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A mostrar mensagens de março, 2004

The passion of the Christ

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Era preciso descer a tanto sangue

Estreia hoje nas salas de cinema portuguesas, as primeiras da Europa, o filme "The Passion of the Christ" (A Paixão d'O Cristo' )de Mel Gibson. Um filme que, à sua frente e atrás de si, vem rodeado de uma polémica intensa que entre nós também já começou. Ontem, entre as 16 e as 19 horas, por iniciativa da Universidade Católica realizou-se uma ante-estreia do filme seguido de comentários e debate pelos Professores João Carreira das Neves (biblista) e João César das Neves (economista). Quero, antes de mais, agradecer de todo o coração a iniciativa do capelão da Universidade Católica, Padre Hugo Miguel, que fez desta antestreia um acontecimento na Univeridade e em Lisboa e, em particular, a sua gentil generosidade que me proporcionou a possibilidade de ser um dos privilegiados espectadores (diria mesmo, participantes). Nesta subtil diferença entre espectador e participante reside a diferença com que se olha ou vive este filme ou esta experiência pessoal. Dependen

Duas modestas propostas

João César das Neves Diário de Notícias, 20040308 A gravidez indesejada é a questão central no debate do aborto. Realmente há poucas surpresas mais angustiantes e assustadoras. Mas esta questão é sempre tratada de forma apressada. O desejo da gravidez tem muito que se lhe diga. Por exemplo, nos momentos iniciais toda a gravidez é desejada. Pode não se saber que vem aí, mas naqueles instantes os envolvidos fazem avidamente tudo para que ela comece. Depois, como em tantas coisas na vida, pode vir o susto, a aflição e, em alguns casos, a rejeição. Mas há uma altura em que toda a gravidez é indesejada. Cerca de 15 anos depois de começar, não há nenhuma gravidez que não tenha problemas. É que, mesmo com dores, dificuldades e alarmes, os primeiros cinco anos são os mais belos. Não há gravidez que nesse período não seja delicada, encantadora, ternurenta. O pior vem depois. Após dez, 15 anos, toda a gravidez se torna desobediente, teimosa, arrogante ou, pelo menos, atrevida e inconveniente. Ne