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A mostrar mensagens de agosto, 2008

Só nos resta esperar...

PÚBLICO 31.08.2008, Vasco Pulido Valente O Presidente da República promulgou a Lei de Segurança Interna, que, como já se sabe, cria um "secretário--geral de segurança", nomeado pelo primeiro-ministro e perante ele directamente responsável. Em princípio, o secretário-geral de segurança, com a categoria de secretário de Estado, tem uma autoridade eminente sobre a PJ, a GNR e a PSP e acesso à informação que, por acaso ou desígnio, elas recolherem. Este sistema, em si próprio confuso e manifestamente perigoso, põe o primeiro-ministro na posição ambígua de um superpolícia, que ninguém vigia e a que ninguém pede contas. Mesmo assim, o prof. Cavaco não viu nisto qualquer perigo para a liberdade dos portugueses. Nem - é bom dizer - o dr. Mário Soares, para quem, hoje em dia, Sócrates nunca erra.Pior do que isso: depois do cartão "1 em 4" (ou "1 em 5", não sei ao certo), uma ingerência inadmissível na privacidade do cidadão, que foi um fiasco prático, mas não deixa

Insegurança, impunidade e balda

Expresso, 20080830 Henrque Monteiro hmonteiro@expresso.pt A insegurança tem várias origens. Uma delas reside no modo como a nossa Justiça e a nossa polícia lidam com os pequenos crimes e as pequenas infracções. Nenhuma sociedade se sente segura quando imperam a ‘balda’ e o ‘não te rales’ Alterar tamanho Subitamente - e com a prestimosa colaboração da comunicação social, como é inevitável nos tempos que correm - a sociedade descobriu que tinha um problema de insegurança. O problema é real, mas já o é há anos e vai continuar a sê-lo por muitos outros; mas o sentimento é sazonal - basta haver outro tópico na agenda e lá se esquecem os assaltos e as vítimas para se encher páginas de assuntos diferentes. Como dizia Guterres, é a vida. Desde que, em 2000, Fernando Gomes, então ministro da Administração Interna, caiu devido a uma onda de insegurança, até Março deste ano, quando os assaltos na linha de Sintra pareciam descontrolados, que as ondas passam e as coisas aparentam voltar à ‘normalid

Edward Luttwak

Expresso, 20080830 João Pereira Coutinho Só o tempo permitirá um juízo informado sobre Bush. Mas brindo à inteligência de Luttwak em remar contra um rebanho que dispara sem pensar Bush prepara-se para sair do palco em Novembro. Quem lhe sucede? Mantenho a minha aposta: McCain, naturalmente. Mas o interessante é auscultar as opiniões do mundo sobre George: opiniões que oscilam entre a risota e a náusea. Curiosamente, em artigo para a revista «Prospect» (uma revista de esquerda), o analista Edward Luttwak discorda. E discorda citando Truman: em 1952, quando o Presidente declinou candidatar-se à Casa Branca, a América e o mundo eram unânimes em condenar Truman. Perder 54 mil americanos na Coreia e perder a China para o comunismo não eram propriamente medalhas que orgulhassem alguém. Meio século depois, com a Coreia remetida para os livros de História, Truman é estimado precisamente pela sua política externa: uma doutrina de «contenção» que contribuiu para o declínio e implosão pacíficas d

‘Yes, he can!’

Expresso, 20080830 Miguel Monjardino miguelmonjardino@gmail.com Pode Obama perder as eleições? Sim, pode. As últimas sondagens revelam isso mesmo De quatro em quatro anos, os europeus têm durante o Verão um sonho americano. Durante este agradável sonho, os americanos elegem um presidente sofisticado, intelectual, progressista, educado nas melhores universidades do país, eloquente, curioso em relação às mais recentes políticas públicas e ao que se passa no estrangeiro. Nessas abençoadas semanas, os europeus acordam optimistas em relação ao futuro do Velho e Novo Continente. O problema é que a seguir vem o Outono. E com o Outono vem o choque e o pavor. O presidente ardentemente desejado no Velho Continente perde para um candidato conservador, anti-intelectual, céptico em relação ao papel do governo federal, adepto do mercado, retrógrado em questões sociais, religiosas e judiciais, partidário da pena de morte e apologista das virtudes do poder militar americano. Será que este ano vamos te

