta ao "vivo e a c

O terror voltou antes do Pai Natal

PÚBLICO Nuno Pacheco - 20080924 O país apontado às crianças como a terra onde vive o Pai Natal voltou a ser abalado, como há dez meses, por novo massacre numa escola. Por causa do excesso de armas ou por algo mais profundo?A três meses de Dezembro, quando a Finlândia passa de país da Nokia a país do Pai Natal, o terror voltou a apossar-se da sociedade finlandesa. Sem uma explicação plausível, como da outra vez. No dia 7 de Novembro de 2007, um jovem de 18 anos chamado Pekka-Eric entrou no seu liceu e matou sete colegas e uma professora. Em seguida tentou pôr termo à vida com a mesma arma que usara no morticínio, uma Sig Sauer de calibre 22. Era tido como um jovem simpático, "muito sorridente". Ninguém percebeu o que se passou.Agora, um jovem chamado Matti Saari, este com 22 anos, quase copiou o seu antecessor. Entrou numa escola que frequentara e disparou em seu redor. Matou dez colegas, feriu três e tentou matar-se em seguida. Acabou por morrer no hospital, vítima dos ferime

A lei do divórcio

CARTAS AO DIRECTOR Público - 20080924 A lei do divórcio Sobre o projecto lei do partido socialista, agora aprovado, pela segunda vez, gostaria de centrar a atenção nos motivos que levaram à redacção desta proposta. O preâmbulo deste projecto-lei assenta a justificação da revisão da lei do divórcio, facilitando-o, em três factores: a secularização, a sentimentalização e a individualização. (.A lei do divórcioSobre o projecto lei do partido socialista, agora aprovado, pela segunda vez, gostaria de centrar a atenção nos motivos que levaram à redacção desta proposta. O preâmbulo deste projecto-lei assenta a justificação da revisão da lei do divórcio, facilitando-o, em três factores: a secularização, a sentimentalização e a individualização. (...)Por sua vez, estas novas transacções afectivas estão assentes unicamente no bem-estar individual, na felicidade individual, valores afectivos supremos das sociedades modernas. Deixando de existir estes supremos valores afectivos, as relações rompem

“Propagandês”

Diário Económico, 20080924 Paulo Marcelo Uma das características do “propagandês” é a utilização do Estado como instrumento partidário. Já conhecíamos o “politiquês” como caricatura do discurso político. Com este Governo ficámos a conhecer o “propagandês”, um novo estilo que consiste em governar em função da mensagem que se quer passar à opinião pública. Veja-se o que se passa com a Educação. Sendo uma das áreas de maior fragilidade do Governo, com a contestação generalizada de pais e professores, foi natural a escolha das escolas como palco privilegiado de propaganda. Com o pretexto do arranque do ano lectivo, montaram-se várias acções de campanha em escolas públicas, com a presença de membros do Governo a distribuir computadores, incluindo o inevitável Magalhães.Quando se anunciou que a taxa de retenções (ou “chumbos”) no ensino básico e secundário foi a mais baixa da última década, uma estranha suspeita pairava no ar. Ainda se ouviam as acusações das Sociedade Portuguesa de Matemáti

24 de Setembro - Nossa Senhora das Mercês

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Museu de Arte Sacra Universidade Federal da Bahia Séc. XVIII 0,76m X 0,58m Óleo sobre tela __________________________________________________________ Nossa Senhora das MercêsEm 621, os visigodos tornaram-se senhores de toda a Espanha. Em 711, vieram os árabes que os repeliram para as montanhas das Astúrias e conquistaram quase toda a Península. Foram precisos seis séculos para os expulsar. Durante este período foram levados para África grande número de cristãos. Os que abraçavam o islamismo eram tratados como homens livres; os outros eram vendidos como escravos. Para os libertar era necessário pagar o resgate. Como nem todas as famílias tinham posses para libertar seus familiares, S. Pedro Nolasco fundou, em 1218, a Ordem das Mercês ou da Redenção dos Cativos. A própria Virgem, numa aparição, incitou a isso. Pedro contou a sua visão a S. Raimundo de Penhaforte e ao rei Jaime I, de Aragão. Os três conseguiram pôr em prática o projecto. Graças ao seu heroísmo e à generosidade dos cristão

