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A mostrar mensagens de janeiro, 2008

Carta à diocese e à cidade de Roma sobre a tarefa urgente de formação das novas gerações

CARTA DO PAPA BENTO XVI À DIOCESE E À CIDADE DE ROMA SOBRE A TAREFA URGENTE DA FORMAÇÃO DAS NOVAS GERAÇÕES Queridos fiéis de Roma! Pensei dirigir-me a vós com esta carta para vos falar de um problema que vós próprios sentis e sobre o qual as várias componentes da nossa Igreja se estão a comprometer: o problema da educação. Todos temos a preocupação pelo bem das pessoas que amamos, sobretudo das nossas crianças, adolescentes e jovens. De facto, sabemos que depende deles o futuro desta nossa cidade. Portanto, não podemos deixar de ser solícitos pela formação das novas gerações, pela sua capacidade de se orientar na vida e discernir o bem do mal, pela sua saúde não só física mas também moral. Mas educar nunca foi fácil, e hoje parece tornar-se sempre mais difícil. Sabem-no bem os pais, os professores, os sacerdotes e todos os que desempenham responsabilidades educativas directas. Fala-se por isso de uma grande "emergência educativa", confirmada pelos insucessos com os quais com

O Governo dos burocratas, Joao Miranda, DN080119

O GOVERNO DOS BUROCRATAS João Miranda investigador em biotecnologia jmirandadn@gmail.com Nos últimos anos, dezenas de países aprovaram leis contra o consumo de tabaco em locais abertos ao público. À primeira vista é estranho que países com culturas e costumes tão diversos tenham adoptado quase em simultâneo leis semelhantes. No caso português, a lei resulta de uma imposição do legislador e de parte da sociedade contra a outra parte. A lei foi apresentada aos portugueses como um facto consumado e irreversível, não foi discutida na campanha eleitoral e é muitas vezes justificada pela aprovação de leis similares em países considerados mais desenvolvidos. A verdade é que as leis aprovadas nesses países resultam de uma convenção da Organização Mundial de Saúde (OMS). Foram impostas pelos tecnocratas da OMS, burocratas não eleitos que conseguem ter mais influência nas nossas vidas que os políticos legitimamente eleitos. Aquilo que parecia um movimento mundial contra o tabaco não passa afi

Discurso do Santo Padre, Bento XVI, preparado para a visita à Universidade "la Sapienza"

Discurso Bento XVI La Sapienza by papinto

PM ou personal trainer?

07.01.2008, Público, Helena Matos Durante o ano de 2007 foram várias as reportagens que nos prometeram mostrar "Sócrates por detrás do pano" ou dar "um olhar diferente" sobre o nosso primeiro-ministro. Sempre anunciadas como o "retrato do homem", tendo como objectivo a revelação do lado mais privado do primeiro-ministro, estas reportagens não revelam nada. Criam sim o portfólio de imagens e clichés que os líderes e demais protagonistas destas reportagens querem, gostam e precisam que os outros retenham deles. No caso de Sócrates o nó da gravata, a caneta, os livros, a namorada... fazem parte dos tópicos obrigatórios destas viagens ao seu "lado humano". Estas encenações do privado e a capacidade de fazer os cidadãos acreditar que há sempre algo para descobrir é uma capacidade que alguns políticos têm e que todos desejam ter. Em abono da verdade acrescente-se até que Sócrates nem sequer é o líder nacional que mais ou melhor vantagem tem tirado des

Um texto azedo: estaremos enganados ao defender a liberdade?

José Manuel Fernandes 07.01.2008, PÚBLICO António Barreto esteve exilado. Vasco Pulido Valente conheceu por dentro, no ambiente familiar, o que implicava, e custava, discordar de Salazar. Francisco Pinto Balsemão lutou pela liberdade de imprensa num Parlamento onde a ideia de liberdade não morava. Miguel Sousa Tavares é filho do homem que, no Largo do Carmo, foi decisivo no 25 de Abril e da mulher do poema Não podemos ignorar. Este fim-de-semana, no PÚBLICO e no Expresso, e também na SIC, todos se pronunciaram contra o ímpeto normativo - e impositivo - do actual Governo. Barreto foi ao ponto de se questionar sobre se José Sócrates não seria fascista, Balsemão chamou fascista à lei anti-tabagista e até vimos Vasco Pulido Valente a defender a liberdade de crítica da Igreja Católica e a interrogar-se sobre se o Bento XVI não teria razão quando disse que o catolicismo poderia ter de resistir quase clandestinamente. Nenhum destes opinion makers possui razões especiais para se opor a Sócra

'Ó PORTUGAL HOJE ÉS NEVOEIRO...'

João Luís César das Neves, DN 080107 São já evidentes os sinais que o consulado Sócrates deixará na vida nacional. O País está diferente, muito diferente. Mais sombrio, mais confuso, mais medroso. Deve ser dito em seu abono que isto não vem dos propósitos do Governo. Os ministros ficam confusos com o escorregar insensível do sistema, empurrado não por políticas, mas por danos colaterais. José Sócrates, edição revista e corrigida de António Guterres, eliminou o aspecto bonacheirão e incompetente e introduziu um ar mais dinâmico e cuidadoso. Sob a obsessiva maquilhagem mediática tem tomado medidas importantes e obtido resultados significativos. Mas sempre perplexo com a teimosa paralisia da economia, causada por três elementos que corroem o tecido nacional. Primeiro, a austeridade atabalhoada. A derrapagem de Guterres e sucessores impunha o rigor financeiro, que o Governo abraçou com coragem e sem convicção. Foram conseguidos resultados no Orçamento, mas tratando os sintomas, não a doe