Ainda a invasão da Geórgia

Expresso, 20080830 João Carlos Espada jcespada@netcabo.pt Vale a pena contrastar a simpatia pela Rússia da nossa opinião publicada com a condenação unânime da Rússia que se registou em Inglaterra e nos EUA, bem como no conjunto da Europa Alterar tamanho É um verdadeiro mistério psicossociológico o tom dominante das reacções caseiras à invasão da Geórgia pela Rússia. Com honrosas excepções, a regra foi a de culpar o Ocidente, o neoliberalismo, o neoconservadorismo, o Presidente Bush e por aí adiante. Vale a pena contrastar este espectáculo com a sintonia que se registou imediatamente em Inglaterra e nos EUA, bem como no conjunto da Europa. Logo a 11 de Agosto, o ‘Telegraph’ de Londres publicava um artigo do deputado trabalhista (note-se, trabalhista) Denis MacShane, intitulado ‘Devemos unir-nos para resistir à agressão russa’. O articulista argumenta que “o conflito com a Geórgia não será o último na tentativa de Putin de restaurar o império soviético”. E, citando Churchill (que era um

29 de Agosto - Martírio de S. João Baptista

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Degolação de S. João Baptista 1538-39 Gregório Lopes óleo sobre madeira 235 x 119 cm Igreja de S. João Baptista Tomar, Portugal

Mensagem de D. Manuel Clemente por ocasião do inicio do novo ano escolar

Um ano para educar, uma escola a redescobrir . O tema da educação, especialmente a escolar, é sem dúvida do maior interesse e substância. No entanto, culturalmente falando, esta mesma caracterização é já o problema: “interesse” conjuga-se hoje no plural e na variedade; e a “substância”, se persiste, é muito mais rarefeita, menos densa na consistência do objecto e na convicção do sujeito. Não é demais verificá-lo, mas seria demais criticá-lo de modo apenas negativo. A pluralidade dos interesses vem da complexificação dos motivos e motivações que sucessivamente nos tocam e interpelam. A catadupa de informações e descobertas, o cruzamento de dados em redes múltiplas, tudo questiona amanhã as certezas de hoje e muito mais as de ontem ou anteontem… Estamos já muito longe do “livro único” e é muito difícil fazer compêndios. Igualmente difícil, senão impossível, é manter um pensamento linear e uma coerência simples, feita de cortes apriorísticos e metas prefixadas. Daí que a substância educa

Moral de uma história imoral

A disparatada ideia de um matrimónio indissolúvel esteve em voga nos últimos dois mil anos. Modernamente, achou-se que era muito monótono um casamento para sempre e, por isso, inventou-se o casamento a prazo, ou seja, precário. Ao princípio, a lei entendia dever proteger os interesses dos filhos e do cônjuge contra os quais era pedido o divórcio. Mas como um tal conceito de culpa ou de responsabilidade parecia contrário à moralidade laica, entenderam agora os deputados que o matrimónio deve ser revogável em qualquer caso, mesmo a pedido do cônjuge faltoso. Esta moderna liberdade democrática mais não é, portanto, do que uma nova versão do antigo repúdio. ler mais Gonçalo Porto-Carrero de Almada 28 de Agosto de 2008 [in]-direita

A toxicodependência e a profecia de Goethe

PÚBLICO 28.08.2008, Manuel Pinto Coelho A inverosímil recuperação de cerca de 600.000 toxicodependentes dá uma imagem pateticamente falaciosa da realidade No passado dia 17 de Agosto, o JN fez referência, em manchete, na primeira página, que "Meio milhão recupera das malhas da droga" divulgando, de forma estranhamente apressada, o resultado do "II Inquérito ao consumo de substâncias psicoactivas na população portuguesa" um "estudo ainda em observação". Essa inverosímil notícia, da fantástica recuperação de cerca de 600.000 toxicodependentes, tentando obscurecer a triste realidade do aumento para o dobro do número de dependentes de drogas, deu uma imagem pateticamente falaciosa da realidade e ludibriou milhares de leitores já que, quando lemos aquele título, somos induzidos a acreditar que mais de meio milhão de toxicodependentes se trataram e curaram. Atendendo à reconhecida dificuldade em mobilizar a pessoa toxicodependente para o tratamento

28 de Agosto - Santo Agostinho

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Francisco Vieira de Matos (Vieira Lusitano) Santo Agostinho Calcando aos Pés a Heresia 1770, óleo sobre tela Museu Nacional de Arte Antiga Lisboa Portugal