27 de Setembro - Noite de fados "Ou protagonistas ou ninguém"

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Ciclo de encontros - Reformas educativas de sucesso

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Tertúlia de Homens

TERTÚLIA DE HOMENS A Fundação Maria Ulrich convida V.Exa a participar na Tertúlia de Homens dia 3 de Outubro, pelas 21:30H. O orador é o Senhor Conselheiro Souto Moura e o tema é “ A Justiça, O Magistrado, O Procurador-Geral ". RSFF até 30 de Setembro 213.882.110 Rua Silva Carvalho, 240 Lisboa

O poder do link

Paulo Rocha Agência Ecclesia, 080923 O desenvolvimento da informática, da electrónica e das telecomunicações estão na origem das revoluções mediáticas constantes a que as últimas décadas do séc. XX deram origem. Da convergência das tecnologias de cada um desses mundos resultou uma nova matriz onde se processa a comunicação: a matriz digital. Que oferece sempre novas ferramentas à transmissão de conteúdos, que os torna progressivamente mais céleres e cada vez mais acessíveis.Trata-se de uma realidade sempre nova, que foge a estereótipos comunicacionais de outros tempos. Resulta antes do contributo de um conjunto vasto de actores, todos os cidadãos mesmo, e emerge em qualquer recanto da vida pessoal, familiar ou social: porque são muitos os emissores ao nosso alcance e ainda mais os receptores desses pixéis, a nova sebenta onde se inscrevem mensagens em circulação constante pelas redes de comunicação.Claro que todos os conteúdos têm de passar por esta comunicação, porque é também aí que

A net: uma nova «ecclesia»?

Pedro Aguiar Pinto, Agência Ecclesia, 080923 Entre riscos e potencialiades, Pedro Aguiar Pinto recorda experiência na web com «inúmeras ligações virtuais entre pessoas» A internet é antes de mais, uma possibilidade de ligar, de pôr em comunicação lugares e pessoas. É um instrumento, tal como o é a imprensa escrita, tal como o é o edifício de uma igreja, no sentido em que torna possível a reunião daqueles que foram convocados (o sentido literal da palavra grega ekklesia). O papa João Paulo II, na sua mensagem para a celebração do 36.º dia mundial das comunicações sociais, em 2002, afirma que a Internet "é um meio e não um fim em si mesmo, … pode oferecer magníficas oportunidades de evangelização se for usada com competência e uma clara consciência das suas forças e debilidades". João Paulo II reconhece na Internet "um novo 'foro' no sentido romano do lugar público, capaz não só de propiciar as condições de encontro, tal como uma praça pública, mas também de poder

Seminario "Inverno demográfico. O problema. Que respostas?" - 27 de Setembro - Convite

_________________________________________________________ Exmo Senhor A APFN tem a honra de convidar V. Exa para o Seminário "Inverno demográfico: o problema. Que respostas?", no próximo dia 27 de Setembro, no auditório do edifício novo da Assembleia da República , com o programa abaixo indicado. Neste Seminário, será efectuada a estreia em Portugal do documentário " Inverno demográfico: o declínio da família humana ", legendado em português, em que especialistas mundiais debatem esta questão nas diversas vertentes, quer quanto às causas, quer quanto às consequências, muitas vezes menosprezadas. Sem se conhecer bem as consequências nem as distintas causas, nunca se poderá encontrar as soluções para minorar os efeitos. Serão ainda apresentadas as projecções para a população residente em Portugal nos próximos anos, contemplando já os valores observados até 2007. Pelo importante conjunto de individualidades que aceitaram participar neste Seminário, de vários quadrant