Gastar o latim, Pedro Mexia, Publico070714

Gastar o latim 14.07.2008, Pedro Mexia O cristianismo nasceu com o Império Romano. Em quatro séculos e meio, passou de "superstição perniciosa" a religião oficial. Os conceitos cristãos essenciais não existiam em latim, mas a língua deu novos significados a algumas palavras e adaptou termos gregos. O primeiro autor cristão importante a escrever em latim foi Tertuliano. A primeira tradução integral da bíblia em latim foi feita por São Jerónimo. Santo Agostinho escreveu em latim os geniais A Cidade de Deus e Confissões e o mesmo aconteceu com a enciclopédica Summa de São Tomás. Ao longo dos séculos, o latim foi a língua teológica e litúrgica do catolicismo e ainda hoje é o idioma oficial em documentos da Igreja. Com o Concílio Vaticano II e o documento Sacrosanctum Concilium (1963), a eucaristia passou a ser celebrada nas línguas vernáculas e foi adaptado o chamado Missal Romano (alterado em 1970). Mas há dias o Papa Bento XVI publicou a carta apostólica Summorum Pontificum,

27 de Agosto - Santa Mónica

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Andrea del Verrochio (1435-1488) Santa Mónica Painel Santo Spirito Florença

O aquecimento global migrou?

PÚBLICO 26.08.2008, Helena Matos Desde os maremotos ao comércio de bolos no Algarve tudo mas tudo foi explicado e imputado às alterações de clima "Os Verões espanhóis transformar-se-ão em tsunamis de calor, a costa norte vai tornar-se mediterrânica, o Sul dará lugar a um deserto (...). Em resumo, a Espanha africanizar-se-á." Este retrato desolador do que será a Espanha dentro de algumas décadas foi feito a José Luís Zapatero, no final do ano passado, por um grupo de peritos. Por cá começámos 2008 com avisos sobre o Verão que nos aguardava e que, afiançava-se nos jornais e televisões, "seria o mais quente dos últimos 25 anos". Na verdade, nem sequer tem sido um Verão suficientemente quente para que se lhe possa chamar Verão. A questão das alterações de clima ou se se preferir do aquecimento global ocupou, nos últimos anos, um espaço de fé que a descrença e o abandono das igrejas deixara vazio. (Jornais como o PÚBLICO usam mesmo o termo céptico para classificar Martin

O divórcio e a ditadura da líbido

Público, 26.08.2008 Pedro Afonso Este novo modelo de casamento acaba ainda por desvalorizar os deveres conjugais e o "respeito pelo outro" Depois de o Presidente da República ter usado o seu poder de veto ao diploma que altera o regime jurídico do divórcio, o debate volta a reabrir-se. Esta lei remete-nos para várias questões ideológicas. Uma delas é perguntarmo-nos qual é a legitimidade do Estado em passar um sinal claro à sociedade de que a felicidade, na vivência matrimonial, deve ser alcançada de uma forma em tudo idêntica à política comercial praticada por algumas empresas: "satisfação ou reembolso"? Neste caso, para dissolver um casamento deixa de ser necessário evocar qualquer razão especial, bastando somente evocar "insatisfação". Parece-me, portanto - e, neste ponto, pode perfeitamente aplicar-se o epíteto de "pensamento retrógrado" -, que esta lei acaba por expressar um menosprezo completo pela família, equiparando-a, na prática, a um b

Papa João Paulo I eleito há 30 anos

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Internacional | Agência Ecclesia| 26/08/2008 | 12:47 | 2816 Caracteres A 26 de Agosto de 1978 foi eleito o Cardeal Albino Luciani, patriarca de Veneza, que adoptaria o nome de João Paulo I. Assinala-se hoje o encerramento do conclave que durou apenas 26 horas e que elegia o sucessor de Paulo VI. Abria-se um dos pontificados mais breves da história da Igreja - apenas 33 dias. João Paulo I viria a falecer no dia 28 de Setembro. O conclave teve início às 16h30 de Sexta-feira, 25 de agosto e se concluiu 26 horas depois, com a escolha do Cardeal Luciani. Foi, depois do de 1939, o conclave mais rápido do século XX. Às 19h19 de 26 de Agosto, erguiam-se as cortinas do balcão central da basílica vaticana, e o Cardeal Pericle Felici pronunciava a fórmula latina "habemus papam". Dois dias antes do início do conclave, o Cardeal Albino Luciani escrevera à sua sobrinha, Pia, dizendo não saber quanto tempo duraria o conclave. “É difícil encontrar a pessoa apropriada para enfrentar tantos p

No dia de hoje há 20 anos: Incêndio no Chiado

O MAIOR INIMIGO DA LIBERDADE

Diário de Notícias, 080825 João César das Neves professor universitário naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt Existe uma verdade simples que só se pode aprender através do sofrimento: na guerra não são as vitórias que são abençoadas, mas as derrotas. Os governos precisam de vitórias e o povo precisa de derrotas. A vitória gera o desejo de mais vitórias. Mas depois de uma derrota é liberdade que os homens desejam - e normalmente atingem" (Soljenitsyne, A., The Gulag Archipelago, Collins/Fontana, 1973, parte I, cap. 6; vol. I, pág. 272).Alexander Soljenitsyne, falecido no passado dia 3, ficou célebre pela sua denúncia da sangrenta repressão estalinista. Mas ele pretendia ser muito mais que isso: a sua atitude era de um sábio russo, na linha de Tolstoi ou Turgueniev. O Ocidente, que o exaltou pela tarefa de delator, nunca o admitiu como oráculo. Até porque ele dizia coisas estranhas e incómodas. Como estas.A paradoxal citação afirma uma variante de uma das ideias mais antigas e hoje mais ig

25 de Agosto - S. Luís, Rei de França (Luís IX)

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S. Luís, Rei de França El Greco 1587-97 Óleo sobre tela 117 x 95 cm Musée du Louvre, Paris Embora o calendário litúrgico registe considerável número de monarcas santos, talvez nenhum deles tenha realizado de modo tão completo a imagem ideal de Rei cristão quanto São Luís IX. Herdou a coroa com 12 anos, assumindo a regência sua mãe D. Branca de Castela, dama de excepcionais virtudes. Dizia ela ao filho que preferia mil vezes vê-lo morto a vê-lo manchado por um pecado mortal. Fiel aos ensinamentos maternos, São Luís foi sempre homem de muita oração e piedade. Era modelo de governante, de guerreiro e de legislador. Considerava um dos principais deveres do monarca fazer justiça aos seus súbditos, e por isso costumava sentar-se todos os dias à sombra de um carvalho, e ali atendia a todos os queixosos que se apresentassem, qualquer que fosse a condição social deles. Realizou duas Cruzadas para libertar a Terra Santa da opressão maometana, e morreu durante a segunda delas, vitimado pe

O divórcio e (desculpem lá a evidência) a pobreza feminina

Maria João Marques 080825 Blogue Atlântico O Presidente da República vetou a lei do divórcio que a esquerda concebeu. Fez muito bem, mas logo se levantou o coro indignado do costume e até se acusou - horror, horror! - o Presidente de ter actuado segundo as suas convicções. Não vou aqui referenciar as falhas jurídicas do diploma vetado (já o fez quem muito mais percebe do assunto que eu). Também não vou debruçar-me sobre o argumento algo falho de inteligência de que se deve legislar de forma a facilitar aquilo que é corrente no nosso país (parece que os cheques sem cobertura abundam, bem como casos de violência doméstica ou de evasão fiscal). Mas houve uma acusação feita ao PR que é tão hilariante que não posso deixar de a referir: ao afirmar que o diploma vetado desprotege a parte mais fraca, geralmente a mulher, o nosso estimável presidente estaria a assumir que afinal as mulheres são seres débeis e fracos, que não conseguem fazer valer os seus direitos e menos ainda pensar pela própr

Começa hoje o Meeting de Rimini 2008 - "Ou protagonistas ou ninguém"

24 de Agosto - S. Bartolomeu

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MichelAngelo Juízo final (detalhe) 1535-1541 Capela Sistina Vaticano S. Bartolomeu segura na mão direita a faca do seu martírio e a sua pele esfolada na mão esquerda. Na face da pele reconhece-se a de Mguel Ângelo.

A calada é a pior?

Henrique Monteiro Expresso, 23 de Ago de 2008 Link permanente: x Entre o ruído das críticas de Ângelo Correia ou de Alberto João Jardim (que anunciou pela enésima vez a fundação de um novo partido) - e sob o silêncio da própria Ferreira Leite -, o Presidente da República vetou a lei do divórcio, uma das que a líder do PSD disse que revogaria caso fosse primeira-ministra. Para quem é tão criticada por falar pouco, diga-se que sobre este assunto concreto Manuela Ferreira Leite falou o suficiente. Disse o que pensava e mostrou uma vez mais a perfeita consonância com Cavaco Silva. O veto presidencial, aliás, é de natureza totalmente ideológica, como não se cansam de repetir aqueles que o criticam. Mas também a lei agora vetada é totalmente ideológica. Na verdade, a esquerda acha o divórcio (como termina metade dos casamentos em Portugal) um mero direito, um acto banal. A questão está, pois, em saber se aquilo que se tornou prática corrente deve s

A meia decepção olímpica

António Pinto Leite Expresso, 080823 Se queremos um Portugal vencedor, alinhado pelos primeiros, é virtuoso colocar o país sob desafio, sob pressão, sempre As derrotas ensinam mais do que os sucessos. A meia decepção olímpica portuguesa, salva por Nelson Évora, traz lições a que vale a pena prestar atenção. A competição olímpica é um contexto especial, mas não é totalmente estranha à competição do mundo de hoje. Em primeiro lugar, Portugal está mais rico. Houve mais apoios, apoios que nunca houve, e houve mais atletas a ter a sua oportunidade. Não se pode dizer que o Estado não melhorou o seu desempenho. Todavia, comparando com o desempenho de outros Estados, Portugal, melhorando, ficou para trás, mais para trás. A lição moderna é esta: melhorar não é suficiente no mundo global. A palavra-chave é alinhamento, estarmos alinhados com o que de melhor se faz. Se não, perdemos. Em segundo lugar, o contexto que envolveu os nossos atletas, incensados, e o ambiente festivo fazendo crer que irí

22 de Agosto - Coroação de Nossa Senhora

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Michel Sittow Coroação da Virgem 1496-1504, Óleo sobre tela, 24 x 18 cm Musée du Louvre, Paris

500 anos da cidade do Funchal

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Homilia do Cardeal Ivan Dias Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos está na Madeira para assinalar os 500 anos da cidade do Funchal e presidiu a eucaristia Caríssimos Irmãos e Irmãs em Cristo Foi com muita alegria que recebi o convite do Senhor Bispo D. António Carrilho, para vir celebrar convosco o jubileu dos 500 anos da cidade do Funchal. São certamente cinco séculos repletos de motivos para fazermos festa e para sermos gratos ao Senhor. Apresento os meus sinceros parabéns ao Senhores Bispos, às Autoridades civis e a todo o querido povo da Madeira, e faço votos para que Deus nosso Senhor derrame com abundância sobre vós graças de prosperidade e de paz. É com imenso prazer que vos transmito a saudação muito cordial do Santo Padre, o Papa Bento XVI, que me pediu para vos dizer que nestes dias reza por vós, e me encarregou de vos dar a sua Bênção Apostólica. Vou dá-la a todos vós no final desta santa Missa juntamente com os Senhores Bispos aqui presentes. Não podemos es

Há 200 anos - Batalha do Vimeiro 21 de Agosto de 1808

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A batalha do Vimeiro foi travada durante a Guerra Peninsular , a 21 de Agosto de 1808 , no concelho da Lourinhã , entre as tropas francesas de Junot e as tropas luso-britânicas de Arthur Wellesley (futuro duque de Wellington ) e Bernardino Freire. Após derrotarem as forças francesas sob o comando do general Delaborde na batalha de Roliça em 19 de Agosto , as tropas luso-britânicas (cerca de 14.000 homens) sob o comando do general Arthur Wellesley prosseguiram rumo a Lisboa . A este efectivo se juntaram mais 4.000 britânicos, desembarcados no Porto Novo, em Maceira ( Torres Vedras ). Perto de Torres Vedras estava o grosso do exército francês, (cerca de 12.000 homens sob o comando do general Junot), e deu-se novo embate, junto ao Vimeiro no dia 21 de Agosto , também com saldo favorável aos luso-britânicos. A batalha do Vimeiro abriu caminho para as negociações que culminaram na Convenção de Sintra , que permitiu às tropas francesas a retirada da Península Ibérica com toda a sua